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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Jade Dantas


Jade Dantas é um apelido carinhoso como sempre foi chamada Jadiceli Dantas, paraibana, residente na cidade de Recife, no Brasil.
Arquiteta, dinâmica, sempre às voltas com a arquitetura, tem projetos construídos em quase todos os estados do Norte e Nordeste brasileiros.
Às noites, vira bailarina clássica, uma paixão cultivada desde a infância.
Também é pára-quedista, toca violão e é poeta, nas horas vagas.
Nunca houve uma preocupação em editar um livro, mas, a princípio timidamente, depois mais confiante, começou a divulgar seus poemas de versos livres pela Internet e hoje, começa a ser bastante conhecida e apreciada entre poetas brasileiros.



Jangada Errante


Sonhei em sair ao mar numa jangada errante

tocando meu violão na madrugada,

tentando saber da lua prateada

que faço com meu coraçãp carente.


Mas a lua já se esconde,já distante

e o sol da praia azul estonteante

não quer saber da pergunta atrapalhada

e vai brincar com o vento na enseada.


Talvez nem saiba a resposta qie desejo

ou tavez não queira responder,com pejo

porque já não entende de sonhar.


E esse meu coração abandonado,

nascedouro de medos e carências

fica ali,sem resposta,à beira-mar...


Jade Dantas


Mano Melo



Mano Melo, cearense que vive desde os 16 anos no Rio de Janeiro, 55 anos, é poeta, ator, roteirista. Desde 1979, quando retornou ao Brasil depois de viajar por dez anos através do mundo ( América Latina, Ásia, Europa, África), vem interpretando seus poemas em shows e recitais po teatros, bares, centros culturais, festivais, congressos, feiras de livros, universidades, no Rio de Janeiro e através do Brasil, tendo se apresentado em inúmeras cidades grandes e pequenas, do Rio Grande do Sul ao Acre. No momento, além de se apresentar com o Ver o Verso ( Mano Melo, Claufe Rodrigues, Pedro Bial, Alexandra Maia, tem pronto o espetáculo poético-teatral O Lavrador de Palavras, monólogo que estreou em novembro do ano passado no teatro da Casa da Gávea, e desde então vem percorrendo outros teatros e espaços culturais, como espetáculo itinerante. O Lavrador de Palavras é também o título do seu livro mais recente, publicado pela Bapera Editora. Outros livros: O Evangelho de Jimi Rango, O Vampiro Ciro, Rio Acima, Tratado geral Sobre os Amplos Irrestritos, além de trabalhos espalhados por antologias, jornais e revistas literárias. Autor do roteiro, em parceria com Claufe Rodrigues, de Fernando Pessoas, documentário de 50 minutos em vídeo sobre o poeta português, atualmente em fase de edição.





Um Parnasiano Vilac Temporão






Você é uma ânsia vermelha adoçada com mel de abelha


De uma doçura que chega a ser cruel


Me desperta sensações ancestrais de boleros e sambas-canção


Incorporado num parnasiano Bilac temporão








Tem gente que fala de amor como uma ameaça


Amor com pequenas dosagens com pequenas medidas








Existem coisas tuas que só para mim são nuas


Que ninguém mais acarinhou ou conhece


Uma parte nós só pelo outro será preenchida





Você me remoça


Me adoça


Me dá força





Me nasce outra bez (mais uma)


E me chama de filho


Me chama de cavalo


Faz teu cabelo capim


Cavalga em mim


Me alimenta de milho





Me dá tua língua


Vem ser minha égua


Beber minha água


Abrandar sua sede





Me chama de porta


E atrabessa a parede





Mano Melo

Jiddu Saldanha


Jiddu Saldanha, conhecido nacionalmente como mímico, dedica-se também às artes plásticas. Aqui você pode ver os cartões postais de suas obras que hoje pertencem ao acervo particular do Sr. Adolfo Martins, dono do maior jornal sobre educação no Brasil chamado Folha Dirigida. Sou apaixonado por poesia e sou, especialmente um poeta do silêncio.



