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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Jiddu Saldanha


Jiddu Saldanha, conhecido nacionalmente como mímico, dedica-se também às artes plásticas. Aqui você pode ver os cartões postais de suas obras que hoje pertencem ao acervo particular do Sr. Adolfo Martins, dono do maior jornal sobre educação no Brasil chamado Folha Dirigida. Sou apaixonado por poesia e sou, especialmente um poeta do silêncio.



Itabira Mítica


(para Marcio Sampaio)


Em Itabira há muitos caminhos

são caminhos de pedra

para o trafego de anjos tortos

são caminhos tangívei


Se que dão belas fotografias de parede

alguns curvam-se em serpentina

outros cavoucam montanhas de ferro

são todos estreitos


Sentes-se Itabira

Pelo seu ar de fuligem

Seu caos futurista

E poucas mulheres no caminho


A cidade devastada tem trens

Que não lhe pertence

Por onde escoa a riqueza

Sobrando o pó de pedra e ferro


Itabira sempre foi globalizada

Pelo que doou ao mundo

As riquezas de minas

Consumidas como queijo


Foi lá que nasceu ondalta

O poeta Drummond

Que por desejo de existir

Foi nadar num outro rio


Os caminhos de Itabira permanecem

Em serpentina.

Tristes e distantes

Mas a Itabira mítica vive

Como sua estrela mais alta.



Jiddu Saldanha

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