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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

CARLOS EDUARDO RODRIGUES BONITO __EDU (Biografia)



Carlos Eduardo Rodrigues Bonito mais conhecido por todos como Edu, nasceu na baixada santista, em Praia Grande onde vive até hoje. Escritor e poeta seu trabalho foi divulgado em várias coletâneas, sempre participou de concursos e feiras literárias da região. Escreve para sites de vários lugares tais como: www.recantodasletras.com.br e http://www.euautor.com.br/home.asp . Membro da Casa dos Poetas e Escritores de Praia Grande ocupando o cargo de relações públicas lutando com outros escritores da região para provar que na baixada santista não é apenas praia e água de coco, mas também possui escritores que querem ser lidos e buscam um espaço no meio literário. Ultimamente tem dedicado-se a escrever artigos a revista Sinceridade do Rio de Janeiro e a divulgação do seu primeiro romance Vidas Noturnas em parceria com Sara que aprendeu muito literalmente criando não só uma parceria, mas uma grande amizade.
O seu maior mérito é ser lido e fazer o que mais gosta escrever.
Contatos: email: vidasnoturnas@hotmail.com
Msn:apocles@hotmail.com
Site; www.vidasnoturnas.sinceridade.com/

ANDARILHO DO DESTINO____CARLOS EDUARDO

Na lucidez de um louco
Vejo-me como um andarilho
Andando pelas ruas da vida
Tentando escolher que caminho trilhar!


Iluminado pela lua
E protegido pelo manto negro da noite
Tento ser como as estrelas
Que nunca se cansam de brilhar!


Mas pego - me a pensar
Que de tanto brilhar
Poderia me desgastar
Pois a vida não tem propósitos
E sim caminhos!


Que escolhemos e trilhamos
Errados ou não
São só caminhos
Nada mais!


O luar me trás de volta
A realidade me enlouquece
Fico a andar
Novamente não sei que rumo tomar!


O vento leva os meus martírios
A lua os escuta
A noite se cala
As estrelas apenas me observam!


E eu apenas deixo o destino me levar
A qualquer lugar
Que a vida desejar.


Eduardo
Praia Grande-SP

LOUCO____CARLOS EDUARDO

Sua mente vaga pelo infinito
Onde tudo e possível
Na loucura que lhe habita
O amor não tem limite
Louco!
Lunático!
Escritas distorcidas
Palavras incertas
Atitudes banais!
Nelas se refugia
Do mundo se esconde
No seu universo paralelo vive
E deixa –se levar!
Onde do nada sobrevive
O tudo descarta!
Louco!
Ser inconstante
De tudo você ri
Chora sem saber o porque!
O ontem não existe
O hoje descarta
O amanhã não quer!
Que é você?
È tudo.
È louco!
Que nada.


Eduardo
Praia Grande-SP

DAMA DA NOITE____CARLOS EDUARDO

Noite fria
Risadas ecoam nos seus ouvidos
Piadas sem graça!
Bebidas!
Homens cheirando a álcool!
Atitudes banais
Você é superior
A vida lhe ensinou de maneira distorcida
Mas você mesmo assim aprendeu!
À noite
É sua!
Como uma criança
Com ela você brinca
Com ela dança!
Sua beleza hipnotiza
O seu amor você vende
Na sua teia os homens caem
De todos faz o que bem quer!
A noite é seu domínio
Você é o que quiser
Dama!Mulher fatal!
Amiga! Conselheira!
Confidente!Amante!
É dona!
É deusa
E dama
Da noite.


Eduardo
Praia Grande-SP

INFIEL____CARLOS EDUARDO

Na loucura do acaso
A encontro em seu mundo
Regado a vinho
Coberta de flores!
Cercada de princípios
Com seus próprios valores!
Desse mundo a retiro
Prova do meu vinho
Recebe novas flores
Contendo muitos espinhos
Você não liga
A mim se entrega!
Paixão carnal
Sem princípios!
Que explode
Nos invade
Nos fere
Mas se consuma!
Infiel dos infiéis eu sou
Cego pela luxuria
Trai a mim mesmo
Trai o meu amor!
Na dor do pecado
De estar em seus braços!
Momentos de prazer
Loucura de te ter!
Desejo regado a vinho
Amor que não acaba em flores
Momentos únicos
Loucura insólita!
Alma pesada
Consciência marcada
Quem eu amo não encaro
Quem eu tive
Eu magôo.


Eduardo
Praia Grande-SP

ENJAULADA___CARLOS EDUARDO

Ao cantar do pássaro solitário
Sobre passos
Da insônia repentina
Observo-te a meu lado
Do seu corpo seminu
Tento aproximar-me
Sinto a sua respiração acelerar
Mas contida, como gata selvagem.
Enjaulada pela raiva do meu ser
Afasta-se!
Foge de mim como uma preza
Que foge do seu caçador.
Como bom caçador
Não aceito seu desprezo.
Vou a ti enfrento meus medos.
Percorro seu corpo
Quero seu mel
Forço seus beijos.
Você reluta
Minha mão lhe explora
Você geme!
Um sinal
Uma chance
Nova investida
Um afago
A entrega
Cessa a luta.
Cubro lhe
Do meu ser
O pássaro solitário
Silencia-se
Não mais canta.
So escuta a nossa musica.
Eu a invado
Você delira.
Eu embriago-me
Do seu mel.
Não a caça
Não a caçador
Só a entrega
Da vitória do amor
Sem derrotas.


Eduardo
Praia Grande –SP

PORTO_ AMOR SEGURO___CARLOS EDUARDO

Pensamentos escusos
corroem o meu ser.
Desconheço meus atos.
Não meço meus encalços.
Luto com meus demônios.
Que zombam de mim.
Eles vão!
Eles voltam !
Desisto de lutar...
Os pensares, do meu impensar,
se fundem numa dança
inconstante no tempo.
Desconheço-me!
Vejo-me como um louco insensato,
que navegou em outros mares,
provando novas iguarias,
inalando novos venenos,
em portos não seguros.
Agora ouso romper o silêncioda minha loucura,
clamando por ti,implorando o teu corpo.
Pois nele hei de mergulhar sem medo.
Conheço teus venenos.Inalo-os sem medo...
Em ti sei quem sou,
pois és meu porto-amor-seguro.


EDUARDO
Praia GRANDE -SP

JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO (ZITO) _(Biografia)


Nascido com o nome de José Augusto Silvério.
Em Avaré – SP. Em 1949.
Aposentado em Santos na Siderúrgica Paulista - COSIPA.
Família de Músicos desde os avós.
Morei quarenta e cinco anos na baixada santista.
Faço teatro desde os 12 anos.
Apresento o drama da Paixão de CRISTO em Cubatão a 38 anos.
Sendo 34 como JESUS CRISTO.
Tenho três CDs com meus poemas gravado e estou batalhando para um livro.
Professor de karate a 26 anos. Com vários faixas pretas formados.
Tenho 42 Cursos diversos com diplomas. Colecionador de diplomas.
Sou treinador de futebol com curso profissional.
Possui um conjunto musical nos anos 70.
Moro atualmente em Santa Rita do Passa Quatro.
Escrevo para um jornal local.
Estou com uma peça de teatro baseados em poemas para inicio no primeiro semestre deste ano.

VAIDADE____JOSÉ A. SILVÉRIO

Há coisas que não entendo.
Num peito cheio de amor.
Como pode ter um vazio
Queimando de dor?


Como explicar dois corações distantes.
Se eles sabem que se amam tanto.
Como fazer o amor sair assim itinerante.
Perdido, sofrido envolta em pranto.


Como explicar dois lábios que se chamam.
Não estarem sempre juntos, não se unirem,
Se os olhos clamam e choram de encanto.
Enquanto os egos perdem tempo em se ferirem.


Como separar mãos que teimam em se tocar?
Como separar passos que teimam em se encontrar?
Corpos que querem se encostar, ferver, amar.
Vidas que querem se unir formar um par.


O que pode separar tudo isto?
Eu sei...E posso dizer...Vaidade...
Orgulho que mata um bem quisto.
E destrói um amor de verdade.


AUTOR:José Augusto Silvéro

(ZITO)

MACHUQUEI-ME MENOS.____JOSÉ A.SILVÉRIO

Machuquei-me ao não ver,
Que a rosa tem espinhos,
Que magoam e fazem doer,
E que destroem carinhos.



Machuquei-me ao não ver,
Que a paixão avassaladora,
Vem por dentro nos corroer,
De maneira assim destruidora.



Machuquei-me ao não ver,
Que de seu lado eu era um.
Estava sempre a perder,
Não passei de um se comum.



Machuquei-me ao não ver,
Que minha semente de amor,
No teu seio veio a perder.
Apesar de todo o meu calor.



Machuquei-me ao não ver,
Que apunhalavas pelas costas.
Não deixando transparecer,
Nem dando a mim amostras.



Machuquei-me ao não ver.
Nada além da minha paixão.
Com carinho a te envolver,
Não vi tuas garras de traição.



Machuquei-me ao não ver,
Que por detrás de teu sorriso,
Que fingia sempre manter,
Estava o fim do meu paraíso.



Machuquei-me ao não ver,
E cegamente acreditar,
Que o amor iria nos sorver...
Tu estavas a me enganar.



Machuquei-me ao não ver,
Machuquei-me ao não crer.
Machuquei-me ao saber,
Que machuquei-me menos...
Ao te...Perder.

Autor: José Augusto Silvério. ZITO.

ENXURRADA.___JOSÉ A. SILVÉRIO

Sentado na calçada.
Eu e o meu cachorro.
Dois indigentes de amor,
Pedindo, ajuda, socorro.


Ele a roer um osso,
Eu a roer a dura solidão.
Uma alma caída no fosso,
Um corpo sem coração.


Ele espera a amada entrar no cio.
Pois sabe que ai ela vai aceitá-lo.
E eu??? Um peito machucado e vazio,
Ciente de que não tem cio, para ajudá-lo.


Do meu lado uma galinha choca um ovo.
Sinal de uma vida pronta para começar.
Eu sem ter força para começar de novo.
Meu ovo de esperança acabou de quebrar.


Meu gato me olha condoído,
Mia longo como um choro.
Minha veia já perdeu o fluido.
Lágrimas são o meu soro.