Itabira Mítica


(para Marcio Sampaio)


Em Itabira há muitos caminhos

são caminhos de pedra

para o trafego de anjos tortos

são caminhos tangívei


Se que dão belas fotografias de parede

alguns curvam-se em serpentina

outros cavoucam montanhas de ferro

são todos estreitos


Sentes-se Itabira

Pelo seu ar de fuligem

Seu caos futurista

E poucas mulheres no caminho


A cidade devastada tem trens

Que não lhe pertence

Por onde escoa a riqueza

Sobrando o pó de pedra e ferro


Itabira sempre foi globalizada

Pelo que doou ao mundo

As riquezas de minas

Consumidas como queijo


Foi lá que nasceu ondalta

O poeta Drummond

Que por desejo de existir

Foi nadar num outro rio


Os caminhos de Itabira permanecem

Em serpentina.

Tristes e distantes

Mas a Itabira mítica vive

Como sua estrela mais alta.



Jiddu Saldanha

Tereza Neumann Ferreira de Assis


Tereza Neumann Ferreira de Assis, nasceu em 1954 em Inhambupe/Ba. Filha de Francisco Guedes de Assis Junior e Rosália Ferreira de Assis, viveu em Inhambupe até 1969, mudando-se para Salvador com a família. Fez da 4ª Série até formar-se pelo Iceia em Magistério em 1974. Não atuou na área de ensino, entrando para a COELBA em 1975, no seu Departamento Contábil, aposentando-se em 2002.



DOCE CANÇÃO A BORBOLETA

TRIUNFAS SOBRE O AR,

NAVEGAS SOBRE O DIA.

NO BREU DA NOITE,

ESGUIA,POUSA NAS ESTRELAS.

AS FLORES CIÚMAM

O TATO DOS TEUS PÉS.

PEREGRINA VOAS,

CONTA-ME SONHOS DO UNIVERSO,

ACENDE-ME COM TUAS FÁBULAS,

TIRA-ME O POUSO DA MORTE,

SENTIMENTO QUE ME ANGUSTIA.

COM TUAS ASAS ESTENDIDAS,

ALÇAS VÔOS PRA BEM LONGE,

SINTO INVEJA, INVEJA DE AMIGA,

CONHECEDORA DE TANTOS CAMINHOS...

POBRE DE MIM, BORBOLETA,

SEM ESTÓRIAS PRA CONTAR DO INFINITO,

VOA, TRAZ-ME NOTÍCIAS

TUAS,QUEM SABE,

A CHUVA MUDE O TEU DESTINO

E POUSES EM MINHA PORTA,

PRA ME CONTARES,

SEGREDOS DA ENAMORADA LUA.


16/05/2006 TEREZA NEUMANN



Ana Wagner



*Sou Ana Wagner, a Aninha. Sou professora, gaúcha de Porto Alegre.
Escrevo para compartilhar sentimentos e emoções, amores e dores.
Não sou uma poeta de formação nem sigo normas e métricas.
Escrevo desde sempre, mas sou uma eterna aprendiz.
Hoje a poesia é parte de mim, na alegria ou na tristeza.



FRUTO PROIBIDO


Tua face serena
tem o repouso de um colo
tua voz chocolate
de paladar salivante
teus lábios, doces frutos
me adoçam e viciam
tua poesia me eterniza
e pulsa em arco-íris
nossa alma, nosso elo
um anelo de futuro
mas esse fruto maduro
que me alimenta e sacia
já quase no fim do dia
vai revelando a ferida:
profetizando a despedida.


Ana Wagner


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Geraldo Magela Pereira Gomes


Geraldo Magela Pereira Gomes, nascido em 26/04/1963, na cidade de Sapucaia, entre a serra e o mar, no RJ.
Cresci acordando com “Bom dia, flor”, na voz do “Martinho da Vila” e dormindo com “Se todos fossem iguais a você”, com “Vinícius de Moraes”, daí, acredito ter vindo a paixão pela poesia.
Já plantei árvores, tenho filhos, mas minha estória ainda não completa um livro, rsrsrs.
Sou Operador de Sistemas, prestando serviços à Prefeituras.
Não vivo de poesia, mas morro sem “ela”.



Rio (Meu)



Meu Rio é lindo, Lido de trás pra frente:
Há mar, montanha, favela, ar... Gente.
Entre fragmentos e desesperos, há vida crescente,
Ignorando o caos, sobreviventes...

Da mulata fremente,
Uma saudade dormente... Da Lapa.

Lá o sol se afoga toda tarde,
E a gente arde e arde e arde.
Meu Rio é quente...
Incoerente...

