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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Eliane Pontes____Escritora Entre Alunos



Profissão:
Escritora e Palestrante
Idade:
49
Local:
Florianópolis SC Brasil
Interesses:
A leitura de um livro para ser completo tem que ser vivenciado em seus vários ângulos de significados (Eliana Pontes) Traços na linguagem da comunicação desvendam a personalidade e capacidade em ser humano (Eliana Pontes)
No projeto, Escritora entre Alunos (nome do livro sobre as minhas visitas em escolas públicas), realizo encontros culturais para aprimorar a comunicação nos jovens estudantes. "Devemos trabalhar para incentivar o prazer e não a obrigação em ler algo". "Levando meus livros aos alunos para depois conversar sobre os motivos que me inspiraram escrever, além de ampliar o conhecimento, vai estimular no adolescente a curiosidade em pesquisar outros autores, incentivar a expressão verbal e artística, o senso crítico, desinibição e respeito no relacionamento" É importante quebrar a distância entre o "inatingível escritor" que tem seu livro publicado e o "mero aprendiz" adolescente."Pretendo mostrar ao jovem aluno seu potencial intelectual e criativo, restabelecer sua confiança e auto-estima para aprender a lutar respeitando o próximo, defendendo seus direitos com argumentos e coragem"Afinal, um jovem bem estruturado intelectualmente tem fundamentais razões para provar que é o melhor na sociedade".

ESCRITORA ELIANE PONTES

Membro da Associação Brasileira de Correspondentes Mirins - 1966 a 1970
Participou de 4 coletâneas – poesias crônicas e desenhos:
Impressões I - 1985
Impressões II - 1986
Impressões III - 1987
Poetas e Trovadores CF4 - 2007
***
Publicou 3 livros e 1 Caderno motivacional; todos distribuídos nas escolas públicas de Grande Florianópolis para realizar o projeto de incentivo à leitura:
Um Coração Aberto (2 Ed) - 2000
Caderno de Incentivo à Leitura técnico-científico – (2 Ed) - 2001
Floripa em Versos (3 Ed) - 2001
Fábulas Reais (2 Ed) - 2002
Aguardando publicação:
Fábulas Reais infantil - 1995
Escritora entre Alunos - 2004
O Incentivo à leitura no IV FREPOP/2006-2007
Relacionamento em comunidades carentes - 2007
***
Funcionária pública durante 10 anos, atualmente cursa Pedagogia para especialização em Projetos e vem realizando projetos culturais em comunidades carentes, além de estar escrevendo o livro:
Minha vida em três tempos (infância, adolescência e maternidade).

***

"Devemos trabalhar para incentivar o prazer da leitura e não a obrigação em ler ou conhecer algo. Levando meus livros aos adolescentes de escolas carentes, para depois conversar sobre os motivos que me inspiraram escrever, além de ampliar o conhecimento, proporciona no adolescente segurança e curiosidade para pesquisar outros autores e textos" -

ELIANA PONTES

A Escritora Eliane Pontes entre Alunos


A Escritora Eliane Pontes entre Alunos


CAPA DO LIVRO CORAÇÃO ABERTO


Capa___Reescrita por alunos


Alunos Reescrevem texto de Eliane Pontes


Alunos Reescrevem texto de Eliane Pontes


Peça Baseada num Texto de Eliana Pontes


Ilustração de texto----ASTRONAUTA (Feito por alunos)


Ilustração de texto----ASTRONAUTA (Feito por alunos)


Ilustração de texto----ASTRONAUTA (Feito por alunos)


BILHETES RECEBIDOS DE ALUNOS ESPONTÂNEAMENTE


BILHETES RECEBIDOS DE ALUNOS ESPONTÂNEAMENTE


VIDA ÚTIL

Vida Útil

Eliana Pontes

No itinerário da vida, o coração sobe até o cérebro,
o cérebro desce até o coração, e a consciência fica tranqüila pois ambos são responsáveis um pelo outro.

COMENTÁRIO DO ALUNO

A autora consegue transmitir com muita facilidade
a sua percepção e imaginação particular sobre o mundo.
No poema Vida Útil da obra Fábulas Reais,
Eliana fala sobre a profunda ligação
do cérebro com o coração
que permite a continuidade da vida.
Um carrega os sentimentos e o outro, a razão.

OLHOS D'ÁGUA

Olhos D’Água

Eliana Pontes

“Se teus olhos fossem de mola teriam afundado os meus!”

Meus olhos caíram ao bater da porta
mas não se curvaram diante de sua frieza.
Meus olhos rolaram para debaixo da cama
mas não molharam seu tapete.
Meus olhos se fecharam mas não de cansaço,
foi para se deixar sonhar.
Meus olhos madrugaram, mas não de insônia,
madrugaram de esperança.
Meus olhos percorreram as paredes,
mas não para achar uma saída,
e sim passear sobre os espaços compactos de você!

VERSÃO DO ALUNO

Título: Sofrimento de um Olhar

Meus olhos mostram o que sinto,
meu olhar expressa o sofrimento,
uma simples lágrima concretiza a tristeza...
e apenas um só sorriso
traz a alegria novamente
para o vazio do coração.
Tema original: Olhos D’Água
Versão: M. — 7ª série
Escola: Prof. José Boiteaux.

VERSÃO DO ALUNO

O amor pode fazer
chorar, sonhar, sorrir e,
principalmente
querer estar perto
de quem se ama.
Tema: Olhos D’Água
Mensagem: M. — 7ª série
Escola: Prof. José Boiteaux.

REBELIÃO DO SOL

Rebelião do Sol

Eliana Pontes

O sol apareceu transfigurado, espirrando relâmpagos
que atingem os crânios dos transeuntes.
Ele quer ser coberto pelas nuvens negras!
Está nervoso, agitado, revoltado...
Com raiva do tempo que não passa,
da rotina das cortinas das janelas.
O sol está cansado de ter que pedir licença,
de bater nas portas, de repassar o calor do amor.
O sol quer brilhar nas cabeças,
relaxar os nervos, vibrar os cérebros,
criar sorrisos e fazer amigos!

VERSÃO DO ALUNO

Título: A Revolta do Sol

O sol andava irritado
Nosso astro rei estava frustrado.
Eu quero nas casas entrar!
- dizia ele sem parar.
Fecham as janelas para mim, que ousadia!
Aproveitem, pois só apareço de dia!

COMENTÁRIO DO ALUNO

Deixa a mensagem de que as pessoas
não sabem dar importância ao sol.

Descanso da Tarde Eliana Pontes

Você é o único que consegue acender a luz do sol todos os dias da minha vida.

COMENTÁRIO DO ALUNO

A autora é muito realista
em relação aos poemas do livro.
A poesia Descanso da Tarde
me lembra uma pessoa deitada com a lua aparecendo
mas sem que a lua perceba a presença do sol”

VERSÃO DO ALUNO

Título:

Um Sono Minguante
No sofá, eu havia deitado pois estava muito cansado.
A tarde passava, e eu dormindo...
e a lua estava vindo.
Quando acordei olhei para fora,
o sol tinha ido embora.

COMENTÁRIO DO ALUNO

Deixa uma mensagem
de que as pessoas
precisam descansar,
seja noite ou dia.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

CLÁUDIA MARIA LOUREIRO DA SILVA__Cacau Luik


Claudia Maria Loureiro da Silva, pseudônimo Cacau Luik, nascida aos 26 de março de 1966 na cidade de São João de Meriti, RJ, onde também foi criada e vive até hoje com seu marido e um casal de filhos.

Cacau tomou gosto pelas letras ao ler Gonçalves Dias em sua inesquecível Canção do Exílio, e logo vieram outros poetas como Amado Nervo, J.G. de Araújo Jorge e Manuel Bandeira. Sua referência na vida e na literatura foi seu pai, filho de portugueses e que embora humilde, era honesto e ávido leitor e que comprara no início dos anos 70 algumas coleções de livros, tais como O Sítio do Pica-pau-amarelo de Monteiro Lobato e a coleção de Maravilhas do Conto Universal que a poetisa manusearia por toda a sua infância, além das revistas em quadrinhos que era uma febre na época.