E assim a noite vai passando.
Nós a dormir na calçada.
Tomara que chova muito de madrugada,
E acorde com uma cachorra em ti vidrada,
E eu...Com uma linda mulher apaixonada,
Que os deuses nos mandaram na enxurrada.

Autor: José Augusto Silvério.

( ZITO)

E...CORAÇÃO._____JOSÉ A. SILVÉRIO

O dia ameaçava chuva.
O vento surgia eufórico.
Olhei sem querer pra você.
Senti um amor meteórico.



Um raio intenso de luz,
Aportou em meu peito.
A tristeza saiu correndo,
Não encontrou outro jeito.



Pouco liguei para a chuva.
Pouco importava o vento.
Tu caíste como uma luva,
Em meus reais pensamentos.



A vida deu uma guinada.
Pulsou forte o fraco coração.
A emoção causou uma revirada.
A vontade de amar virou furacão.



O ela da tristeza foi arrebentado.
Minhas forças foram revigoradas.
Algo eu sabia que tinha encontrado.
Foi o fim das noites amarguradas.



Mistério maravilhoso da natureza?
Sim, acho que sim, eu acredito.
O renascer de uma vida de beleza?
Ou será semente de um amor infinito?



Semente plantada em um coração ocioso.
Que estava vagando sem um destino.
Encantado por este momento gracioso,
Se transformando em coração de menino.



Uma vontade ferrenha e imensa de amar.
Tudo isto eu senti que foi causado.
Pelo teu mais descontraído e simples olhar.
Que quem sabe tenha apenas encontrado,
Um coração doído e sofrido, havido por amar.



Quem é ela? Não sei? Não perguntei.
Foi embora, desapareceu, levou um sumiço.
Apenas fiquei...E com a saudade me enrolei.
O coração traiçoeiro. Só me arruma enguiço.

Autor: José Augusto Silvério.


(ZITO)

A DOR DE UM VAZIO____JOSÉ A.SILVÉRIO

Só, eu,a casa e os cachorros.
Lá fora o sol em cima do morro.
Aqui dentro um coração pedindo socorro.
Mas se me chamares pode crer pra ti eu corro.




De manhã o sabia canta.
Na pia ainda os pratos da janta.
E assim o dia devagarzinho se levanta.
Mas a saudade de ti eu juro em mim é tanta.




Conto do relógio seu tic-tac.
Tomo uma xícara quente de chá mate.
Almoço apenas uma pequena salada de tomate.
E sozinho faço força para que uma lagrima não escape.




A solidão da casa me apavora.
Sei que você me ama e não foi embora.
Mas é duro não poder te ver ao meu lado agora.
E pro teu retorno todo o meu ser fica contando as horas.




Eu e você somos só eu.
Desde que olhei nos olhos teu.
Meu amor com o teu se envolveu.
És a minha Julieta e eu o seu Romeu.




Um prato só na mesa.
Chega a me dar tristeza.
Faz falta a sua meiga beleza.
Pra completar a linda natureza.




Mas felizmente nesta hora o tempo não para.
E o meu triste coração então feliz dispara.
Quando o telefone no seu toque declara.
Esta de volta minha figura rara.




Ai sim tudo volta à rotina e a normalidade.
Vai se embora a minha triste saudade.
Coração volta a pulsar de verdade.
Volto aos quinze anos de idade.




A vida passa a ter mais valor.
Posso contar contigo no cobertor.
Pouco importa se é frio ou calor.
O que importa e a força do AMOR.


JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO
(ZITO)

SÓ DOZE...___JOSÉ A.SILVÉRIO

Não quero que todos gostem de mim.
Pois sei que isto não é uma verdade.
O mundo eu sei nunca foi assim.
Isto nunca foi real, soa como falsidade


Pois os maiores nomes da história
Tiveram os seus grandes inimigos.
Assim foram maiores suas vitórias.
Pois a sabedoria pra uns é perigo.



Até o próprio JESUS, filho de DEUS.
Não esteve livre deste comum mal.
E passaram pela historia inimigos seus.
Porque minha trajetória não seria igual?



Dizem os grandes sábios.
Que a inteligência vem da cuca.
A ignorância vem dos lábios.
Pra uns, sabedoria é coisa maluca.



Por isto não se incomode.
Por não ser por todos amado.
Seja justo em tudo que pode.
E pelos inimigos será admirado.



Pois a inveja é a arma do incompetente.
Arma covarde e muito mesquinha.
Coisa de quem é pequena como gente.
Como deve ser pequena sua vidinha.



Lute para viver honestamente
Tropeços são para vencer.
É impulso para se ir à frente.
Coisa de pessoas decente.



E creia que de ti alguém vai gostar.
Não se iluda com quem faz pose.
Pois para poder JESUS acompanhar.
No meio de tantos, só achou...Doze.


AUTOR: JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO.

(ZITO)

SÓ SABIDO... O PAI FALÔ.___JOSÉ A.SILVÉRIO

O nosso DEUS é tão sábido
Que pra todos deu valô,
Eu não pude ir a escola
Mas na roça sou professô.

Lutei muito nesta minha vida
Me formei em muitas matéria
Assim criei toda esta minha famia
Assim como que longe da miséria.

Sem parafernaia sou homem do tempo.
Basta fecha um oio e oiá pro firmamento.
Que sei se vem sol, ou chuva, ou mais.
Sei inté de que lado pode vim o vento...

Manjo também desta tar de geografia.
Como me diz já a minha estudada fia.
Sei donde leva as estrada. Qué que fale?
Uma vai da na cidade, outra la pro vale.

Inté de somá os numero sou bom.
Quando ponho a ajuntá todo o gado.
No curral fica aquele grande montão.
Subo na porteira, óio e já sei o resultado.

Manjo inté dessa tar astronomia.
Das estrela sei o nome de todas ela.
Uma é brilhande, outra Maria.
Noutra botei o nome da fia, Gabriela.

Manjo inté de medicina de animar.
Eu que acudo os bichos no quintar
Quando tão no sufoco, no aperto
E o parto não é assim meio normar.

Acudo rapidinho com precissaõ.
Vo dando um jeitinho pra saída.
Guiando assim, mais assim cá mão.
Nunca perdi segue uma dessas vida.

Sei coisa co se não sabe de agronomia
Pois mexo cá terra quase todo dia.
Sei onde ela e dura e tem pedraria.
Onde plantá mandioca ou melancia.

Aprendi inté fala ingleis e alemão.
Pois falo com o meu patrão que é de lá.
Ele é surdo e eu converso sem confusão.
Faço sinar assim cá mão pra ele escuitá.

Tudo isto aprendi assim como que sozinho.
Observando os otros e também a natureza.
Na vida fui tomando pra tudo um gostinho
E ai minha vida se torno uma baita beleza.

Apesar de tudo que aprendi oiando cá vista.
Ponhei meu fio na cidade pra morde estudá.
Pra lê alguma coisa, um jorná, uma revista.
Eu só aprendi a lê o que a natureza quis falá

E despois a vida ta muito rápida.
Não se usa a mão pra morde planta.
É tudo maquinário muito moderno.
Com monte de catalo pra explica.

E assim meus fio pode lê de tudo.
E pra esta vida moderna se forma.
Eu já to veio, cansado e barrigudo.
Vo arma a rede pra mor de deita.

Minha correria inté já paro.
Meus fio todos já se crio.
Vo curti minha veia meu amo.
Inté o dia que DEUS do céu marco.

JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO.
ZITO

A LUZ DA LÁGRIMA___JOSÉ A. SILVÉRIO

Estou perdido no meu País
Rancado do solo pela raiz.
Sem direito de ser feliz.
Sem saber que mal eu fiz.


A água invadiu a minha cidade,
Destruí minha infância e mocidade.
Deixou em duvida a verdade.
E plantou no peito uma saudade.

Uma cidadezinha coberta pela água.
Um povo retirado assim as pressa
Um coração corroído pela magoa.
E de esperança sei lá, só promessa.

Perdi minha referencia de origem.
Perdi o sagrado lugar de nascimento.
A cabeça desnorteada deu vertigem.
Descontrolou todo meu pensamento.

A água invadiu tudo sem piedade,
Fazendo no lugar um grande lago.
Quebrou nossos laços de amizade.
Ficou só a dor que no peito trago.

Sou um nômade no meu País.
Perdi meu ponto de referencia.
Sou um barco sem um cais.
Sou uma cola sem aderência.

Minhas origens sumiram,
Tudo para fazer uma usina.
A casinha onde eu nasci,
A água passou por cima.

A tapera que muito lutei pra construir,
A simples escolinha que eu freqüentei.
A mangueira que teimava em subir.
Lembranças que na memória guardei.

Deram-me um outro lugar pra morar.
Tentando inutilmente me confortar.
Mas de que maneira se pode enganar
Alguém que pra sua terra não pode voltar?

Não posso andar pelas ruas sem asfalto.
Pisar com os pés naquele poeirento chão.
Que me deixava os pés todo vermelho
Mas enchia de alegria meu coração.

A casa dos meus pais, avos e irmãos.
Na rua de cima no outro quarteirão.
A casa da minha linda namorada.
Onde fui pro seu pai pedir lhe a mão.

Às vezes quando a saudade aperta,
Ando de barco por aquela represa
Imaginando minha saudade coberta,
Rolam nas vistas as lagrimas presa.

Lagrima que é gota de um choro
De um peito que não suporta a dor.
Que misturam se a de outros em coro
E vão fazer rodar na usina o gerador.

Oxalá esta lagrima que caiu na água
Se transforme num pouquinho de luz.
E vá acender uma lampadazinha,
Lá num cantinho do altar de JESUS.


JOSÉ AUGUSTO SILVÉRIO.