Da velha guarda, correntes,
Que aprendemos a quebrar com poesia de rua dessa gente... Quente.

Meu Cristo é quente,
Meu time é quente,
Meu sangue ferve...
Fervo... Ardo!

Desidrato o coco na sede,
Como carne morena na fome,
Fujo da bala,
Durmo na rede... Durmo... No meu Rio quente,
Lindo, Lido de trás pra frente...


(Magela – 2007)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Charlie Augusto


Sou Charlie Augusto,conhecido pelos amigos por Tchá.Sou baiano de Nazaré porém resido em Santo Amaro há muito tempo.Sou poeta creio de nascimento tb fotografo flores as quais já expus em quase todo o País.Sou um amante da natureza com o contato dela sinto toda a essência da vida e ouço a voz do Criador!Me harmonizo com o universo e viajo longe com meus versos.Posto poemas meus no site http://www.recantodasletras.com.br/, publicações no http://www.jornalorebate.com.br,e/ em blogs de amigos.Faço tb parcerias musicais com amigos.Enfim vivo a vida de forma harmônica com as coisas que elevam o ser humano!



LUA LUAR


Se não és o sol

Que esquenta tudo

Pode ser a lua

Que vive a brilhar

Na escuridão

De algum lugar

Se não és a terra

Que vive a sangrar

Pois será o fruto

Que gerará semente

E outras sementes

Por você virá

Se não és o vento

Que levanta poeira

És a visão do mundo

Quando agente olha

De uma ribanceira

Se não és só minha

Pelo descaminho

Tu serás o verso

Que faço sozinho

E te mando agora

Em cima da hora.




Charlie Augusto

Maria Magali Miguel de Oliveira



Nasceu em 17/12/53 em Santo Antônio de Pádua-RJ, Filha de
Wilson Dias de Oliveira e Maria Miguel de Oliveira. Professora,
Controller, Mentora e Organizadora do projeto de Antologia
dos Poetas Virtuais, lança o 2º livro de poesias.Poetas de todo Brasil
através da NET direto para um livro, imortalizando as poesias
e poetas do Orkut.Têm suas poesias recitadas na rádiocidadania de
Avaré-SP, através dos radialistas Antonio Marcos e Eron Oliveira,
todas as terças-feiras as 20h00min Lançou seu primeiro livro de poesia
“A procura da Paz Perdida” no Rio e Fortaleza em 2000. Participou
como jurada no VII FAMP-RJ. Foi Sócia fundadora da ALLECE, e fez
vários cursos de extensão em toda sua vida. Faz de seus escritos algo
que possa transportar de sua alma para os teclados, dando sentido ao seu
existir.Acadêmica, faz parte da AFELCE-Academia Feminina de Letras
do Ceará, ocupando a 39º cadeira cuja patronesse “Úrsula Garcia”.
Concorrendo ao prêmio de literatura, de melhor livro e melhores poesias no
concurso do Ideal clube em 2007, Fortaleza-CE.



Quintais das Lições



Ai de mim pobre mortal
que vasculha os pensamentos
procurando num lamento
encontrar-se por inteiro


Pobre de mim!
Que se consome a encontrar soluções
onde nem tudo são flores na varanda
e sim quintais de lições.


E mesmo na tristeza da procura
fará alegria do encontro
ser luz das estrelas no firmamento
florindo este caminhar


Feliz de mim que insiste...
Que persiste...
E não desiste
de ser feliz!


Maria Magali Miguel de Oliveira


Pseudônimo:Magali de Oliveira


Juarez dos Reis Corrêa


Juarez dos Reis Correa,é mineiro de Belo Horizonte.Conhecido como "O Trovador de BH".Anseava ter suas obras publicadas e soube sonhar,pois através do Projeto de Magali de Oliveira "Antologia doa Poetas Virtuais" seu sonho tornou-se uma realidade.Eis um Sonteo desse mineiro sonhador!


Sonho de Um Poeta


Desde muito tenho um sonho...

Ter um livro publicado...

Dinheiro?Eu não disponho...

Mas quero vê-lo lançado!


Livro cheio de poesia

que encante todo o meu ser

vislumbrando a alegria

dos que o venham a ler!


É para mim, belo sonho

que até me fará sorrir!

Será muita veleidade?


À vontade... Imponho-me...

Sonhar assim... Conseguir

a minha imortalidade?