Aos dezesseis anos começou a despertar para escrever poemas e textos em prosa, quando ingressou no curso de Formação de Professores, formando-se em 1985. Período em que lia tudo o que via pela frente, pois seus questionamentos existenciais moviam-na à escrita de uma forma espontânea e compulsiva.

A poetisa foi balconista, secretária, bancária, possui curso técnico em Marketing pela ESPM e Aperfeiçoamento Pedagógico em Educação Física e Folclore para Crianças. Hoje em dia trabalha no metiê gráfico.

Participou do grupo MERITI FAZENDO ARTE (Movimento Literário do Município) fez parte do programa a POESIA ESTÁ NO AR, na rádio comunitária da cidade e também do ARMAZÉM CULTURAL DA BAIXADA que promove eventos no mês de abril abrangendo todo tipo de arte. Publica também em sites de amigos crônicas e poemas. Participa de oficinas de literatura e organiza e planeja apresentações de biografias de autores brasileiros em vários espaços culturais.

ANÉLITO

Deito em meu leito para sonhar contigo,
anélito que não tem repouso...
dizem meus lábios: mata-me a sede!
Resfolego, no travesseiro, todos os meus
caprichos, mas imenso continua em te ter,
o meu anseio.
Estar junto a ti, pousar meu hálito em teu
ouvido, minha cabeça em teu peito, conhecer
outro descanso.
Acredite, não tenho medo, apenas quero
apertar-te contra os meus seios, tomar teu
cheiro, sentir teu gosto, extrair estímulos.
Em airosos manejos mostrar-te que posso
ser leve sem gracejos.
Com meandros, ou sem rodeios, envolver-te
em meus braços, cobrir-te de beijos, matar
toda esta saudade que me sufoca de desejo.
Tu sabes, eu faço versos, tu sabes que eu
rimo prantos, mas contigo sou só sorrisos.
Sou mulher madura, vivida, eis a minha
realidade! Quero sanar todas estas minhas
vontades, todas estas necessidades que me
fazes afluir.
Quero prover todos estes impulsos carnais,
todos estes ímpetos viscerais que agora
vociferam em meu âmago e não o silencia.
Quero-te frente a frente, palmo a palmo,
corpo a corpo, mesmo sabendo como me
conter, sem bridas, sem freios...
Não posso mais lutar, quero-te por demais, assaz!...
Com todas as letras, assim eu creio, acharei sossego,
teremos paz.

Cacau Luik Junho 2005

ÁLULAS __Cacau Luik

Alo as palavras...
É o meu jeito de liberar convulsões
interiores, os meus velhos temores.
Não obstante, a chama que a tua letra
acende em mim, ilumina-me a solidão
da alma, arranca-me lavas do coração,
é pira mais que sagrada.
Penso... algumas coisas nesta estrada
deviam permanecer imaculadas... o amor,
a amizade. Contudo, a luta pela vida é
desigual, é dura, é árdua. Logo, eu sigo
por essas vias marginais, pois que sou
poetisa anilhada.
É o milagre em ação quando duas almas
se descobrem, é a divindade a dizer:
Vem comigo, eu existo e te sustento!
Minhas frases vêm a esmo, desarrumadas,
mas, são presentes que te entrego neste
prorromper de desassossego.
Eu não nego, tenho-te apreço e nada
te peço além de permaneceres comigo...
Como amigo!?...
Não me importa o quanto tudo já está
explícito, já não me importo se me explico,
pois se não te digo... eu silencio...
E em não permanecendo no “senão”,
eu me complico, então, eu falo, até escrevo,
assim, eu me desvio dos atropelos derramando
verbos, conjugando todos os meus medos.
Estou farta dos não me toques cheio de dedos!...
Em meu caminho já tive freios, as bridas
de um contumaz desejo... apegos.
Deixarei de mas...
Hoje é patente, eu criei álulas, e, quanto
mais eu alto vôo, mais alto sonho!... mais espaço
acho para abrir as minhas atrofiadas asas.

Cacau Luik Abril 2005

TEMPO_SERÁ ___Cacau Luik

Tarde morna agradável, é outono
benfazejo... vejo os moleques na rua,
soltando pipas, jogando bola...
inocentes arruaceiros.
Relembro os meus tempos de criança,
quando eu, cabelos curtos, sem blusa,
corria descalça pelo meu amplo quintal
de muitas árvores, colorido às vezes de rosa
pelas flores das paineiras, terreno cuidado
com tanto esmero pelo meu falecido pai,
ou então quando corria pelas ruas de minha
modesta cidade no ir e vir da padaria em busca de
pão doce para as tardes do Sítio do pica-pau Amarelo.
Tempo em que quem não me conhecia
perguntava-me se eu era menina ou
menino... eu respondia: sou criança ora,
para brincar não é preciso mais que um short,
e eu, nós corríamos em bando, polícia-ladrão,
pique bandeira, esconde-esconde, jogávamos
futebol, bola de gude, queimado, pulávamos corda,
amarelinha, também ensaiávamos quadrilha...
Ah! Que saudade que eu tenho das minhas férias de junho!...
Tinha uma avó que morava perto, tias
também, primos e primas, mas, aqui
entre nós, pois será segredo nosso,
eu tinha a minha avó preferida; esta
morava mais longe, tinha fala mansa,
gestos tranqüilos, mãos pequeninas,
gordinhas, pele muito curtida pelo tempo,
pela vida, puro doce de gente,
que nos fazia guloseimas e nos permitia ler
trechos da bíblia e chamava-se Maria Elisa.
Contava-nos causos, histórias de tempos remotos,
quase lendas, fantasiosas narrativas em que nós
sempre acreditávamos, o pai dela fora escravo,
foi liberto muito jovem pela
pena de Isabel que também era Maria,
tinha tantos contos ele que passou a minha avó
quando ela ainda era pequenina.
Sua mãe fora uma índia que lhe ensinou
muitas rezas que ela guardava em segredo,
várias vezes a vi rezando, além de mim, minhas
duas irmãs menores... ventre virado, cobreiro,
quebranto, suas frases balbuciantes sempre
voltam aos meus ouvidos.
Quantas vezes passei minhas férias na
casa onde ela morava e junto dela uma tia,
meia irmã de minha mãe, chamada Maria Inês,
a outra mãe de dez filhos chamava-se
Maria Albertina, minha boníssima mãe, mulher
que deu seis crias e chama-se Helena Maria...
Às vezes acho que perdi muito tempo, entretida em
brincadeiras, às vezes acho que o tempo é que se
perdeu em mim e ainda não o encontrei, distraiu-me,
brincou comigo, com a minha querida avozinha,
com meu amadíssimo pai.
Tempo, tempo!...Por que fizeste conosco este gracejo?
Jogou comigo sem que este fosse o meu desejo...
Bicho-papão malfasejo brincou de tempo-será!...