(ZITO)

MARIA FERNANDA (Biografia)


Márcia Fernanda Peçanha Martins, pseudônimo literário Marcinha, 47 anos, solteira, nasceu em Porto Alegre (RS), onde sempre residiu. Formada pela PUCRS em Jornalismo e com curso superior de Ciências Sociais incompleto pela UFRGS, além de vários cursos de extensão em marketing. É repórter especializada na área de economia há mais de 20 anos. Também é diretora do Sindicato dos Trabalhadores da categoria. Já atuou em assessorias de imprensa governamentais e privadas e nos jornais mais importantes de Porto Alegre. Escreve desde os 15 anos, mas retomou a literatura em 2003, após um longo período de introspecção depois da morte de seu irmão mais novo e seu confidente. Tem uma coluna semanal no site www.coletiva.com. Sua maior fonte de inspiração é a filha de 13 anos. Márcia Fernanda Peçanha Martinsjornalistae-mails gabrielatrezzi@uol.com.brfernandap@correiodopovo.com.br

PROMESSAS___MARIA FERNANDA

Fazer de cada desencontro
uma nova tentativa.
Saber que nada nasce pronto
e construir as situações.
Não ficar esperando o abraço
que pode não ocorrer.
Nem se entregar ao cansaço
para justificar o dever adiado.
Imaginar que um dia é amanhã
e que se pode acreditar.
Contar com a ajuda de Iansã
e mandar embora os males.
Não perder tempo e faça planos
porque tudo pode acontecer.
Não subestimar os seus anos
porque o passado é acúmulo.
Jogue fora a roupa amassada,
coloque no lixo a taça quebrada,
atire janela abaixo qualquer dor
e abra, escancare a porta para o amor.

Maria Fernanda Peçanha Martins

OUÇA O SILÊNCIO____MARIA FERNANDA

Fique calado para ouvir o silêncio
que está a murmurar pelas ruas escuras
segredos indecentes
fantasias incandescentes
sonhos de tanta gente.
Fique quieto para ouvir o barulho
que está a bradar pelas vidas noturnas
discórdias ensandecidas
relações estremecidas
lágrimas escorridas.
Agora, concentre-se e ouça a existência
que está a brotar fetos em ventres futuros
meninas adolescendo
famílias apodrecendo
crianças sofrendo.
Antes de deitar, tente ouvir sua consciência
que está a lhe despertar para o mundo externo
muita vontade e pouca ação
muita saudade e pouca paixão
muita crueldade e pouca prisão


Maria Fernanda Peçanha Martins

MERCADORIA FRÁGIL____MARIA FERNANDA

Cuidado ao entrar no meu coração,
não faça muito barulho.
Se possível, não traga entulho,
venha fantasiado, chegue com emoção.
Ele já passou por algumas armadilhas,
e nem aceitaria pensar em repeti-las.



Pise de mansinho nos meus sentimentos,
não faça deles gato e sapato.
Se der, compre um perfume barato,
e derrame sobre os nossos pensamentos.
Eu já sofri e chorei tanto por amor,
e nem passaria pela mesma dor.



Passeie com carinho no meu corpo,
não é preciso muita sofisticação.
Se puder, venha gritar de tesão,
nas minhas entranhas seja morno.
Eu quero ter uma noite de sexo sem fim,
e que o dia amanheça bem longe de mim.


Maria Fernanda Peçanha Martins

FIM de CASO____MARIA FERNANDA

Num gesto de perfeita lucidez,
rasguei todos os teus bilhetes e recados,
respondi assim a tua estupidez,
que me deixou com os olhos avermelhados.



Não quero chorar, não sou criança,
já passei por outros romances mal resolvidos,
sei que devo andar conforme a dança,
e que ainda terei muitos amores retorcidos.



Vou arrumar tua mala e podes partir,
irei te poupar das cenas mais dramáticas,
não vais ver nenhuma lágrima minha cair,
e nem direi frases prontas e sarcásticas.



Leva tudo que é teu, não quero nada,
fico com minha honra e mantenho a decência,
fico com meu jeito de quem foi enganada,
e não me entregarei jamais a atos de demência.



Deixa a chave da porta e da correspondência,
deixa comigo a impressão de que valeu a pena,
fica comigo uma sensação de independência,
fica contigo parte da minha alma tão pequena.

Maria Fernanda Peçanha Martins

FAXINA GERAL____MARIA FERNANDA

Limpei todas as gavetas.
Tirei teu cheiro do armário.
Deixei tua mala no corredor
e evitei te ver partir no elevador.


Agora, ando pela casa, demente,
procurando um resto de perfume,
catando um resto da pasta de dente
que sempre deixavas sem a tampa.


Se começar a amar é tão de repente.
desamar tinha que ser diferente ?
Caminho tentando te encontrar
e a minha ilusão não pode acabar.


Coloco um CD e lembro teu rosto,
tomo um drink e não sinto o gosto,
porque tudo ainda traz teu calor,
vai ser um drama esquecer teu amor.


Maria Fernanda Peçanha Martins

DE TANTO TE AMAR___Maria Fernanda

Eu te amo em todas as horas do meu dia,
e em todos os sonhos que apareces à noite,
e em todos os estragos e em toda folia,
que tu fazes sempre que entras na minha rotina.



Eu amo tudo que desfila pela tua retina,
eu amo teu jeito revelado de fazer descaso,
e em todos os labirintos em que te amasso,
que me transmutam e me tiram a energia.



Eu te amo com roupa simples e com alegoria,
e em todas as peças da casa em que me desnudas,
e em todos os beijos pelas minhas partes carnudas,
quando me incendeias e me calas de desejo.



Eu te amo até mesmo quando nem te vejo,
eu amo quando fico acordada à tua espera,
e em todos os atos em que te recebi uma fera,
que me transformaram numa mulher passional.



Eu chego a te amar loucamente de tão irracional,
ah, eu amo as tuas ausências e as tuas esperanças,
ah, eu amo as tuas descrenças e as tuas lembranças,
onde nem sempre sou tua personagem mais real.



Eu nem sei o que não consigo deixar de amar em ti.
Amo o sorriso, o compromisso, o carinho de mansinho.
Amo o abrigo, o amigo, as mãos macias nos meus vãos.
Amo o olhar, o apalpar, teu corpo no meu encostadinho.



De tanto te amar, já nem sei o que ainda tenho em mim.
Abandonei um projeto de vida que sempre alimentei.
Abandonei um pouco a certeza e hoje nada, nada sei.
Apenas que te amar me torna uma colombina sem fim.


Maria Fernanda Peçanha Martins

SELMO VASCONCELLOS


Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. http://www.selmovasconcellos.zip.net.br/. VISITE e COMENTE : ==http://www.selmovasconcellos-curriculoliterario.blogspot.com/ ==1ª ANTOLOGIA POÉTICA MOMENTO LÍTERO CULTURAL : http://antologiamomentoliterocultural.blogspot.com/ Editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL,desde 15 de agosto de 1991, no jornal ALTO MADEIRA.http://www.rondoniaovivo.com/ , do editor-chefe Marcos Souza, com a página "Selmo Vasconcellos - Momento Lítero Cultural"http://orebate-selmovasconcellos.blogspot.com/ - página Momento Lítero Cultural do jornal http://www.jornalorebate.com/ , do diretor/ editor-chefe José Milbs de Lacerda Gama.http://www.selmovasconcellos.zip.net/ COMUNIDADES : SELMO VASCONCELLOShttp://www.orkut.com/CommMembers.aspx?cmm=28293531AMIGOS DO LÍTERO CULTURAL http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11946289

Ousada___SELMO VASCONCELLOS

Sentinela vou ver
Senti nela poder
Contagem regressiva
Granadas, explosivos,
GÁS LACRIMOGÊNEO
Só em casos ATENUANTES.



Grevistas
Pacifistas
Artistas
PADRES SEM BATINAS
LAVRADORES SEM BOTINAS


Por um triz
Quase quebrou costelas
RADIOGRAFIAS
ABREUGRAFIAS
-FOTOGRAFIAS-


Sofreu lesões,
CIRURGIAS.


Apartamento nº 05
MANICÔMIO
Só, sem memória
( PORRADAS ).


Rouca, tuberculosa
Em coma
Numa cama
Não comeAlhures
TIO SAM diz :
É LOUCA.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Vida vaga, vegetativa
Bom dia, boa tarde, boa noite
Sem opção, sem alternativa
Surro o corpo com açoite.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

És tão pecador
Que tuas mãos fervem
Quando pegas no livro sagrado.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Meia noite de sexta-feira
Apareceu o Saci
Correu tanto, deu canseira
Tomou guaraná e açaí.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Eu Eu Eu Eu Eu
Eu Eu Eu Eu Eu
Eu Eu Eu Eu Eu
Eu Eu Eu Eu Eu
EU NÃO POSSO
ME ESQUECER
NEM PENSAR !!!

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Hum Hum Hum
Hum Hum Hum
Hum Hum Hum
Outro beijo, hein ?
E CONCEPÇÃO.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Na fila
Fila-se
Cigarro
E tempo perdido.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

ATENÇÃO
Povo babaca
Sou CANDIDATO
Sou HONESTO
E vou te ROUBAR.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Vim
Vi
Vendi
Pudera
SOU VENDILHÃO.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Pau-Brasil
Brasil sem pau
Tudo em Portugal.

Selmo Vasconcellos

Selmo Vasconcellos

Ânsia
A miséria corrói
A fome
E a ignorância.
Selmo Vasconcellos

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

VAVÁ MAIA



Nome: Vanilda Maria da Graça Maia
Nome Artístico: Vava Maia
E-mail:vava.maia@gmail.com
Data de Nascimento; 13 de setembro
Naturalidade: Campos dos Goytacazes / RJ – Brasil
Pequena Biografia: Nasci em Campos dos Goytacazes, Licenciada em Letras (Português Espanhol) e Pós-Graduada em Planejamento Educacional, Administração Escolar e Recursos Humanos. Casada, tenho 2 filhas (Isabel e Larissa) e 2 netos (Thiago – 7 anos e Pedro – 18 meses),
Sou servidor público estadual e municipal. Atualmente trabalho na Coordenadoria Regional Norte Fluminense I, da Secretaria de Estado de Educação, na Gerência de Recursos Humanos.
Comecei a escrever por acaso, na época dos comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil pois os alunos do Colégio onde era Diretora (CE João Pessoa) queriam um texto para inserir numa peça teatral e foram me pedir ajuda, daí, "nasceu a escritora/poeta" embora, sempre escrevesse mas nunca guardei... não acreditava naquele dom. Vejo cada texto como um filho amado que pode ter seus defeitos mas que não deixa de ser amado.
Trabalhos publicados:
- Livro: Antologia dos Poetas Virtuais – 1º. Livro de Poesia dos Poetas Virtuais – Editora Premius – 2007;
- Sites (alguns) onde tenho textos publicados:
http://isamarques.spaces.live.com/blog/cns!2597988236537FBB!2661.entry http://www.xanga.com/sil_kusaba/582559345/item.html http://www.rondoniaovivo.com/exibenot0.php?id=28873
http://rabiscosdigitais.blogspot.com/2007/03/blog-post_2224.html http://www.versoseacordes.com/menus/haikai.html
http://www.flogao.com.br/soninhaporto77/foto/006/66193033http://www.flogao.com.br/soninhaporto77/foto/005/62223244
http://www.flogao.com.br/luaserena/foto/002/65625648
http://www.flogao.com.br/soninhaporto77/foto/114/75565440
http://www.planetaliteratura.com/index.php?view=detalhesartigo&codigo=38804
http://www.planetaliteratura.com/?view=publicar
http://fotolog.terra.com.br/jota1_linhares:205
http://gelferreira.multiply.com/journal/item/2217
http://hosting.pop.com.br/glx/literaturaclandestina/index.php?page=showcomments&id=873
http://www.rondoniaovivo.com/exibenot0.php?id=17484
Blogs:
http://vavamaia.zip.net
http://vava.maia.zip.net
http://www.recantodasletras.com.br/autores/vavamaia
http://www.planetaliteratura.com/?view=artigos&categoria=&colunista=690&procura=&ano=2007&mes=
http://www.mensagensvirtuais.com.br/comigosdemim

MENINA SAPECA____VAVÁ MAIA

Menina sapeca
da saia rodada
cheia de fitas
de todas as coresi
gual arco-íris


Menina sapeca
espelho do amor
exala paixão
coloca emoção
em tudo que faz.


