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domingo, 20 de janeiro de 2008

DESEJOS___OSWALDO ANTÔNIO

Venha me ver.
Fale comigo.
Conte-me suas coisas.
Cobre de mim tudo o que eu puder
E tudo o que eu não puder.
(Se depois de tudo ainda sou capaz de não poder.)
Aperte meu corpo
ao seu corpo dividido

Leia nos meus versos desajeitados
o amor que sinto,
o azul com gosto de oceano limpo que lhe desejo.

Chegue mais perto,
sinta as coisas que me cercam.
Veja a transgressão nas minhas segundas intenções
quando ardentemente lhe desejam.
Veja a malícia de meu pensamento
que meu gesto revela
cheio de desejos obscenos.

Venha me ver com seus olhos pontiagudos.

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