Cacau Luik Junho 2004

"O MEU PARTIDO É UM CORAÇÂO PARTIDO..."(frase do cantor e compositor Cazuza)__Cacau Luik

Sem empunhar armas, bandeiras ou militar em partidos eu sigo a minha trajetória pacífica, mas não antropofágico-cristã a ponto de deixar-me devorar pelos leões da ignorância e passividade nas arenas da política brasileira. Porque não acredito na transformação por estatutos, eu tenho fé na revolução interior que virá pouco a pouco do âmago de cada um de nós que assiste a este espetáculo dantesco.
Não creio em sindicatos e ong’s como estruturadores de caracteres, ponho fé na vontade indômita de mudar este estado de coisas através da ética, pela comunhão do espírito com o mundo e o seu criador, pelo compromisso de deixarmos algo melhor para a posteridade da raça humana.
Num país em que alguns subnutridos do proletariado sobressaem-se e angariam medalhas e recebem telegramas paradoxais do nosso chefe maior com congratulações, quando o governo só investe naquilo que dá voto como retorno, eu ainda confio que o dogma maior a seguir é o “persistir, é o lutar, tenazmente pela mudança em cada pequeno gesto de respeito e preocupação com o próximo”.
Difícil e indigesto e ouvir e ver pessoas de ação nas comunidades discursarem sobre suas verdades e percepções individuais, insanamente ideológicas e irreais tentando dirigir e direcionar os que supostamente não têm direção, quando eles mesmos dirigem-se para lugar algum neste antro de urubus que atacam, corroem e carcomem nossas esperanças de um país melhor para se viver.
O que me deixa atônita é que o povo cansado e indignado com a política vá descansar na praia cego, surdo, mudo e alheio para os noticiários de corrupção e impunidades. Assim a população dorme em seu berço esplêndido com balas a sobrevoar suas cabeças, pouco se importando com os lobos que nos devorarão dia a dia através de nosso sistema de saúde precário, de nossas escolas falidas, com futuro de nossos filhos e netos já comprometidos por décadas.
Neste mundo nada mais me assusta, só me indigna, quando todos nós voltamos nossos olhos para nossos próprios umbigos sem perceber as necessidades alheias, a necessidade real de mudarmos de postura, de atitude diante dos políticos que nos representam.
Nesta terra de loucos e bêbados pelo poder, nós somos equilibristas na corda bamba da política hipócrita, elitista, alicerçada em nepotismos, ameaças veladas, cpi’s e mensalões que são um espetáculo circense da mais baixa qualidade.
Estamos prisioneiros no labirinto das instituições estilizadas e travestidas de “ação social” que só visam lucros e projeção político partidária que transformam com suas caras-de-pau os nossos sonhos em cera e que na verdade deveriam ter como objetivo principal e diretriz o esforço mútuo de grupos para alterar este estado de coisas.
Companheiros, fazendo aqui analogia quixotesca ao chavão de nosso presidente, aquele que nunca vê, nunca toma partido, que não assume, que não se mexe, que não se manifesta e que não pára no país para ver o que realmente vivemos. Neste chão em que se plantando tudo dá, não nascem pessoas honestas, comprometidas com o que prometem, somente fanfarrões?!
O governo quer fazer cortesia com o chapéu alheio, assim diz um amigo referindo-se aos impostos pesados que recaem sobre nós.
Possuímos sim uma tropa de elite, manipulando bodes expiatórios e exterminando qualquer tentativa de progresso legislativo. Lobos maus escondidos atrás das cortinas dos teatros de Brasília, na espreita para devorar a dignidade de nossos idosos, seja nas filas dos bancos, nas roletas dos ônibus, nas emergências dos hospitais, lobos disfarçados de benfeitores das famílias, com suas bolsas, tíquetes e restaurantes que nos enchem de miséria humana, doados como cala boca a uma gente faminta não só de pão, mas de educação e dignidade.Aos sem partidos, assim exorta um amigo jornalista, eu vos convoco à mudança

Cacau Luik

ENTRE O NADIR E O ZÊNITE___Cacau Luik

Entre o nadir e o zênite não há apenas homens
massificados pela labuta diária.
Há uma rosa na sarjeta voltando-se para o céu...
Há mãos tocando os ombros dos humildes e
levantando os escombros do chão.
Há o olhar de compaixão adornando frontes
santificadas que preenchem com dignidade o
espaço entre duas fatias de pão.
Entre o nadir e o zênite existem os altos vôos
das mentes sãs, que dão seus sangues e suas vidas
pela justiça e pela liberdade de expressão.
Há os que repartem suas mesas com os ímpios,
porque pelo exemplo congregam nações, assim,
cessam as guerras, consagram a coragem e
silenciam em fé.
Entre o nadir e o zênite há os caminhos de pedras,
pois que são a forma e a forja onde se fundem e
modelam-se os caracteres dos valorosos seres do bem.
Entre o nadir e o zênite há indivíduos especiais
em que reconhecemos um companheiro de jornada
que se distingue pela têmpera de homens pródigos,
e que têm a alma nua, coração franco e que vivem de
olhos e braços abertos para acolher seus irmãos.
Entre o nadir e o zênite não há apenas nuvens negras,
discórdias, tempestades... há a luzir nas bordas
celestiais o fanal da amizade caridosa!...


Cacau Luik 20/07/2007

CULTIVANDO UM MUNDO MELHOR __Cacau Luik

Como cultivar neste solo seco que é o espírito humano? Como semear nesta terra que sabemos, há muito, não está arada? Os seres fecharam suas mãos para as sementes da bondade, os seus corações para a voz silenciosa de suas consciências. A demência do orgulho, o desatino do egoísmo, a busca desenfreada por nossas ambições turvaram nossas vistas para o horizonte de luz que o Criador nos preparou; nós como criaturas não somos dignas para com o verdadeiro presente que é a nossa existência neste planeta. Há conflitos por toda parte, a começar pelo seio de nossas famílias, a falta de diálogo, de compreensão, a falta de limites na educação que damos aos nossos jovens. Somos pais e não atentamos para as necessidades de nossos filhos, não as necessidades materiais, mas sim, as necessidades psicológicas, sociais e espirituais.
Cada um de nós tem uma fração da divindade, e, para descobrirmos o caminho do bem-estar, não precisamos professar religiões, a própria reflexão diante de nossas atitudes pode nos direcionar para o caminho do bem, da fraternidade e do respeito mútuos. Basta que olhemos ao nosso redor para sabermos o quanto o nosso próximo precisa de nós. Basta que percebamos como nos tratam os nossos vizinhos para nos conscientizar que precisamos ter uma outra postura diante do cosmo e do microcosmo. Que não é correto apontarmos os defeitos dos outros quando os nossos são tão evidentes e não queremos corrigir. Somos como ratos disputando palmo a palmo o esgoto em que transformamos o mundo.
A Terra precisa de cuidados, nossas casas precisam de cuidados, nossas crianças precisam de cuidados, nossos idosos precisam de cuidados, nossos espíritos precisam de cuidados, senão, nos perderemos no caminho e estaremos presos eternamente nesse vácuo que criamos dentro e ao redor de nós, continuaremos estacionados, estáticos diante da violência que impera em todos os âmbitos da sociedade, perplexos prosseguiremos diante dos escândalos políticos e acostumados seguiremos o chavão de que a justiça é para os pobres.
O mundo continua a sua marcha e o Criador com os seus desígnios; nos que somos Cristãos ainda podemos acreditar na justiça divina, contudo, temos que arregaçar as mangas e começar o trabalho da transformação interior, e, a partir daí, fazer a regeneração exterior. Não podemos continuar a passos de tartaruga, fleumáticos diante do estado caótico de nossos hospitais, de nossas escolas, de nosso país. Não é somente nas instituições educacionais ou corretivas que podemos aprender como ter retidão de caráter, clareza de espírito, a globalização cada vez mais nos traz outras realidades e perspectivas, a cada instante a vida nos chama à evolução, a raça humana foi feita para isto, para a evolução permanente. Pousemos sobre o mundo os nossos olhares, de esperança sim, mas também de idéias criativas e realmente voltadas para o trabalho de mudança, fitemos uma vez mais os nossos semelhantes colocando-nos em seus lugares seja de júbilo ou de sofrimento, assim conseguiremos ser mais humanos, mais atentos, mais solícitos para com as pessoas e para com este mundo que habitamos. Que possamos fazer jus à vida que nos foi presenteada com o objetivo de alcançarmos algo mais precioso, podemos deixar de lado a mania de perfeição, pois que algumas atitudes são tão simples, mas que procuremos sempre sermos dignos, justos, amigos, honestos e bondosos, estas são as grandes e largas estradas para alcançarmos o caminho do verdadeiro amor ao próximo.