Menina sapeca
luta contra seus desejos
seu coração palpita
seus olhas brilham
e falam de amor.


Menina sapeca
do laço de fita
tem mãos que afagam
pés que caminham
e fortes atitudes.


Menina sapeca
laço de fita
saia rodada
cabelo cacheado
e enfrenta o mundo


Menina sapeca
é sempre ouvidos
usa palavras sábias
é um ombro amigo
na jornada da vida


Menina sapeca
laço de fira
saia ao vento
sob os caracóis
tem histórias para contar.


Menina sapeca
não esquece a boneca
gosta de panqueca
joga sueca
tem medo de perereca


Mas
esqueceu a boneca
toca guitarra
come salada joga no computador
torce pela perereca
pois na cidade
a poluição acabou com ela.


A menina sapeca
ainda sonha
e lá
usa laço de fita
saia rodada
brinca de boneca
e volta a ser criança.


(Vavá Maia)

GOTAS DE SAUDADE___VAVÁ MAIA

Chove
Gotas de saudade em mim
Você não vem...
A vida passa, flui
Recrio meu mundo
Busco atalhos... encurtam caminhos
que me levam a outros
Ao seu encontro
Sua presença
Sua ausência dói
Machuca, maltrata
E a noite vem
Sinto-te, sem vê-lo
Sua luz surge do nada
Em busca de nós
E perde-se em nós
Em contemplação
-sonho rotineiro-
de um encontro noturno
sempre renovado
nunca concretizado
Pois só existe a saudade!

(Vavá Maia)

LUA NUA__VAVÁ MAIA

À beira-mar
sob uma pitangueira
olhando a lua,viajo
beijos ardentes, apressados
mãos nos corpos
roupas na areia
corpos nus ao vento
que se fundem
se buscam
se entregam
num só corpo
num só ritmo
de loucura
paixão
amor...


Na praia, silêncio
na areia, corpos cansados
unidos pelo prazer
no vai-vem das ondas
no vai-vem do vento
a lua nua vagueia
e
sorri de prazer.


(Vavá Maia)

MUDANÇA___VAVÁ MAIA

olhos encharcados de amor
alma inundada pela sua presença
tão forte
tão doce
tão marcante
você veio do nada
chegou sorrateiramente
mostrando-se
fixando-se
instalando-se
e em mim fez morada


brincou com minha alegria
instigou meus sentimentos
despertou emoções adormecidas
trilhou caminhos errantes
tropeçou
caiu
ergueu-se


e me fez frágil
diante do futuro


e me fez pensar
em possíveis mudanças

e me fez querer
vida
aventura
felicidade
amor.

(Vavá Maia)

QUEM SOU___VAVÁ MAIA

Quem sou?
Poeta sem pé nem cabeça
Que se esquece do tempo
Que fala ao vento
Que ri do nada
Que chora por amor e saudade
Que se encanta com a vida
Que espalha amor
Que anda pelas noites,
Onde se aquece


Onde estou?
Estou na poesia
Vivendo nas entrelinhas
No sentido de cada palavra
Sou a interrogação sem resposta
A exclamação de espanto
As reticências da incerteza
A vírgula da preguiça
O ponto e vírgula do pensamento
O travessão da queixa
As aspas da dor


Quem sou, não sei
Resido na lágrima
E me espalho num sorriso
E amo... apaixonadamente
Cada momento
Cada gesto
Cada fração de segundo


Quem sou, sou amor em poesia
Quem sou, alguém que ama
Quem sou, essência da vida
Quem sou, simplesmente sou...

(Vavá Maia)

AINDA TE AMO__VAVÁ MAIA

Nada me impedirá de te amar,
nem a incerteza, nem a solidão
nem o tédio, nem a depressão
nem sua ausência, nem sua tensão
por mais que sofra meu coração.


Nada me impedirá de te amar
nem o desprezo, nem a descrença
nem o ódio, nem a ofensa
nem a dor, nem a indiferença
por mais que queira meu coração.


Nada me impedirá de te amar
nem sua recusa, nem seus medos
nem seus conceitos, nem preconceitos
nem seu desamor, nem seu desrespeito
por mais que angustie meu coração.


Nada me impedirá de te amar
povoando meus sonhos secretos,
navegando por mares inquietos,
buscando encontrar-te completo
por mais que recuse meu coração.


Nada me impedirá de te amar
amo-te além do bem e do mal
amo-te por inteiro, além de mim
Só existo porque te amo
por mais que teime meu coração!


Te amar é só o começo...

(Vavá Maia)

domingo, 20 de janeiro de 2008

EURIDICE HESPANHOL



Mãe, poeta, dirige atualmente o Movimento Poetas sem Fronteiras(Eventos mensais e três Luaus por ano, completa um ano em Dezembro de 2007), coordena os Salões poéticos da AABB (Associação atlética Banco do Brasil), em sua oitava edição, segundo ano consecutivo. Ativista cultural, membro da APPERJ e SEERJ. Possui trabalhos publicados em diversas coletâneas e antologias.

O BEM QUE TE QUERO___EURIDICE ESPANHOL

O bem que te quero
É maior que o infinito
Do meu lirismo
Que em posição de quem anseia,
Na distancia aflita,
Se perde e se limita...


O bem que te quero
É horizonte de luzes furta cores...
Arco-íres dos meus amores:
Inúmeras mulheres em mim
Que te guardei...


O bem que te quero
E comigo, sem mim
Em mim, de mim
Mesmo que não seja para mim...


O bem que tenho
São mãos vazias entupidas de afetos
Coração ensolarado
Por entre mares descobertos...


O bem que te tenho
É a viagem que te faço
Em todo o meu sonho farto
Neste silêncio de agonia


O meu amor é infinito sem espaços,
Liberdade que te entrego,
Nas sombras da minha noite,
Enquanto navego atalhos pra clarear o dia!!!


Euridice Hespanhol


Amor em agonia!
Confidências!!!

A BRAVA___EURIDICE HESPANHOL

Pior que jaguatirica entocada
jararaca dorminhoca,
cobra d`água deslizante
cascavel de morro alto
gavião dando rasante
pior que mula empacada
e briga de guaxinim
Sou mulher muito abusada
dona dos passo de mim...


Eurídice Hespanhol

In raízes caipiras

CIGANA ENAMORADA___EURIDICE HESPANHOL

Saias vermelhas
Lenços que anunciam sonhos
Um par de ouro nas orelhas
E um tangente violão cigano...
Rodas, bailando em circular transe
Música transbordando séculos errantes...
Passos que declaram eterno amor
Alegria nos olhos,
Na mão esquerda o diamante mais raro,
Na direita o lenço, o laço, o gesto, a vida...
O toque no tablado,
A etnia ancestral,
A marca delirante...
Palmas marcando os compassos
Mais um passo, um giro,
Vento soprando em viajante alma
Delírio que acalma
Festa que eleva...
Sapateados sobre a terra em prece
Doação de fogo que de amor se oferece...
Porta aberta que não se tranca
Sangue trocado que jamais estanca...


Eurídice Hespanhol


In imagens de uma alma cigana
Poema em homenagem a poeta Ivone Landim, que de alma cigana desperta toda ancestralidade deste povo errante que mora em todos nós.
Está editado na Antologia do POVEB (Poesia, você está na Barra)

A ESCOLA___EURIDICE HESPANHOL

Eu poderia mandar as favas todo texto
E conclamar os eruditos a discursar os seus falares!
Falar?
Falar pra quê?
Quero não!
Piaget
Vigotsky
Wallon
Quanta filosofia!
Quimera!
Função Neoliberal
Educação já era!
Onde está Paulo Freire,
Anízio Teixeira,
Darcy Ribeiro?
Morreram!!!
Brasileiro quer escola,
Não quer esmola !!!
Chega de populismo exacerbado
É hora do verbo cumprir o seu legado
E da escola elaborar sua missão:
Ensino de qualidade, gratuidade.
Prioridade tem quer ser EDUCAÇÃO!
Ensino profissionalizante?
Onde está?
Do que se trata?
A escola neste País
É hoje:
FORMADORA OFICIAL
DE.MÃO DE OBRA BARATA!!!

Euridice Hespanhol


Para o Partido Político da poesia
Apresentação no Festival Carioca
De Poesia, Poesia simplesmente
Teatro Gláucio Gil.

SATISFAÇÃO___EURÍDICE HESPANHOL

Eu almoço sonetos
De sobremesa uma quadra
Bebo tercetos
Lancho Haikais
Coloco na xícara
Rimas de sonhos
Sinto no rosto
a brisa leve de um
dodecassílabo inusitado...
Aborto todas as métricas,
Dissimulo réplicas.
E a noite,
Embriago-me com todos os goles
De versos livres
Da forma mais sã
Porque poesia
Tem que ter todo dia
E ainda sobrar pro café da manhã...


Eurídice Hespanhol

DESEJO DE MULHER__EURÍDICE HESPANHOL

Teu desejo é meu querer insano
Que invade meu corpo em suave ternura
São mil pecados entre dois profanos
E em pleno ato, minha alma é pura...


