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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

JÁ NÃO HÁ FLORES


Se houve desencontros esconde tua dor...

A minha já passou.

Foste leviano quando abordou meu coração

Sem intenção de fazê-lo feliz.


Feito jardineiro revolveu terras virgens...

Semeou... Colheu flores viçosas que exalavam perfume

Em momentos nossos.

Não regaste depois... Secaste teu jardim.


Tardia veio consciência a te condenar...

Tuas flores murcharam.

Já não há lugar fértil para teu novo plantio.

Desfez-se a beleza rara que não soubeste

Zelar...


Minha dor passou...

Aprenda com a tua.

Leve apenas como lembrança às vezes

Que enfeitei tua cama com as pétalas

Arrancadas de meu corpo...


Cida Luz (29/11/2007)


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