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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A DOR DE UM VAZIO____JOSÉ A.SILVÉRIO

Só, eu,a casa e os cachorros.
Lá fora o sol em cima do morro.
Aqui dentro um coração pedindo socorro.
Mas se me chamares pode crer pra ti eu corro.




De manhã o sabia canta.
Na pia ainda os pratos da janta.
E assim o dia devagarzinho se levanta.
Mas a saudade de ti eu juro em mim é tanta.




Conto do relógio seu tic-tac.
Tomo uma xícara quente de chá mate.
Almoço apenas uma pequena salada de tomate.
E sozinho faço força para que uma lagrima não escape.




A solidão da casa me apavora.
Sei que você me ama e não foi embora.
Mas é duro não poder te ver ao meu lado agora.
E pro teu retorno todo o meu ser fica contando as horas.




Eu e você somos só eu.
Desde que olhei nos olhos teu.
Meu amor com o teu se envolveu.
És a minha Julieta e eu o seu Romeu.




Um prato só na mesa.
Chega a me dar tristeza.
Faz falta a sua meiga beleza.
Pra completar a linda natureza.




Mas felizmente nesta hora o tempo não para.
E o meu triste coração então feliz dispara.
Quando o telefone no seu toque declara.
Esta de volta minha figura rara.




Ai sim tudo volta à rotina e a normalidade.
Vai se embora a minha triste saudade.
Coração volta a pulsar de verdade.
Volto aos quinze anos de idade.




A vida passa a ter mais valor.
Posso contar contigo no cobertor.
Pouco importa se é frio ou calor.
O que importa e a força do AMOR.


JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO
(ZITO)

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