São teus toques tormenta sublime
Madrigais de beijos em prosseguimento,
Êxtase, emoção, enlace que redime,
Cálice repleto, compartilhamento...


Meu corpo é primavera em plena fluorescência
Sob tuas mãos, libertas que não temem
Doação Divina, mel de efervescências
Mar do teu amor, praia do teu sêmen...


Eurídice Hespanhol


Membro do SEERJ e APPERJ.
Este poema é em homenagem a todas as mulheres
que através dos séculos tiveram seus anseios, desejos e emoções descritos
através do olhar masculino. Dedico-o a todos os homens que assim o fizeram sob a égide do amor e a todas as mulheres que lutaram para que suas vozes tivessem eco.Este poema está editado na agenda Anima- Oficina Editores –
2006.

LUCIANNA OLIVEIRA (LUH OLIVEIRA)


Luh Oliveira...é assim que a poetisa Lucianna Oliveira assina seus poemas desde os tempos de adolescente. Libriana, professora de Língua Portuguesa, mãe de duas meninas, esta baianinha vem chamando a atenção com seu jeitinho meigo, seu sotaque característico e suas poesias, ora delicadas, ora fortes,ora sensuais. Já esteve presente em duas edições do Congresso Brasileiro de Poesia, em Bento Gonçalves - RS, é Cônsul da Poetas Del Mundo na cidade de Ilhéus-Ba, e tem suas poesias publicadas em coletâneas e em sites literários, entre os quais o almadepoeta.com, da qual é uma fervorosa divulgadora.TODOS OS POEMAS ESTÃO REGISTRADOS NA BIBLIOTECA NACIONAL SOB O REGISTRO 411889, no Livro 769, Folha 49

PRIMEIRA VEZ __LUH OLIVEIRA

Já andei descalça na chuva
Já comi dez cachos de uva
Já caminhei à noite na praia
Já andei de moto de mini-saia
Já chupei manga verde com sal
Já comi bolo até passar mal
Já fiz castelos de areia
Já contei segredos pra Lua Cheia
Já escrevi nas pernas um poema
Já tomei banho de alfazema
Já engasguei comendo pipoca
Já cortei o dedo ralando mandioca
Já li um livro inteiro num só dia
Já me embriaguei de tanta poesia
Já saí na noite sem destino
Já tentei tocar violino
Já contei as estrelas do céu
Já pintei meus cabelos de mel
Já amei, desamei, briguei, chorei
Já casei, xinguei,cantei, dancei
Já fiz tanta coisa na vida
Mas amar alguém assim
Como amo você
É a primeira vez.

SOBRAS ___LUH OLIVEIRA

a mim
o que resta
uma fresta
na janela
onde faz festa
o sabiá...

MEMÓRIA ___LUH OLIVEIRA

Quero ficar na tua memória
assim tão quietamente
que me sintas apenas
como aquele velho sinal
em teu corpo
que já nem percebes
não olhas
mas está lá
marcando tua pele
tal tatuagem do amar.
Quero ficar na tua memória
de maneira tão terna
tão forte
tão abrangente
tal aroma do café
que fazes toda manhã
e que inunda a tua casa
enchendo-te de forças.
Quero ficar na tua memória
tão serena e mansa
tão imperceptível
que não consiga agitar
a quietude de teus sonhos...
Quero ficar na tua memória..
Quero ficar na tua pele...
Quero ficar em ti
pra sempre...

DOR __LUH OLIVEIRA

Dor que lateja
em lascas de sangue
jorrando da face
que o espelho reflete
Navalha afiada
transfigura o rosto
que não reconheço
Antigo álbum
de fotografias
detalhes que nunca
existiram
um sinal, uma ruga
um olhar
que já se foi
Preso no reflexo
côncavo e convexo
não sou eu
Mas a dor é minha...

SURDEZ ___LUH OLIVEIRA

Em meus castelos de areia
enterro minhas desventuras
minhas amarguras e devaneios
E cada grão de areia tocado
é banhado com as lágrimas
da decepção
AS estrelas cadentes
não iluminam meu rosto
E no meu coração
reina a escuridão
Um grito engasgado em meu peito
De que adianta?
A surdez do mundo me emudece.

GRAVIDEZ ___LUH OLIVEIRA

E foi naquela noite enluarada
Que o gameta luz
Fecundou as letras...
Houve um trepidar de estrelas
No vasto céu de minha boca.
Aos poucos tudo silencia.
Faço uma descoberta.
Estou grávida!
Grávida de POESIA!

OSWALDO ANTÔNIO BEGIATO



Nasci, sob o signo de escorpião, em 26 de outubro, no ano de 1.953 em Mombuca, uma pequena cidade do Estado de São Paulo, vizinha de Capivari, terra de Tarsila do Amaral, que o destino a quis cruzando os caminhos de um certo Oswald, que tinha como vício as palavras.
A mim acrescentaram dois artigos masculinos, um para ser Oswaldo e outro com acento circunflexo para determinar meu centro, Oswaldo Antônio Begiato.
Quando percebi isso, fiz das palavras minha terra natal.
Ainda pequeno vim para Jundiaí, também São Paulo, onde me fiz advogado sem banca, aposentado sem queixas e onde moro até hoje.
Vestindo calças curtas, e ainda menino, estudei em Seminário de padres missionários, na cidade de Aparecida do Norte, que de norte não me mostrou quase nada.
Mas quando me vi adolescente abandonei a vocação que nunca me fora de verdade, e foi lá que comecei a escrever meus primeiros versos.

LUA VERDE___OSWALDO ANTÔNIO

Serei eu rei
Atrás desta máscara
De barro argiloso,
Que tuas mãos ceramistas
Fizeram-na branca, vítrea e frágil
Com a tinta que descaiu
Das nuvens
E com as brasas que segregaram
Do estro?

Ou serei eu dragão
No ventre da lua,
Outrora branca, absorta e fria,
A qual fizeste jardim de inverno
Com os verdeios que nela esculpiste
Semeando flores esmeraldas
Emprestadas da primavera
E orvalhadas com as lágrimas
Recolhidas de minhas saudades,
Poetisa?

Rei ou dragão
Ofereço-te minha cabeça mascarada
Nessa bandeja de aço inoxidável
Onde o escrevedor gravou as poesias
Que de ti nasceram
e a lua verde as deixou enternecidas.

CINZAS DA SANIDADE___OSWALDO ANTÔNIO

Varro o chão
Onde caíram as palavras comportadas
Que por entre dedos gélidos
De minhas mãos rudes
Deixei escapulir, por obstinação.

Junto-as e cremo-as.

As cinzas, entrego ao vento;
Leve-as ele para bem longe de mim,
Fantasma que são
Do poema reto
Que não me permiti consumar.

Não lapido as palavras.
Não destilo as palavras.

As lapidadas,
Deixo-as aos jovens apaixonados.
As destiladas,
Aos que delas se tornaram amantes incorrigíveis.

Quero-as selvagens,
Cheias de quinas e fios,
Cheias de doenças e vícios,
Para que quando brotarem de dentro de mim
Rasguem-me a carne,
Contaminem-me o sangue
E façam-se poemas tortos:
Eles me conferem vida intensa.

Não quero pois o poema da breve paixão,
Nem o da paixão amancebada:
Eu vou é me casar, para sempre, com o Cântico Negro.

OLHOS OPALINOS____OSWALDO ANTÔNIO

Pudesse eu
nesta minha vida
de dúvidas desmedidas
voltar às certezas singelas
de minhas primeiras convicções!

Crer no Natal
com olhos de pedras preciosas
e no Ano Novo
com olhos de eternidade.

Ver o futuro
com olhos de castelo de areia
e o presente
com olhos de infinidade.

Viver a realidade
com olhos de duendes
c os sonhos
com olhos de perenidade.

Pudesse eu
ir buscar no meu abandonado caminho
todos os olhos que perdi
e com eles todos em contemplação
redesenhar delicadezas,
reinventar gestos,
redescobrir gratidões
e prescrever serenidades!

Pudesse eu
ter todas as minhas feridas
curadas pelo beijo
de minha mãe!

Porém
estou na idade de olhos opalinos:
- eles não enxergam
além de um presente amorfo.

Estou na idade
em que beijos
não curam;
beijos ferem.

DESEJOS___OSWALDO ANTÔNIO

Venha me ver.
Fale comigo.
Conte-me suas coisas.
Cobre de mim tudo o que eu puder
E tudo o que eu não puder.
(Se depois de tudo ainda sou capaz de não poder.)
Aperte meu corpo
ao seu corpo dividido

Leia nos meus versos desajeitados
o amor que sinto,
o azul com gosto de oceano limpo que lhe desejo.

Chegue mais perto,
sinta as coisas que me cercam.
Veja a transgressão nas minhas segundas intenções
quando ardentemente lhe desejam.
Veja a malícia de meu pensamento
que meu gesto revela
cheio de desejos obscenos.

Venha me ver com seus olhos pontiagudos.

RETORNO____OSWALDO ANTÔNIO

Quando saí de minha terra
levei comigo meus pensamentos,
minhas roupas de carpir o mato
e um desejo imenso de piscina.

Eu tinha então onze anos
duas abotoaduras,
um livro de reza,
uma agulha, linha e botões,
um buquê de canduras irreversíveis,
e um escapulário imaginário.

Eram-me longos os meus dois braços;
na bagagem, guardei várias tentações,
duas camisas fechadas, feitas de saco de trigo,
e um coração pequeno
onde dores iriam despertar,
mais cedo ou mais tarde.

Quando voltei,
trazia comigo algumas mágoas de amor,
na alma um vazio novo,
todos os pecados do mundo,
e um abraço ausente.

Já era homem
impregnado por um buquê de vícios incorrigíveis;

não tinha mais pensamentos
mas ainda tinha um desejo imenso de piscina.