Cacau Luik

No Antro dos Imbecis

No antro dos imbecis somos
a bola da vez e joguete:
...Companheiros, esse povo
pra progredir precisa de antolhos,
mordaça e cacete?!...
Na aldeia dos mensalões ativos,
há muito se sustenta caciques
para tão poucos índios;
Só o judiciário é marasmo...
Na casa civil o estelar covil
fez com que o esquerdista escarlate
transmudasse em amarelo...
Chi! Camarada silêncio!
Nas repartições públicas
onde o protocolo é a propina,
a má-educação prolifera,
em alguns setores os doutores da
mula ruça nos enrolam em papa fina.
Eta! Cabide de empregos!
Nos metrôs e ônibus lotados onde o
ar-refrigerado é embalado em sovacos,
desponta um estado caótico,
diante do estatuto do idoso
somos todos míopes sem óculos.
Sem alegria de garotinho
ou na escola da tia Rosinha,
nas nossas ruas e praças,
até na fila da padaria,
quem não for esperto se assola,
compra pão dormido as seis,
dorme com pão duro as dez,
chafurda os pés descalços na lama.
Eh! A casa da mãe Joana!
Num país em que a cúpula tão ocupada
vive em reunião noite e dia pra decidir
com mesuras quem serão Vossas Excelências,
aí as molas mestras da súcia!
No solo dos corvos servis onde imperam
a luxúria, a astúcia e a cobiça,
quem não manda matar é quem atira.
No antro dos imbecis quem quer
dar trabalho está pobre,
quem precisa de ofício escolhe
o que dá comissões e vantagens.
Ao nepotismo brindemos!
Salvadores da pátria na terra das CPI’s
não têm moral nem coragem;
escândalos alisados a poucos dedos,
esmolas à plebe vendemos.
Na era da mídia, do pagode e da bola
onde impera conduta asquerosa,
nós filhos desta mãe gentil pátria,
omissos pedimos bis...
Neste atual contexto político, infeliz,
de luta vã e inglória, o pusilânime
povo brasileiro continuará sendo
o autêntico tolo de toda esta história.
Ih! Olha o bobo da corte!...
Junho de 2005

Cacau Luik

Não É Este O Meu Ofício __Cacau Luik

NÃO É ESTE O MEU OFÍCIO 25/09/2006


Eu não exijo a perfeição de ninguém, a não ser a minha.
O sim e o não são responsabilidades que assumimos
diariamente com o outro.
Na escalada da vida eu desejo compromisso. Tenho um
pacto comigo, de ser sincera para com aqueles que amo
seja fraternamente ou solidariamente.
Já nos disse um grande homem: “... Não pretendo
ser um imperador, não é este o meu ofício...”
Contudo, nesta real existência que nos chama constantemente
às amplas liberdades, precisamos aprender a sermos reis e súditos.
Deixemos, pois, o orgulho, o egoísmo e o descaso para os
acomodados de espírito, estes sim, peregrinarão por muito
tempo em caminhos humanos, políticos ou religiosos,
sei lá!... E nós sabemos como humanóides o que verdadeiramente
somos...
Divinizemo-nos sem pieguices, olhando o próximo como irmão,
colocando-nos em seu lugar, posto que as vias que nos chamam
a viver são mais do que o aqui e agora.
Não nos espelhemos, portanto, nos exemplos que infelizmente,
nos vêm de cima.
Os parâmetros que os meus avós, os meus pais e os
meus mestres colocaram para a minha vida são tesouros
que para mim nunca tiveram enterrados.
Eu abro o meu baú de sonhos, esperanças e desejos todos os
dias para que eu antes de ser servido, possa servir.
Por isto, fiz-me poetisa, pela ideologia de que um mundo
melhor possa ser construído, primeiramente, através de
mim mesma, por meio de pequenos atos no dia-a-dia. Assim, eu
estou convencida de que podemos nos transformar e transformar
a realidade que nos cerca.
Esta esfera terrestre na qual habitamos é somente um degrau
na escada de nosso aperfeiçoamento moral, nisto eu acredito.
É por isto, também, que ela merece respeito, cotidianamente
necessita de cuidados.
Nós que somos os maiorais no gênero animal estamos há
muito tempo olhando o mundo e as pessoas a partir de
nossos rasos umbigos, e estes não têm cérebro, nem coração.
Somos seres carentes de afeto, justamente porque somos parcos
em amor, não sabemos dar. Porque nada damos, além de nossa
falta de educação, de nossas caras amarradas e falta de caráter.
Somos pobres em espírito e antes de qualquer outra necessidade,
somos escassos em tolerância, em benevolência, quiçá de esperanças.
Não sabemos o que é justiça, tampouco, direitos e deveres.
O que vivemos hoje em nosso país, seja em termos políticos, sociais
ou religiosos é o reflexo do espelho que plasmamos para nos ver.
Por conseguinte, somos responsáveis pela violência que nos cerca
e ilha-nos, tornando-nos prisioneiros dentro de nossas próprias
casas, de um ambiente político que discursa pela democracia e
nos obriga a ir as urnas votar, de um sistema militar que nos obriga
ao alistamento, enfim, todas estas pseudoliberdades que vão
nos enfiando na cabeça e por goela abaixo.
Fica aqui a minha indignação diante da impassividade de um povo
cheio de história e que tem tudo para dar certo já faz pouco mais
de quinhentos anos. E cheio de história, digo, não é ser afeito a contar
causos e piadas, até porque hoje no mundo somos “a piada.”
Hoje tenho vergonha de ser brasileiro, mas, sou patriota, paradoxos
de quem foi embalada pelos versos de Gonçalves Dias, pelos escritos
de Rui Barbosa e Coelho Neto.
E nós brasileiros que nos achamos tão expertos... Ainda acreditamos
que aqui em se plantando tudo dá?!

Cacau Luik

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Convite do Lançamento do Livro Poetas Virtuais

Convite para o lançamento do segundo livro de Antologia dos Poetas Virtuais
Acadêmica, ocupando 39ª cadeira da AFELCE,Escritora, Poeta e Mentora do projeto poesias dos poetas virtuais, através da comu A procura da Paz Perdida, mentora do lº livro de poesias dos poetas virtuais do orkut.Livro lançado em 13 de março pela Oboé.O 2º ESTARÁ SENDO LANÇADO em Avaré São Paulo e Salvador BA

Homenagem aos Poetas que Participaram do Livro de Antologia Virtual

Alvimar Matos
Andréa Lucia
Antônio Marcos
Áurea Navarrete
Eron de Oliveira
Fernanda Valencise
Ledemir Bertagnoli
Magali Oliveira
Maria das Neves
Nádia Regina
Nayara Francisco
Sigrid Spolzino
Simone do Carmo
Tatiana Monteiro

Lançamento do Segundo Livro dos Poetas Virtuais

...Foi lançado o 1º
e agora o 2º livro de poesias neste ano
de 2007. Onde somente a cor foi
mudada para maior identificação dos
leitores do 1ºe 2º livro. A 1ª cor quente
representou a veia poética fervilhando
na alma. A 2ª Azul Royal, representando
a imensidão do céu, o mar, o infinito...Que
nos levará a imaginação ao lermos este livro!
Fecho este ano de 2007, com aprendizado
de vida por poder além de mostrar meu lado
profissional e poético, podendo assim realizar
sonhos de poetas que ora virtualmente conhecidos,
que se fizeram conhecer através de suas poesias
que agora está imortalizada neste livro.

Você tem que regar os teus sonhos todos os dias,
assim como se rega uma planta para que cresça...

