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quarta-feira, 11 de junho de 2008

SONETO AO SONETO___NÚRIA CARLA


De que me vale prisão sem volta,

De ancorada face bela aventureira,

De onde sonhos em revolta devotas,

Mantos de honras se espalham verdadeiras!...


E na freqüente honraria que vicia,

Na beldade de versos ritmados,

E na prisão em algemas ferinas,

Nos pulsos dos poetas cansados!...


Solidão a aportar em rimas solenes,

Em pétalas de sonhos, em críticos dias,

Regalo em anos-luz de alegrias!...


Não serei cativa de versos amargos,

Mas serei amante de versos malditos,

Se das prisões, sonetos libertados!...


Núria Carla

(Ledalge-pseudônimo)

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