FUTURO ___OSWALDO ANTÔNIO

preso
à janela pequena
vejo-o lá fora
impossível
impassível

de minha janela
a liberdade parece grande
a liberdade é pequena
como pequenas são minhas singularidades

muitas marcas
muitos marços
passaram pela minha vida

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

JOSÉ MARÇAL DA FONSECA FILHO (MARÇAL FILHO)


Poeta, compositor, escritor e cronista mineiro, nascido em maio de 1954. Participação nas seguintes Antologias: Poetas Brasileiros de Hoje pela Shogun Editora e Arte em 1992. Poetas pela Paz e Justiça Social em 2007. Proyecto Cultural Sur – Brasil /Poesia do Brasil vol /05 2007. Contatos: jomarfil@gmail.com e pedralisa@gmail.com *Sua página no Alma de Poeta http://www.almadepoeta.com/marcalfilho.htm. Marçal Filho é Presidente da Amita (Associação dos Músicos de Itabira) e membro fundador da Aspi (Associação dos Poetas e Escritores Itabiranos). Faz parte do Movimento Trial que consta da união de amigos compositores e poetas itabiranos que fazem do dia a dia, Amizade, Idealismo e Arte. Comungam dos mesmos sonhos e ideais. Lançou seu primeiro romance O Afilhado em julho de 2007.

A LÁGRIMA_____MARÇAL FILHO

É, eu pensei que fosse diferente
não...Não sou
sou tão e quanto emotivo como você


Não sei o gosto dessa lágrima...


Tem momentos que a sinto amarga
noutro instante sinto-a salgada
não há definição possível...


Um elo se partiu e não sei como consertá-lo
nunca fui bom nessas coisas...
A lágrima continua me irritando
e provocando ardor nos olhos...
Meu colírio está com validade vencida,


a estupidez caminha de mãos dadas
com a cegueira da alma...

Será que alma usa colírio?

Marçal Filho

CONTAGEM REGRESSIVA___MARÇAL FILHO

Treze contos me contaram
Doze dias eu ouvi
Onze vezes duvidei
Dez mentiras ajuntei
Nove juras eu jurei
Oito metas descrevi


Sete apelos me fizeram
Seis recados eu mandei
Cinco línguas que falaram
Quatro delas interpretei


Três amarras foram dadas
Duas eu desamarrei
Uma página na história


Podes crer que eu colei!


Marçal Filho

ENTREGA _____MARÇAL FILHO

Vem que o desejo me queima
e só você pode a mim acalmar
saiba que o Amor inda é o mesmo
e tão melhor posso lhe garantir...


Nada que a vida desdiz
nada qu'ela possa inventar
Nada que lhe queira dizer
tudo que ela pensa criar
mudaria o sentimento Amor...


O Amor sempre será soberano
mesmo sofrido, mesmo profano
se contundente, ainda esperando


Valerá pelo simples fato
de Amor ser, de amor estar
de amor sorrir, de amor beijar
e de tudo enfim, ao viver se dar.


Marçal Filho

INADEQUADO______MARÇAL FILHO

A tônica que me invade a alma
é sarcástica e tripudia
sobre meu escárnio...


O mofo que produz meu tédio
impede-me do sentido
calma...


O grito que queria dar
calou-me na garganta fanha
e a paz que ousava ter
fugiu sem pedir licença...


Incrédulo ante essa visão
eu ando no barbante podre
e ontem fiz o que não faço
pois dei de me preocupar com o hoje...


Marçal Filho

SINGRAR____MARÇAL FILHO

Ainda existe em mim
o desejo de um barco
hei de vê-lo...
Velas içadas...Vento atiçando...
Cabelos afoitos...Peito livre
e o sol dourando minhas manhãs


Ainda serei viajante sem rumo
terei minha alma banhada
de sal e maré...


Inda tenho esperança
de horizontes novos
matizando antigos desejos...


E singrando a esmo
me verei sumindo
pois é findo o dia
desse esperar...


Já é quase hora
duma nova aurora
solto mundo afora
no meu viajar...


Quer me fazer companhia?


Marçal Filho

VISCERAL____MARÇAL FILHO

Sigo transando idéias
Nessa epopéia de ilusões
Rasgo as entranhas da vida
E as vísceras exponho
Como se certeza fosse
Que meu sim é seu não


Vivo entre o pódio e o abissal
Balançando ao vento
Como uma folha ao léu
E quando vislumbro outro sim
Novamente um menino
Me vem a teimar


E tudo então é incerto
De tão longe ando perto
Dessa busca de amar!!!


Marçal Filho

NINA ARAUJO


Nina Araújo,poeta carioca nascida em Botafogo nos anos 60,autodidata,compositora,fã incondicional do choro e samba carioca e do poeta Manoel de Barros,versa o seu cotidiano e a natureza pela visão de seus intermináveis passeios de bike pela Cidade Maravilhosa,e do Leblon bairro onde reside há 25 anos.

PASSARINHA____NINA ARAUJO

Ouça bem sabiá!
Aqui onde ponho o verso,
Sempre tem um lugar,
Não imite o beija-flor,
João–de-barro ou carcará,
Venha como andorinha,
Que sou dessas passarinhas,
Que demoram pra voar,
Vivo nomeando vento
Chamo graveto de tempo,
Faço uirapuru cantar,
Sou comadre duma águia,
De olho no pintassilgo
Que vem sempre passear,
Tropico com a cegonha,
Ouço muito a cotovia,
Pra de noite ir corujar...


Nina Araujo

TUDO VERSA___NINA ARAUJO

Por conta da emoção poeta
De seres tão abissais,
Um rio desagua o dique
Que versa nos meus quintais,
E cospe lindas centelhas,
Candeias que despem luz,
Manhãs parindo rimas,
De pato e mar azuis...
Campeiam em altos montes,
Nos bondes,nos botequins,
Nos lumiares,nos antros,
Nas matas dos curumins,
No pólem duma abelha
No beijo que foi roubado,
Na vida da costureira,
Do coração enganado,
Tudo que existe versa,
Nos sonhos de qualquer cena,
O mote mais impreciso
Tem luz no fim do poema.


Nina Araujo

VIA ____NINA ARAUJO

Num dente trincado
Na frase dita na rua,
O verso é capturado
Levantado pela grua,
Atirado na fornalha
Navegante pau a pique,
Solta fogo de palha,
Na canção pra Mucuripe,
Segura bala perdida
Dialoga com o cão,
É incremento de vida,
É bertalha com açafrão,
Um Romeu da Julieta
A caatinga chuvosa,
Termina rimando têta,
Começa rimando rosa,
Tem parte na Conchinchina,
Assunta o frio e a vala,
Vai no laço da menina
No violino do spalla,
É aplaudido e aflito
Ou traduzido e odiado,
Caminha onde é parado,
Encarcerado faz grito,
O verso olha e assovia,
Penetra forte com calma,
Quem dera fosse a via,
Pra gente que suja a alma...


Nina Araujo

BENVINDA LEITE PALMA


Benvinda Leite Palma, nasceu em Londrina/PR, aos 23/07/1953. Formou-se em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina em 1976. Foi professora nas disciplinas de inglês /português e tradutora nas línguas Inglês-Português e Espanhol-Português. Atualmente, aposentada, adotou a poesia como fiel companheira .Participou da Antologia “Poetas do Café” – Volume 1, lançada no XIV Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS, no período de 02 a 07 de outubro de 2006. Em 2007, participou da Antologia de contos e micro-contos “ Folhas ao Vento” da Andross Editora e da Antologia do Proyecto Cultural Sur-Brasil – Poesia do Brasil, Volume 6, lançada no XV Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalve-RS em outubro.

MARCAS______BENVINDA PALMA

Este caso
prolonGado
Foi marcado
Pelo fogo...
O ferro frigiu
O fundo
Da alma
O fleme feriu
A s faces
Do coração!

Benvinda Palma

DESPEDIDA___BENVINDA PALMA

Assim você se foi:
sem ruídos
sem alardes,
sem despedidas.
Na mala ,
apenas o essencial:
a minha vida!

Benvinda Palma

ME LEVE______BENVINDA PALMA

Quando digo que
Já não te quero
Não me leve a sério
Me leve
leve
para os teus braços
de neve
Me deixe aliviar
o teu cansaço
Na busca de ser feliz!


Benvinda Palma

RECEITA PARA UMA POESIA___BENVINDA PALMA

Pegue um pedacinho do céu
De preferência com
Uma constelação de estrelas
As mais brilhantes
Lua cheia
Sol do amanhecer
Arrebol
Um arco-íris no horizonte
Acrescente as nuvens
Em ponto de neve
Vá mexendo...


Jogue um pouquinho
de água da fonte
do mar
dos rios
cascatas


Mexa novamente
Acrescente a terra molhada
Flores perfumadas
Ciprestes em movimento
Nunca despreze o vento!
Deixe levedar um cadinho
Observe os passarinhos


Volte a mexer
Por último...
Para dar o sabor
Acrescente o amor...
Está pronta.
Sirva ainda quente
E não esquente
Se ninguém gostar!


Benvinda Palma

EU SEM VOCÊ____BENVINDA PALMA

Sem você,
seu moço,
vou
Por este mundo,
mergulho
no fundodo poço.
Fosso profundo


Recolho
os destroços
de um
amor
vagabundo
destruído por
um simples vendaval.
Amanhã o sol brilhará
Girassóis irão sorrir
Vou pular o Carnaval!


Benvinda Palma

SUELI FAJARDO


Sueli Fajardo é casada reside em Jandaia do Sul (PR),mãe de 02 filhos.Professora de língua portuguesa e espanhol.Escreve, desde 2006, poemas para comunidades do orkut e alguns sites, como Recanto das Letras, Usina das Palavras e Para Ler e Pensar. Participou, em 2007, com oito poemas, do livro Antologia dos Poetas Virtuais.

BANQUETE -----------ERÓTICO

À sua disposição, meus pêlos eriçados,
minhas pupilas profanas,
minha língua sacana...


Sueli Fajardo

SEGREDOS _______POETRIX

Vestimo-nos de duplo sentido,
metáforas secretas,
ambigüidades certas...



Sueli Fajardo

Poesia _____TROVA

Aos olhos de todo o poeta,
encanto suplanta a dor.
Mesmo quando vem dela
a inspiração para compor.


Sueli Fajardo

VINHO

A vida é um vinho branco,
Suave, doce ou seco,
Que se bebe todos os dias, a qualquer hora.
Às vezes, a vida é manchada de vermelho
(o vermelho das grandes emoções!),
E ela se torna rosé.
Outras vezes, o vermelho prevalece
E a vida se torna vinho tinto...

Sueli Fajardo

CICLOS

Em um grande castelo
nasci.
Havia uma muralha
de flores e galhos,
que protegiam
meu mundo.
Banhava-me em águas
da fantasia pueril.