(Maria Magali Miguel de Oliveira)

Apresentação do Livro de Antologia dos Poetas Virtuais

O livro é como uma caixa mágica. Você abre e nele percorre caminhos diversos, como o caminho do amor, da tristeza, da ficção, do romance e da poesia. Ah! Poesias! É esse estilo que nos envolve nos sensibiliza e transborda em nossa alma sentimentos profundos ao lermos cada estrofe, cada rima, cada tema escolhido.
O que seria da poesia se abstraísse o tema do amor, da decepção, da mágoa, da dor, da falta de esperança, da morte? São eles que produzem nos poetas obras apaixonantes. A arte de transmutar esses sentimentos em expressões de beleza e esperança dá a tônica nas poesias do II Livro dos Poetas Virtuais.
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade da fala.
Definir ou conceituar "Poesia" é uma tarefa que pode ser tentada de incontáveis formas e perspectivas. Para todos que já tiveram a experiência viva de ler e escrever poesia, não é difícil compreender muitas das definições existentes (por mais diferentes que elas sejam em seus fundamentos) e (apesar de todas essas diferenças) "encaixar" as múltiplas visões e torná-las até complementares entre si.
A poesia consegue criar um conjunto de sons agradáveis e melodiosos através da rima, do ritmo e de várias figuras de estilo como a repetição que é freqüentemente utilizada. Mas, afinal o que é poesia? Talvez seja a vida de cada um feitas de sonhos, alegria e tristeza. Poesia é o sorriso de uma criança. É estar na vida de cabeça erguida. É crer que após a tempestade vem à bonança. É nunca dar uma causa como perdida.
Caros leitores, o II Livro dos Poetas Virtuais retrata esta apresentação. Uma batalha mais uma vez vencida com os esforços de cada um desses “artistas” que se comprometeram a levar a boa poesia para ser lida e apreciada. Um compromisso com a cultura, um mergulho de cabeça nessa paixão. “Tudo vale à pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa)

Marília Falcão Leite*


* Marília Falcão é jornalista. Nasceu em Recife, Pernambuco. Atua a cinco anos na área de Assessoria de Imprensa onde já atendeu vários clientes de grande porte, como restaurantes, artistas plásticos, faculdades, entre outros. Já passou pelo jornal do Diário Oficial da Assembléia Legislativa de Pernambuco, como também algumas revistas locais, Assessoria de Imprensa em Prefeituras. Contato: marilia_falcão@hotmail.com

Capa e Contra Capa do Livro de Antologia dos Poetas Virtuais


Contra capa
Desde o inicio deste inovador projeto, tracei os
objetivos para o que ele foi criado.
A dedicação é constante quanto à editoração,
qualidade e divulgação desta da Antologia.
Mesmo sem patrocínios desde o inicio consegui
que nosso livro atendesse na qualidade, tanto
cultural como na obra como um todo.
A divulgação através da mídia em alguns
estados,assim como vendas em várias capitais
foram feitas com sucesso! Claro! Estamos
tentando melhorar cada vez mais, e acredito
que a cada edição nosso projeto vai sendo mais
conhecido e divulgado através deste nosso
Brasil imenso!
Neste 2º livro contamos com poetas de extrema
sensibilidade, nos possibilitando ler poesias que
mexem com nossa alma. Dos mais simples aos
mais sofisticados gostos. Isto tudo é possível
porque através de uma comunidade criada por
mim “A Procura da Paz Perdida” na NET, podemos avaliar garimpar as pedras preciosas
e lapidar... Até chegar as suas mãos, Leitor!
**********************************************************************************
ORELHA: lado direito- Pelo escritor Claudio Portella

...Com a benção da poesia chegamos à segunda Antologia dos poetas virtuais. Os versos que incendeiam o Cyberespaço ardem também no peito do artista. O poeta quer o poema cativo. Armadilha crucial: ao cativar o poema, o poeta é cativado por ele. Dessa relação nasceu o segundo volume dos poetas virtuais. No fazer poético de dar e receber foi que os poetas aqui presentes, alguns do livro anterior, incrustaram seus versos no alvo do papel. Antiga prática de querer “capturar” o poema; remonta ao tempo dos nossos ancestrais que imortalizaram suas obras com pinturas nas cavernas.

Maria Das Neves Rodrigues Silva


(Pseudônimo: Marineves Rodrigues)


Noite de Lucena
Noite estrelada, mas, sem luar.
Aprecio o negrume da noite
ouvindo o som das ondas do mar
que bate nas pedras como açoite.

Navegando em pensamentos tristes
surgem ondas de lembranças
açoitando a alma que resiste
não se desmanchar em desesperanças.

Ouço uma canção trazida pelo vento
fala de um amor doce e envolvente
que jaz agora em triste lamento.
Deslize de um momento!

Eis que surge a brilhante lua!
Prateando o mar de Lucena...
Irradiando luz de ternura
cuja magia o amor encena.

A lua não aparece antes
surgindo depois com mais encanto
para deleite dos amantes
que das dunas fazem seus cantos

Maria Magali Miguel de Oliveira


(Pseudônimo: Magali Oliveira)

Quintais de lições

Ai de mim pobre mortal
que vasculha os pensamentos
procurando num lamento
encontrar-se por inteiro.


Pobre de mim!
Que se consome a encontrar soluções
onde nem tudo são flores na varanda
e sim quintais de lições.

E mesmo na tristeza da procura
fará alegria do encontro
ser luz das estrelas no firmamento
florindo este caminhar .

Feliz de mim que insiste...
Que persiste...
E não desiste
de ser feliz!

Ledemir Bertagnoli



(Pseudônimo: Ledemir- O Poeta)

Opróbrio

Quando o opróbrio da vida

Apresenta em forma de escuridão.

Busco ao longe, as feridas,

Marcadas, cravadas no coração.

Desilusão sem perdão, paixão.

Onde está o amigo...

Brigou comigo...

Virou inimigo...

Não entendeu o caso antigo...

Que tinha contigoMarcas da vontade...

Cravadas no peito.

Amor perfeito

Faltou respeito

Apareceu a desonra

Afronta infamante

Opróbrio de amantes

Momento marcante

Desilusões restantes

Querença retribuída

Opróbrio da vida...

Andréia Lúcia Barreto Guarçoni


(pseudônimo: Andréa Lucia)


Inverno

Saio à rua em meio a um frio cortante
últimos dias de um inverno castigante... Ventanias, nevascas, chuvas e céu cinzento
ainda bem que não tardará esse tormento!
Fico sozinha em meio às árvores desfolhadas
uma paisagem branca de ruas abanadonadas...
Sinto a solidão congelando meu coração,
sinto falta do calor, das cores e da paixão!
Chega logo primavera e traz as tuas flores
desabrocham colorida e desperta mil amores.
Transforma este céu cinzento e desbotado
num céu colorido, radiante e perfumado!
Devolve-me a alegria de sair novamente
de olhar o céu azul e passear livremente...
Transformam os risos secos em esfuziantes
despertos os desejos contidos dos amantes!
Acorda os corações que dormem congelados
liberta os segredos que ficaram guardados.
Traz contigo uma paixão quente para mim...
Ah... Não suporto mais essa gélida solidão sem fim!

Alvimar de Moura Matos (pseudônimo -Poeta Mineiro)


ADORMECIDA.


Dorme tranqüila – eu me lembro
na rede estendida rente a janela
cabelos soltos, roupão semi-aberto
ao som dos pássaros que cantavam para ela.

A brisa suave que da montanha desce
roça o teu corpo com afago e carinho
os olhos entre abertos em sussurros agradecem
a chuva de estrelas que iluminam teu ninho.

O teu perfume de olor desejável
com as flores do campo se mistura
aquela imagem tão agradável
cândida, meiga e de beleza tão pura.

Eu – ali olhando tudo sentia
aquele anjo por mim tão querida
oh flor! Tu és a graça do jardim
graça! Tu és a essência da minha vida.

Lúcia Helena Pereira


Lúcia Helena Pereira, Nasceu em Ceará - Mirim / RN em 09/07/1945 . Cursou o primário e o ginasial no Instituto Maria Auxiliadora [das irmãs salesianas]. Cursou o primeiro pedagógico no CIC e mais dois anos no Instituto Presidente Kennedy. Fez Licenciatura plena em História / UFRN - 1974.Estudou o curso prático de francês pela Aliança Francesa de Natal [de 1960 a 1964]. Escritora Membro efetivo da AJEB [Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil], onde exerceu, com sua eleição para a primeira Presidenta do RN [1990 a 1997] e primeira presidenta Nacional [1998 a 2000]. Membro da Academia Feminina de Letras do RN - março de 2002. Membro de IHG / RN, eleita em novembro de 2004. Autora de 'Pássaro Azul de Asas Cor - de - Rosas' 1982 [poemas], da Breve Coletânea de Juvenal Antunes [1998], integrante de Antologias Nacionais e Regionais. Livros no PRELO: JUVENAL ANTUNES: sua vida, suas obras, seu grande amor e sua morte; Palcos da Infância]; As Divinas Cartas. xiscada@hotmail.com.