Urbanizei meus sonhos...
Tristeza e alegria,
a passos curtos,
tingiram minhas longas...
longas...
tardes de domingo


Perspectivas, nunca alcançadas,
romperam minhas veias.
O fluido escorreu devagar...
devagar demais...
Nuvens e mais nuvens passaram por ali.
Luares também...
E a cegueira se apoderou da visão,
com todos seus artifícios,
como se, para amar, precisasse
cuspir em mim mesma.


Esvaiu-se quase toda a vida.
Todavia, a fênix que há em mim,
não das cinzas,
mas das entranhas da dor,
fez-me renascer.
Travei luta com o presente
e minhas lembranças.
A(presente)i-me novamente
a mim mesma.
Surpresa, reconheci
aquela que julguei
ausente há tempos...

Sueli Fajardo

ARTIFICIAL

As torres ficaram
mais altas,
altas demais...


Os motores
rasgam a velocidade,
incendeiam o imaginário,
ganham novos amores...


Sons e cores,
entre quatro paredes,
variantes do céu sem ar...
Liberdade paga.
Jeito insano de respirar.


E a mim me bastam
as ondas do mar,
a areia branca
e o luar...


Sueli Fajardo

ABSTRATO

Por certo,
o olhar
caiu
da janela
dos teus
olhos,
para o
abismo
dos meus.

Sueli Fajardo

ESPERA

Tudo fica assim,
em mim,
por um fio.
No cio das emoções,
variações
de ti
no lustre da sala
da minha alma.
E as cores
desandam
a enfeitar
de preto e branco
meu coração

Sueli Fajardo

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

CLÁUDIA GONÇALVES


Poeta gaúcha, nascida em junho de 1968. Participação em antologias:Casa do Poeta Rio-Grandense em 2006Casa do Poeta Rio-Grandense em 2007Congresso Brasileiro de poesia em 2007Poetas pela Paz e Justiça Social em 2007Proyecto cultural Sur – Brasil /Poesia do Brasil vol /05 2007Contatos: cacau_sls@hotmail.com*Meu Blogger de poesias.http://cacauentrelinhas.blogspot.com/ *Minha página no Alma de Poetahttp://www.almadepoeta.com/claudia_goncalves.htm*Recanto das letrashttp://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=12772&categoria=&lista=lidos*Poetas del mundohttp://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=2237*Minha comunidadehttp://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18221487
*Minha página no Site Usina das Palavrashttp://www.usinadaspalavras.com/verautor.php?id_autor=2696

SOL NOTURNO (Cláudia Gonçalves)

Te encontro
na delícia das maçãs a pele orvalhada
de flores de ontem
no mel da retina
a taça do amor


ao tocar o desejo
o vinho de hoje


quebra o silêncio
um sussurro rouco
de palavras tontas
percorrendo
corredores estreitos
de um sol noturno


...desperto
ao sabor da manhã


Cláudia Gonçalves

MOMENTO (Cláudia Gonçalves)

Um sobejo de luar
espalhando
aroma de vinho
o corpo acolhido
em brumas de seda


aflorando desejos
o amor a bala-lança


num broto de manhã
um sol furta-cor
pinta e borda


e o tempo em sintonia
com o universo
que o desejo toca
move-se lento


no sal do corpo
um silêncio terno
sorvendo
o sabor do momento


Cláudia Gonçaves

NÓS (Cláudia Gonçalves)

Olhar vazio
...devaneio
arrebol
em movimento


é entrega
...reencontro
almas ligadas


marca
de coisas vividas
sentidos atentos


gesto,olho,boca
...tudo conhece


a pele grita
coração voa
e ali só a lua
doce confidente muda


Cláudia Gonçalves

INEBRIO (Cláudia Gonçalves)

que se perdure
esta sede
que embriaga
meus sentidos


que nos metros
de saudade
que nos separam


minha ponte
encontre
a sua


e no remanso
da auror
anão me fuja
a poesia


Cláudia Gonçalves

RENASCER (Cláudia Gonçalves)

Vida a florir...
em vertente clara
fragmentos de verão


vazio em ecos
descortinando sentidos
o sonho renascendo
de retalhos


pássaros em cores
num vôo sonoro
de alma livre


cirandando a luz
de pirilampos
num denso desfiar
de emoções


Cláudia Gonçalves

WALNÉLIA PEDERNEIRAS



Walnélia Pederneiras nasceu no dia 11/12/1949. Casada, tem uma filha. Formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina, reside em Florianópolis. É professora de Yoga há 31 anos. Escreve desde menina, tem diversos poemas publicados em jornais. Fez sua estréia no XIV Congresso Brasileiro de Poesia, participando do volume 4 da antologia oficial do evento, “Poesia do Brasil”; Antologia “Poesia do Brasil” – Volume 6; Antologia “Poetas do Café” – Volume 3; Poetas En/Cena – “Belô Poético”. Endereço para contato: walnelia@gmail.com


Obras Físicas Publicadas
Proyecto Cultural Sur - Brasil - "Poesia do Brasil" - Volume 4; Proyecto Cultural Sur - Brasil - "Poesia do Brasil" - Volume 6; Poetas do Café - Antologia de Poemas - Vol. 3 - Café Filosófico "Das Quatro"; Poetas En/Cena - Reunião de poetas brasileiros no Belô Poético.
Poemas
P/Cora Coralina
Mas o que não é simplicidade
senão o que não é natural?
Sabedoria inspirada
no que parecia não inspirador?
Letras trêmulas não de insegurança...
talvez de frias,
pela emoção da inspiração cotidiana...
Da repetição.
Num prato azul-pombinho
ou na casa do riacho vermelho...
Falou mais forte
do que qualquer impossibilidade!
Linda,se vestiu de letras...
...e se adornou,de letras...
e se cobriu,de letras...
e se fez,da escrita...
e se inspirou na repetição,
no cotidiano humilde,
na vida se desenrolando assim...
refletida até neste momento,
quando lhe peço a bênção,
comendo tomate-maçã
num prato azul-pombinho
corando com seu desenho
meu almoço sozinho.
Walnélia Pederneiras
(***)
NIRVANA
A poesia
me dá
a liberdade
de não
me pertencer.
Walnélia Pederneiras
(***)
APELO
Verso
que te quero
e peço
Por que não vens?
Rosto marcado
página virada
Caneta no chão
Desperto.
Walnélia Pederneiras
(***)
SONO
Tic tac tic tac
quebra meu
silêncio virtual
O relógio
das pálpebras sonolentas...
Walnélia Pederneiras
(***)
PAISAGEM POÉTICA
Versa aqui
janela aberta
Domingo o amanhecer!
Bem te vi canta em festa
Sinto e não sei dizer,
poema de amor pra você.
Walnélia Pederneiras

BRUNO CANDÉAS


BRUNO CANDÉAS nasceu em Campina Grande/PB.Morou em Belém/PA,Taguatinga/DF e Rio de janeiro/RJ. Atualmente vive em Recife/PEPUBLICOU:Poeta nu na alcova (2002), Filé 1,99 (com Malungo -2003), a Trégua dos ditadores (cordel -2004),Férias do gueto (2005), Indigestual (2007)ANTOLOGIAS:Painel brasileiro de novos talentos/RJ, Livro de ouro da poesia brasileira /RJ ,Palavras que falam/SP, Best seller 2006/SP, Antologia del'secchi/RJ,Margens do atlântico/PR, Marginal recife III/PE, antologia komedi/SPAntologia de poetas brasileiros contemporâneos/RJ,Uma história no seu tempo/SP, 1ª Antologia Momento Lítero cultural/ROManhãs/SP, Antologia poética/BA, Antologia poetas@independentes/PECOLABOROU:pense aqui/ SP, a goiaba/RJ, ação poesia/SP, intervalo/RJ, o literário/RJ,entreamigos/RS, feridas abertas/PA, leiamigos/RJ, ½ café/SC, a cigarra/SP,panorama da palavra/RJ, nozarte/RJ, caos/PE, quadrinhos independentes/MG,alcancarfi/PI, zineira/PE, talentos/RS, literatura e arte/ES, urtiga/SC, inde/BAdivirta-se/PE, boca suja/SP, jaula/SP, meiotom/RJ, varejo sortido/AL,curta poema/RJ,óvni/PE, o capital/SE,poesia descalça/PE,chalopa/PE,arrepio/MG, lítero pessimista/PE, arreia/SP, yê/PE, poetrix/RJ, radar/PR,esclerose/SP, cabeça de rato/PE, pedestal/SE, mosh/SP, humanofobia/BA,garimpo/BA, alternativa/RJ,fécum/RJ, alternaquia/SP, escritos/SP,estigma/DF, versos livres/SP, sirrose/AM, cartum/SC, Cinform/SE,Correio do sul/MG, Folha de pernambuco/PE, Alto madeira/RO,Diário de pernambuco/PE, Sul brasil/SC, Jornal de paraíba/PB,+1 zine/RS, Jornal do commércio/PE, antezine-se/PE, bio electric/PEA verdade/PE, Tom zine/MG, Nova mente/RO, estro/DFVerbo21/BA, Correio das artes/PB, Poetas do Brasil/RSNão funciona/SP, Balela/PR PUBLICAÇÕES NO EXTERIOR:Ala de cuervo/ venezuela, Boek 861/ espanha, Il convívio/ itália,Isla negra/argentina, La movida/colômbia, Avión de papel/espanhaIsola nera/ itália, Libros y letras/ colômbia, Libros libres/ chile,El recreo/ espanha, Helice poesie/ frança, Vuelta de tuerca/ colômbiaOokee/ espanha, Pliegos de opinión/ espanha, Poegía/ espanhaAnnlea/ espanha, Café berlín/ alemanha, Poetas del mundo/chileAl margem/espanha, Revue d'art et de literature/frança, Andar 21/méxicoRemolinos/ peru, Diez dedos/colômbia, Las filigranas de perder/ colômbiaLa plaza humana/andaluzia, UBU/ bélgicaTRABALHOS INÉDITOS:Teatrauma (terceiro livro da trilogia de ruptura), Aves do Além,Santificado Seja o Vosso Passo (poemas fetichistas)****Membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras/ES*Cônsul (Z-C Recife) em Poetas del Mundo/Chile*Co-fundador do alternativo cultural “DE CARA com a poesia” (PE/2002)