AS ROSAS DO AMOR


Lúcia Helena Pereira.



Tento escrever um soneto

Da fonte opaca de minha solidão,

Onde as esperas banham - se no tormento

De uma infinita e dorida ilusão!



Minhas manhãs alvas e lânguidas

Penduram enfeites de ânsias e adormecidos sonhos,

Na paisagem sombria de alegrias magoadas

Desbotando - se em dias tristonhos!


Trago colheitas de esperanças frustradas

Na dourada luz de um castiçal de ardor

Acendendo estrelas torturadas!


Dá - me, amado, o húmus de tua alma,

Para que desabrochem de mim as rosas do amor,

Na estação primaveril que me acalma!

Maria de Lourdes Otero Brabo Cruz


Maria de Lourdes Otero Brabo Cruz,Nacida en Bragança Paulista, interior del estado de São Paulo, Brasil, a 12 de febrero de 1958. Como escritora assino MALU OTERO. Sou professora de espanhol na UNESP, Universidad Estadual Paulista. Trabalho na formação de professores de espanhol.Vivo en Assis, São Paulo, Brasil. Escrevo desde 2000, poesias de amor [a maioria delas], poesia de crítica social, de escárnio... Tenho um site onde veiculo algumas de minhas poesias, bem como coloco informações da cidade em que vivo, da universidade em que trabalho e material didático por mim elaborado. O endereço do site é http://br.geocities.com/poesialuz/ Também tenho uma página web no Avpb - Academia Virtual Poética do Brasil, cujo endereço é http://www.avpb.olga.kapatti.nom.br/academicos_avpb/87_maria_lourdes_otero.htm Tenho poesias fazendo parte de inúmeras cirandas na internet, além de duetos, trietos, etc, o que configura uma escrita solidária, própria do nosso tempo. Tenho um livro publicado na Espanha, como premiação à minha tese de doutorado, que se intitula Etapas de Interlengua Oral en Estudiantes Brasileños de Español. Nele aparece uma poesia de minha autoria, Padre Mío que Estás en..., uma homenagem ao meu pai, que deu origem à minha produção poética.



LOBO COM DISFARCE


Malu Otero


Como podemos avançar,

Se nos puxam o tapete?

Sai e entra governo, no lar

Do pobre, vive igual a gente



Em nós, a esperança nasce,

Com o ano que recomeça,

Mas tanto lobo com disfarce,

E não há quem os impeça...


Mensalões e mensalinhos,

Lavagem de dinheiro à bessa.

Salário mínimo minguadinho,

Mas o congresso sai dessa...


Por si o político sabe legislar

Do bem do povo se esquecem

Até quando assim vamos estar?

Nosso voto eles não merecem!


Assis - São Paulo - BRASIL - 11/01/07


*****


SEMBRADOR


Malu Otero


Él sembró esa mata

Tanto verde, tanta sombra

En verano...


Él sembró otras matas

Tanto amor, tanto calor

En invierno...


Él sembró muchas matas

Y cosechamos sus frutos

Todo el tiempo...


¡Cuánto recuerdo de su obra!

Tantas obras, tanto valor,

Infinito...

Marcelo Hernandez Torres


Un hijo del sol, cosmopolita,que tiene por Madre el principio creador femenino Inmutable, y por Padre el pristino germen Masculino.La Humanidad es mi Hermana, mi familia, el resto del cuerpo, flores móviles en esta Pachamama querida.


SIDERAL


Marcelo Gernandez Torrez


Bálsamo de letras

reflejadas en sinuosidades de una piel,

latentes novas refulgentes en el interior del microcosmos

un destino en su firmamento esperan.

Selene tu desnudez mí alma en un abrazo toma,

esos aromas de tu vientre me descubren

la infinita esencia que nos une,

expongo mis labios a lo ardiente de tus pliegues

mis dedos enlazan con tus rayo

salientos de ensueños conjugados.

Toda la vida se complace en el encuentro

amanece y tu mi hermosa luna

escondes tu semblante,

en el furorde la aurora que amanece

el sol contento observa su simiente.

Mi reina de la noche que nos viene,

aúno los cantos que nos brotan del abismo,

buscando siempre

las notas que proyectas,

por el aire envió el sello del arpegio

que en estos cuerpos se entrega

con un beso.

Maria Thereza Neves


Odontologa,Artísta Plástica,escrevendo todos os dias,disseram que eu era poetisa...hoje com mais de 20 livros virtuais publicados e participação em Antologias reais em conjunto com vários poetas.


HAVIA UM MURO!


Maria Thereza Neves


Havia um muros

em prumo, sem rumo

perdido no mundo.

Havia um muro mudo

no ponto de partida e chegada

que calava os sonhos do mundo.

Havia um muro surdo

sem dimensões , nem cais

disperso, confuso no universo.


_________________JF/MG-16/02/06

Nazarethe Fonseca


Nazarethe Fonseca nasceu em São Luís, Maranhão, em 1973. Cresceu emmeio às constantes crises de asma, que a mantinham desperta boaparte da noite. Seu divertimento durante as longas horas que passavaconvalescendo eram os livros infantis, as revistas em quadrinhos e aTV, que de madrugada exibia filmes de terror, sendo os de vampiro,seus preferidos. Começou a escrever aos 15 anos, após um sonho, quese tornou seu primeiro livro, uma trama policial. Aborrecida,queimou-o abandonando o assunto até os 21 anos. Quando voltou aescrever foi movida novamente por mais um sonho, este mais reveladorque o primeiro. Ela despertou e em sua mente estava o livro que hojeconhecemos como ALMA E SANGUE, O DESPERTAR DO VAMPIRO. NazaretheFonseca escrevepoesias,contos e crônicas.Ela é autodidata.Leitoraávida já perdeu a conta da quantidade de livros que já leu,temgrande paixão por Charles Baudelarie e WilliamShakespeare e escreve todos os dias.E-mail: mailto:nazarethefonseca@oi.com.br


PERFUME


por Nazarethe Fonseca (Todos os direitos reservados a Autora®)


Seu perfume ficou na sala,

Mas você partiu.

Fico no trinco da porta.

No telefone que usou distraidamente,


Na caneta com a qual batucou impaciente.

No sofá, nas almofadas,

Onde cansado adormeceu,enquanto me esperava

Está sobre meu rosto, pois o acariciou longamente.

Misturou-se ao meu, e da nossa química ficou mais doce.


Espalhou-se pelos lençóis da cama como se fosse chuva de verão.

No travesseiro onde dormiu por uma, duas horas.

Em meu corpo que tocou faminto, saudoso.


E enquanto banho, lamento perde-lo.

Ressinto-me deste desapego,

Enquanto a água cai rápida e mansa,

Eu penso, lembro debaixo do chuveiro,

Penso em nós dois.No que fizemos,

No prazer que nos demos.

Tudo parece distante agora que se foi.

Que seu perfume abandonou meu corpo.


Quero que a água me lave, me renove.

Deixei-me ficar a sós,

Seu perfume me confunde,

Faz-me desejar você, que já se foi.


Seu toque.

Ainda sinto você.

Está bem aqui em meu peito,

Na marca do beijo invisível sobre o seio.


Em meus dedos que te tocaram.

Em minhas mãos que te afagaram.

O seu perfume se apagou.

E quando pequei o telefone e levei ao ouvi,

Senti seu cheiro no fone, beijei o aparelho.

E desistir da ligação, pois seu cheiro voltou...

E me deu a falsa ilusão de sua presença.

Vou dormir, é quase manhã.

O telefone toca.È você.

E seu perfume.