POEMAS


O estilo

traz malícia

e almalícita


vem co'as

verdades

q ardem

e violam


co'as

mentiras

q atiram

e matam


com a

peçonha

das noites

q não

se sonha


respingos

d tudo

q deixamos

mudo


Bruno Candéas


(***)
o ser
substância
se mistura
com a terra
se une ao
cromossomo
se adequa
aos desníveis
nos burla
nos empurra
nos penetra
prolifera
danifica
o q somos
soma-se
aos desgostos
nos habita
nos limita
Bruno Candéas
(***)
acreditei q fossem
d carinho
mas são mãos
d guerra
não estão
sujas d morte
mas engrandecem
o ciúme

não jogam
contra a sorte

mas colecionam
o perfume
Bruno Candéas

FLAVIO CASTORINO____(FLACAST)


Sou Psicólogo Psicodramatista de formação e Designer Gráfico por opção.
Natural de São Paulo, Capital.
Passei pelas faculdades de Belas Artes e FAAP, onde fui considerado o 2º melhor aluno já no primeiro ano do curso. Na Escola Panamericana de Arte fui homenageado como sendo um dos melhores alunos da "Geração 80".
Minha arte, premiada em várias exposições individuais e coletivas, já foi vista nos EUA, Inglaterra, França e Índia, em diversos tipos de mídia.
Desde 1982 trabalhando com programação visual já fui artesão - usando vários materiais, fotógrafo, diretor de arte e criação, designer e ilustrador.
Poemas
Vou em meios tons
Pintar-lhe as telas
Largadas pelo tempo
Em suas paredes
Preencher seus espaços
Tapar os rasgos
Levar até o fim seus traços
Inacabados momentos
Coloridos de alma
Encantar-te serena
Como espectadora do Louvre
Expor-me surreal
Sobre teu matiz natural
Ser imortal...
Flacast
(***)
Das crianças que conheci
Dos filhos que já pari
Das meninas que embalei
Dos meninos que encorajei
Uma coisa percebi
Todos são diferentes
São contundentes
Todos em si
São mais que gente
São seres ainda divinos
Adaptando-se aos poucos
Como se leve fosse o pouso
Na terra dos adultos tão loucos
Onde perdemos o épico
Onde esquecemos essa criança
Será que é quando perdemos
Nossos balões pro céu?
Quando não mais acreditamos
Em papai Noel?
Ah... Crianças envoltas em mel
Não se deixem levar pelo fel
Deste pequeno mundo cruel
Continue se possível a fazer amigos
O imaginário principalmente
Os verdadeiros responsáveis
Por nos darem asas e voem
Pela vida deixando flores
Não sucumbam à crueldade
Dessa sociedade que sufoca
Sua liberdade e criatividade.
Flacast
(***)
Azedume das pessoas
Que se perdem nas esquinas
A prostituir-se em milhares
Carências dores são flores
Acre doce dos amores
Perdidos nas noites frias
Nossas almas comprimidas
São vidas tão compridas
Odor... Flores deixadas caídas
Na varanda supera mordaças
Vis trazidas por trás das pétalas
Aquelas vermelhas de tons sutis
Perfume sutileza impregnada
Em pele que te leva indignada
A lembrar da noite passada
Sonhos durante a madrugada.
Flacast
(***)
Entre as minhas estampas
Escondida encontro as suas
...Soltas entre jogos de rodas
Suponho um sugerido mergulho
Elevado de orgulho sorri mistério
Aos segredos deixados em Fátima
Lótus marcada de avesso...
...Também conheço
Me reconheço
Transforma ação
Em realização
Faço da intensidade
Das cores as palavras
A serem sussurradas.
Flacast
(***)
Despi-la
Procurar teu corpo
Em branco
Começar por anarquia
Encostá-la na pia
Pegar a chave
Usar sua cadeira
Pra puxá-la
Inteira
Sentir esfregar-se
De mim
Invadi-la
Pelos cabelos
Beijar
A língua
Tocar
Flores
Sempre
A acariciar
Vem se esfrega
De mim
Vou te amar
Como se nunca
Mais fosse
Tocar
...Um dia
Essas linhas
Podem se apagar...
Flacast

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Marisa Pasternak (Anjo da Poesia)


Sempre que a gente vai falar de nós mesmos é muito difícil...pois acabamos falando sempre aquilo que gostarámos que fossemos...mas vou tentar:sou uma pessoa que ama a todas as coisas do céu e da terra...amo minha família...meu marido...meus filhos...meus netos...os amigos...adoro meus animais de estimação e só aqui onde moro na praia tenho 6...Sou espírita desde que nasci...fui criada dentro dos preceitos da religião...fiz a federação espirita de são paulo cursos desde meus 2 anos de idade até os 18...fiz parte da grande umbanda branca por 20 anos...pra mim tudo na vida se resume dentro daquilo que aprendi no espiritismo...mas estudo muito exoterismo...numerologia...astrologia...gosto de tudo que se refere ao misticismo...adoro conhecer novas pessoas que se encaixem nisso que acredito...e que possam passar ensinamentos que posso usar no meu dia a dia...portanto sejam bem vindos ao meu ciclo de amizade...

Amar...

Amar...

É ter coragem pra enfrentar o desconhecido...

Viver o hoje sem ter medo do amanhã...

Sem preconceito de dor...

Destemendo as lágrimas que possam haver...

Amar é se doar sem viver na obscuridade...

Marisa Pasternak(anjo da poesia)

*******************************

Nunca mais te perder...

Quero sonhar todos os dias...

Com voce perto de mim...

Pois dizem e é verdade...

Pensamento positivo...

Só traz felicidade...

Minha alegria é voce...

Minha razão de viver...

Por isso quero voce...

No auge do nosso amor

E nunca mais te perder...

Entre beijos e abraços...

Loucuras quero sentir...

Amar e ser amada...

Com voce é o que quero ter...

E nunca mais te perder...

Autoria Anjo da poesia....

Meyre Carvalho Marques (MEY) -POESIARTE


- 5°lugar no I° Concurso POESIARTE.- Nome: Laudimeyre Rodrigues Carvalho (Meyre Carvalho Marques – Mey Mey).- Natural: Brasília-DF.- Cidade em que representa: Armação dos Búzios-RJ.- Data de nascimento: 17 de janeiro de 1963.- Atividades: Jornalista, empresária e poeta.
- Um pouco sobre Meyre Carvalho Marques:
Poetisa, jornalista e empresária de turismo náutico e marinheira em Armação dos Búzios, acaba imprimindo no marketing da empresa, sua verve poética.Meyre Carvalho Mey Mey (Marques de casamento), Laudimeyre Rodrigues Carvalho, 44 anos, nasceu no dia 17 01 1963, em uma promessa de cidade e de futuro promissor chamada Brasília.Faz parte da primeira geração da mais nova capital do país. Filha de numerosa família nordestina que chegou à cidade para ajudar a construí-la.Em 1982, estudou Civilização Francesa na Universidade Sorbonne e, paralelamente, escultura com modelos vivos na Escola Henry IV, em Paris. Mas a poesia falou sempre mais alto.Escreve desde os 11 anos de idade, espaçada ou fervorosamente impulsionada pela música e Monteiro Lobato.Adorava bibliotecas públicas. Foi aí também que escolheu a profissão de jornalista.Com o mesmo poema de título “Cabra-da-Peste”, foi duas vezes premiada recentemente com o Prêmio Carlos Drummond de Andrade 2007 SESC DF e no I° Concurso POESIARTE com o apoio do Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ,realizado pelo professor e poeta Rodrigo Poeta.
Sobre ele, Meyre diz:“Em Cabra-da-Peste fui iluminada. Saiu como se tivesse cuspido o fogo e a força da mulher nordestina.”Principalmente quando se nasce e se cria em Brasília, cidade que acolheu um novo Brasil.Seus livros:Desabafo, aos 17 anos.Flor Roxa, aos 21 anos ilustrado por Marcelo Marques e,aos 24, Janelas, Nem tão Secretas Assim, com ilustração de ângela Regina.O Autor da apresentação da escritora, o escritor e membro da Academia Goiana de Letras, Brasigóis Felício, e de Ignácio de Loyola Brandão, que faz um comentário especial sobre a Mey na contracapa.Para Brasigóis, há que se ler Meyre como ela é de verdade, que escreve sem se preocupar com regras, nem movida pela superação da angústia do ineditismo, e que não está para a poesia como quem busca livrar-se de conflitos e angústias do psiquismo.Tem linguagem e ambição de aprofundar-se nos mistérios da expressão poética, e não lhe falta sensibilidade, paixão e zelo nessa sua jornada de Sísifo.“A leitura atenta fez-me ver que não é vã e nem superficial a sua fala.Nem perca tempo o "leitor-borboleta” (superficial). Que outros sintam, como senti, a tessitura das suas emoções, e a doação (sangrando) de sua humana e viva palavra”, derrete-se o escritor e poeta goiano..Já o escritor Ignácio de Loyola Brandão, citou sua percepção sobre a autora:-O que me tocou é que há pouca literatura sobre e de Brasília.Daí o meu interesse pelos cantos de Meyre Carvalho à cidade.Uma série de poemas amorosos, quase eróticos, bastante sensuais e que me emocionaram.
“Cabra-da-Peste”
Larguei meu Centro-Oeste, as Gerais e o Nordeste
O “s” sibilado, o uai e bons repentes
Deixei as ruas largas, de andar de “trem” e de montar em jegue
Larguei o milho, a garapa com pastel e a paçoca
O sacolé, a rapadura, o bule de café
Rompi com o carreteiro, o baião e o feijão tropeiro
“Deslambi” o frango, o porco e o calango primo-primeiro
Não levei minha matula, nem as cascas de laranja secas
Para ajudar na digestão
Não esqueci do cão sem alça e sem linhagem
E razão também dessa versão
Mas trouxe mesmo a peixeira, um ruge de cor faceira
E cheiro de colônia para a comunhão
Sem esquecer do passaporte das rendeiras
Bem agarrados à bainha das minhas calças
Que pra no ato de encontrar cabra-da-peste
Vou na hora mostrar, seja no fio da minha faca
Ou no cabo suado da minha enxada
Que sou mulher no Sul, no Nordeste e no Centro-Oeste
E não vou ser menos no Sudeste!

(Meyre Carvalho Marques)