Guilem Rodrigues da Silva


Guilem Rodrigues DA Silva Suécia / Lund, Rio Grande do Sul / Rio Grande, BR Sou natural de Rio Grande, RS. Servi na Marinha Brasileira, no Rio de Janeiro, onde reivindiquei o direito de casar, usar roupas civis quando desembarcado, e estudar, coisas proibidas aos marinheiros, então. Em 1964 fui preso por isso, fugi e exilei-me no Uruguai, de onde emigrei para a Suécia em 1966. Formei-me filólogo na Universidade de Lund, com especialização em Línguas Neolatinas. Sou autor de um compêndio de língua portuguesa para suecos que é usado nas escolas. Tenho publicados 8 livros de poesia, pelo que tive a honra de receber alguns prêmios literários. Sou o presidente DA Associação de Escritores do Sul DA Suécia, desde 1989 - fui o 1º estrangeiro [e até agora único] a presidi-la. Sou um promotor DA cultura brasileira e gaúcha na Suécia. Fui o 1º brasileiro eleito vereador aqui. Elegi-me 3 vezes pelo Partido Verde. Moro em Lund, cidade universitária, fundada no ano 990, vizinha à cidade de Malmö, onde exerço as funções de juiz. Recebi perseguidos políticos e OS auxiliei a estabelecerem-se aqui. Casei-se algumas vezes e tenho 8 filhos.


Tocata e adágio para uma deusa morta


[para Liana Müller]


Por cada árvore assassinada

Morrem flores insetos ninhos

De passarinhos orquídeas

Assassinadas morrem pedras

Bem-amadasMorre o indio

O verdadeiro dono DA terra

E morrem também nessa guerra

frações de nossos pulmões

Por cada árvore assassinada

Engordam OS deuses dos cifrões

Por cada árvore assassinada

Enchem-se OS cofres-do-mal

Morre pouco a pouco o AR

O AR que respiramos

Por cada árvore assassinada

Morre uma onça pintada

OS bichinhos que nós amamos

Por cada árvore assassinada

Morre a água do Rio e até mesmo

Morre o mar

Morrem as populações

Pouco a pouco envenenadas

Por cada árvore assassinada

Morre mesmo amordaçada

A alma dos nossos bosques

Morre a beleza DA terra

E até parece que a serra

Se curva de tanto chorar

Não mais árvores queimadas

Em nossas florestas sonho

De pássaros beija-flores

E orquídeas de mil cores

Bebendo o orvalho DA vida.


Guilem Rodrigues DA Silva [Aramis]

Tadeu Paulo


Tadeu Paulo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, na era do Rio boêmio e da malandragem sem maldades. Estudou música e piano erudito até os 17 anos. Desde muito cedo, também, enveredou pelo caminho das letras, dedicando-se, primeiro à poesia e depois à crônica, ao conto, ao romance, entre outras coisas. É formado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília – o CEUB. Participou com grande destaque em diversos concursos literários.


Alimentos da alma


Tadeu Paulo


eu sempre me alimento

de luz, de cores,

d’alegrias, de’amores,

de paz, de felicidade;

mas quando tento

a desconfiança,ela não desce;

quando tento

a paixão,me aquece;

se o carinho,esse me’afaga...

e quando tento

o ciúme...

me’enlouquece...me’engasga!


*****

Amor, que lindo amar assim


Tadeu Paulo


foram tantas as lágrimas

sentidas, derramadas,

ocultas em mãos,

lenços e travesseiros;

provadas em minha língua;

bebidas pela minha boca,

ávida de teus olhos tristes,

quando relembrantes;

lágrimas charmosas e incultas,

perfumadas e perdidas;

lágrimas temperadas

e coloridas, de sal e sangue,

de noites mal dormidas...

que nelas sempre mergulhei

com meus sonhos;

fui ao fundo e voltei;

e em cada gota

de tristeza e agonia

morro e ressuscito todo dia...

porque sou parte do teu choro

que se renova, até no rito

menos aflito da alegria...

MARCELO MOURÃO


Marcelo Mourão é poeta,escritor,professor.tem 34 anos. Nasceu e vive na cidade do Rio de Janeiro. Começou a escrever aos 13 anos e até hoje não parou.


TÂNTRICA


Marcelo Mourão


Afagar seus cabelos com carinho

Afagar também sua pelugem macia e escondida

Abrir seu ninho túrgido e umedecido

Demorar ao beijá-la

Demorar a senti-la

Ir elevando os graus Celsius

de forma adocicada e progressiva

Em mim,sinto a química,a magia

de fazer carne ir virando pedra

enquanto assisto-te,arfante e aflita,

ronronar suspiros,senha pro fim da espera

mas só que eu insisto em brincar,

prolongar tua ânsia.

Você morde o lábio e seus olhos ora embaçam

ora me seguem como se pedissem um pouco de ar

Até que você resolve também começar a jogar

Roça o rígido mamilo em meus lábios

Amamenta e também quer sugar

E suga como uma bezerra recém-parida

com uma fome que parece nunca acabar

lambe,suga,degusta,engole,saboreia

me vence,já não consigo me resguardar

e,feliz e vingada,não segura a risada

me puniu deliciosamente pela brincadeira prolongada

desrepresando o que não era pra já

E,não se dando ainda por satisfeita,

Sôfrega,sorveu todo o néctar do amor

sem deixar sobras,numa só golada

um misto de querer me apaixonar

e orgulho ferido de fêmea provocada

Agora,você é quem me afaga os cabelos,

Esperando por uma nova jornada


******


QUILOMETRAGEM


Marcelo Mourão


Eu não tinha medo

De viver

De sonhar

De perder

De perguntar

Era filho do Rei

Chefe de terra e mar

Eu tinha fogo

No corpo

Na alma

Nos olhos

No agir e no pensar

Eu tinha era fogo no coração

Que, dentre todos, é o mais difícil de apagar

Eu tinha tantas coisas

E todas tão pesadas

E mal dava tempo

Pra notar as mãos cansadas

Eu não tinha medo

De correrDe pular

De sofrer

De chorar

HojeContinuo sem medo

Mas sem tanta pressa de chegar

terça-feira, 6 de novembro de 2007

FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


FLORES FOTOGRAFADAS POR CHARLIE AUGUSTO.


Charlie Augusto


Charlie Augusto dos Santos é natural de Nazaré-BA.Já foi maquinista de trem,caminhoneiro mas sempre envolvido com as literatura.Fotografou mais de 5 mil flores doa mais variados Estados do Brasil.Reside em Santo Amaro,porém boa parte de seu tempo trabalha em Juazeiro,ora fazendo filmagens ora fotografando.As flores ,música e a poesias exercem um imenso fascínio sobre Charlie.


O Amor está em Festa


P/ Sandra


Se não fosse a poesia

Talvez eu não te conheceria

Se não fosse o dia

Em que de noite te vi

No verso que não escrevi

Se não fosse o amor

Ou quem sabe a flor

Que ainda não fotografei

Desde o dia que te amei

E fiz de mim um verso

Para voce sonhar

Se não fosse o sonho

Quem sabe a realidade

Não tivesse tanto sentido

Se não fosse o sentimento

Que ficasse quardado

Nos clichês de nós

Atrás do tempo

Que não volta mais

Se não fosse a luz

Dos poemas lilás

Que te trago numa taça

Embebido de poesia

Talvez não tivesse este dia

Em que possa dizer

Vou desenhar em voce

Toda minha GEOGRAFIA


Charlie Augusto

Rodrigo Octávio Pereira de Andrade

Sou poeta,professor, pesquisador e cabo-friense. Tenho poemas publicados no seguintes jornais:Jornal Lagos, Lagos Jornal de Cabo Frio-RJ,Jornal de Sábado de Cabo Frio-RJ, Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ(como colaborador)e no Jornal Alto Madeira de Porto Velho-RO. Tenho poemas publicados nos seguintes sites: Recanto das Letras,Crônicas Cariocas, Alma de Poeta, Jornal de Poesia, Momento Lítero Cultural do poeta Selmo Vasconcellos do Rondônia Ao Vivo,em matéria feita pela poeta Dora Dimolistas pelo Jornal O Rebate On Line,no Jornal O Popular On Line, Poetas del Mundo e no Domínio Cultural.


“Lágrimas Secas”

Nos versos de Patativa do Assaré,
Caminho pelo chão rachado da seca
Entre mandacarus e urubus do Sertão.






Os olhos do horizonte não enxergam
O Velho Chico,
Diante de um acorde de Luiz Gonzaga,
A relembrar as histórias de Lamarca e Lampião
Pelo Sertão.

A poesia é poeira na veia
De João Cabral de Melo Neto,
Mas incendeia nas mãos de Graciliano
E Guimarães Rosa ao som de um repente
Feito numa roda em Arcoverde.

A caatinga me fere com os seus espinhos,
Com o seu olhar de morte em desalinho.

Os retirantes fogem, clamam e pedem
Para Padre Cícero pelas bênçãos das chuvas de São Pedro
Aos olhos de um São João num foguetório dos infernos
Entre os braços de Suassuna e de João Grilo, O Amarelo,
Que representam o Sertão.

As mulheres ficam num olhar triste,
Enquanto os homens buscam alimento
E salvação em terras alheias do Sertão.

Deixam família, casa e coração,
Para um dia voltar
E verem com outro olhar o Sertão.

Os retirantes fogem da fome,
Da seca, da morte em busca da salvação!

Os sertanejos são fortes,
Mas a seca do Nordeste
É fera e os engole...

Anjinhos nascem e morrem...
...para serem sepultados num chão pobre.

As rachaduras são rios de lágrimas secas
Ao olhar dos versos de um menino a lamentar
Entre a poeira ao lado de uma carcaça de boi
Nas mãos do Sertão brasileiro.

(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta de Cabo Frio-RJ. – 15/10/07)

Antonia Margaridi


Antonia é professora aposentada,residiu em Jandaia do Sul,norte do Paraná,boa parte de sua vida e também em Pimenta Bueno (RO).Hoje reside em Maringá (Paraná).Tem uma longa trajetória como escritora,com vários livros publlicados e alguns a serem publicados.É uma grande mulher,além de grande poeta.



FOLGUEDOS


FOI NOS BRINQUEDOS DE CRIANÇA

NOS FOLGUEDOS DA INFANCIA

NOS BRINQUEDOS DE BONECAS

ONDE FOMOS TAO FELIZES


AS LEMBRANÇAS NA MEMORIA

EU VOU LEVAR COMO ESTÓRIA

DOS TEMPOS BONS QUE JÁ SE FORAM

E QUE NAO VOLTAM JAMAIS


ERA A JABOTICABEIRA

SUBIR NO PÉ DA GOIABEIRA

COMER BANANA NO CACHO

E BRINCAR A SEMANA INTEIRA


MAMÃE A RALHAR CONOSCO

POR TOMAR GOSTOSOS

BANHOS NO RIO E BRINCAR NA CACHOEIRA

SEM NEM PENSAR NO PERIGO


O ENPINAR DOS PAPAGAIOS

O PLOC DA PEDRA

NO ESTICAR DO ESTILINGUE

POBRES PÀSSAROS ATORMENTADOS

ALVOROÇADOS DE ÁRVORE EM ARVORE A VOAR


AH! QUE DELICIA ARMAR O CIRCO DE BRINQUEDOS

VESTIR DE PALHAÇO , QUE ESTEPOLIA

AS BAILARINAS O TRAPEZISTA

AH! COMO ISSO TUDO ERA BOM


A ESTAÇÃO DAS FRUTAS CHEGANDO

OS PESSEGUIROS FLORANDO

AS TANGERINAS MELADAS

OS BOLINHOS DE FUBÁ!


COMO ERA BOM SER CRIANÇA

QUÃO DOCE É LEMBRAR-ME DA INFANCIA

OS FOLGUEDOS, BRINCADEIRAS,

O RIACHO AS LARANJEIRAS

AI QUE SAUDADES,SE TUDO PUDESSE VOLTAR


Antonia Margaridi





Gustavo Drummond


Gustavo DrummondFormado em História pela UFMG.Nasci e moro em Sete Lagoas (MG)Colaboro com vários jornais regionais com crônicas e Poesias.Posto minhas Poesias no site Planeta Literatura.http://www.planetaliteratura.com/index.php?view=artigoscolunistas=834 E em várias Comunidades do Orkut:Poemas a Flor da PeleSociedade dos Passáros Poetas.Poemas & CiaPoemas e Poesias Minha Comunidade:Amigos de Gustavo Drummondhttp://www.orkut.com/community.aspx?cmm=28249362Escrever para mim é conversar, atráves de sonhos, figuras, utopias e realidades; essênciasis para meu viver.


MULHER-BORBOLETA


Arco-irís alado,

Fada voante,

Ser encantado,

Não há quem não se encante.



Beleza tão imensa,

Mundo de cor,

Borboleta intensa,

Mulher amor.


Metamorfose total;

Nasce mera larva,

Logo em crisálida,

Mel e sal.


Emerge tão linda,

Várias nuances,

Pulgentes ou pálidas,

Magias e danças.


Ornam a paisagem,

conquista corações,

Voantes orações,

Reais miragens.


Borboleta-Mulher,

Mulher-Borboleta.

Tudo que se quer,

O tempo, a ampulheta.


Espaço, movimentos,

Inebriam os olhos meus,

Maravilhosos alentos,

Sonho de Deus!...


Gustavo Drummond

Victor Hugo Neves de Carvalho


Victor Hugo Neves de Carvalho

Pseudônimo: Elmano Gábrio Mongiardino

Filiação: Francisco Ávalo de Carvalho e
Conceição Neves Panão

Naturalidade: Alto Jequitibá- M.G. – Nascido em: 11/04/1972

Histórico Escolar: Primeiro Grau Completo. – Escola Estadual
Carmo Giffoni e Escola Municipal Antônio Sales Barbosa.

Casado, sem Filhos. Irmão caçula, 35 anos de idade.

Gosto muito de ler e de escrever, desde a minha Meninice! Veio desenvolvendo um trabalho muito bonito e tenho a intenção de poder publicá-los algum dia. Gosto de animais, de viajar e meus lugares prediletos são (em momentos de intensa inspiração): livraria, lojas de discos, uma praça aconchegante e uma boa cafeteria.

Endereço Residencial: Victor Hugo Neves de Carvalho
Rua Águas de Lindóia, 694 – Bairro: Tirol / CEP: 30.692-560
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bhz.hugo@gmail.com e o.diario.solidao137@hotmail.com


DÉVIR

CLARA É A LUZ DO DIA
DA SOLIDÃO QUE PERMANECE
UM SONHO QUE SE APETECE
DE AMOR, DE PÁO E VIDA.

CLARA SE FAZ A ESTA LUZ
QUE NA PENUMBRA, RONDA
A ESCURIDÃO QUE REMONTA
DO SER E O NADA QUE ME REDUZ.

O TEMPO QUE SE ARREFECE
AS HORAS QUE SE FINDAM
O CRESPUSCULAR SOLITÚRNIO

E TUAS MÃOS SE ENCLINAM
NO DÉVIR SENTIDO PLENILÚNIO...
CLARA É A FORMA DO DIA QUE PERECE!

Victor Hugo (Elmano Gábrio):




domingo, 4 de novembro de 2007

Iza Calbo




Iza Calbo,Jornalista e escritora, paulista de nascimento, baiana por opção. Formação acadêmica: Bacharel em Comunicação Social - UFBA.freelancer em Salvador (BA) com o brilhantismo que lhe é peculiar,crônicas que denotam seu interesse pelas questões sócio/econômicas/sociais e culturais.Na poesia coloca suas verdades de uma forma irreverente.Enfim assim é Iza uma grande mulher e uma escritora como poucas.



Película Inacabada


Vejo o cinema ressurgir,

Novo como o teu riso

Que mistura cactos e flor.


Vejo a pétala do imprevisto

Decorar o caminho que traçamos

Até o sol...Sol de Canudos.

Sol de nós mesmos.


Vejo todas as cores desta película

Percorrendo a vida que tentamos desenhar.

Há um conselheiro e há o desejo de acertar.


Somos cactos em flor

Guiando estrelas que desconhecemos

Estrelas que, cadentes, pensamos perder.


Somos um sol de esteio

Onde o vento é só uma trilha

Que brilha no imenso em nós.


E, graças aos sóis,

Não estamos sós.


23/11/1999 (Em homenagem a Canudos e tudo o mais)