Juarez Corrêa dos ReisPseudônimo:Trovador de Bh

Nádia Regina da Silva Muniz


Nasceu em 17 de maio de 1960, no bairro de Pe.Miguel - RJ, hoje
Morando em Fortaleza-CE. Filha de Itamar Muniz de Freitas e Nanci
da Silva Muniz. Fez Teologia por dois anos no STADECK, no ano de
1998. Cursou Educação Social na UECE em 2000. Participou do
concurso literário UNIFOR em 2007. Desde menina adora escrever,
começando seu gosto literário através de cartas que escrevia aos amigos.
Apesar de escrever poesias, não as guardava. Somente de uns anos para
cá vem procurando aperfeiçoar seu dom na escrita.


Mulheres



A fonte azul

cristal na parede.

Lembranças das fotos.

Tantas águas correntes

mulheres tiveste vestidas

e nuas, com caras pintadas

com jeito de guerra.

Não luto por nada.

Descubro a paixão

intenso momento

que some na escuridão.

Sinto saudade, desejo

vontade, espelho quebrado

a luz ofuscada, menina

que brinca, rebola e dança

no passo do mundo

eterna criança.


Nadia Regina da Silva Muniz


Pseudônimo:Nádia Muniz

Alice Sueli Dantas


Nascida em Recife /PE no dia 07/10/1952. Filha de Maria
de Lourdes Dantas e Antônio Antunes Dantas.Formada em
Letras pela Universidade Católica de Pernambuco. Começou
a escrever aos 16 anos pela forte influência de autores como
Teneesse Williams, Carlos Drummond de Andrade, Clarice
Lispector e Fernando Pessoa entre outros.
Escritora, Poetisa e Compositora. Participou do Concurso: Academia
dos Poetas Mortais da Universidade Católica de Pernambuco, passando
depois a integrar a Academia.

Canção do Beija Flor



É manhã.

Minh’alma corre os rios

meus lábios em assobios

desafiam o beija-flor.

Nas estradas candiais

parreiras, mangangás

trinados de amor


É manhã.

O amor não voltou a tempo

o trem não chegou ao vento

a boca se fartou de acaçá

misturada ao vapor.

É manhã.

Manhã de tantas outras manhãs

cheias de agonia da incerteza


desse amor.


Alice Sueli Dantas


(pseudônimo: Pseudônimo é Ecila Yleus

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Ivy Menon


Ivy Menon é poeta e nasceu no Paraná. Bóia-fria até os 20 anos, desde pequena amava os livros e os bancos da biblioteca. Depois de sair da roça, foi secretária de O Diário e hoje é funcionária da Justiça do Trabalho. Em 4 de dezembro passado, venceu o I Concurso Carioca de poesia promovido pela Associação Brasileira Cultural de Apoio à Cidadania (Abraci) que contou com as parcerias da Academia Brasileira de Letras (ABL), da Federação Nacional de Cultura (Fenac) e da Oficina de Literatura Cairo Trindade. Seu primeiro livro de poesia será editado em 2007, prêmio recebido pelo primeiro lugar no referido concurso. Seus autores preferidos, dos quais se sente influenciada, são Mário Quintana, Fernando Pessoa e Paulo Leminski.



menino


- vive menino!

e o menino ri

samba no sapato

grandemaior que o pé...


- anda menino!

e o menino corre

voa vira bala

ladeira abaixo...


- ri menino!

e o menino deita-e-rola

e amolece

e gargalha

e o nariz escorre...


- fala menino!

e o menino cala

emudece

empaca

faz pirraça...


- come menino!

e o menino cospe

faz pouco

vomita no prato

raso de refeição...


- cresce menino!

e o menino chora

esbraveja

sapateia

esperneia...

mas obedece...

cresce

e... morre o menino!


Yvi Menon


Selmo Vasconcelos


Selmo Vasconcellos nasceu no Rio de Janeiro e reside desde 1982 em Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL, jornal ALTO MADEIRA". Colaborador de diversos sites na Internet. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004).



MATA


Hoje me matas
violentamente
com este machado.


Mas,


amanhã das minhas flores
te farão uma coroa,
do meu caule
tua urna mortuária.



Aí sim,


irás ao encontro
da minha raiz.


Selmo Vasconcelos

Lenise Marques


Lenise Marques nasceu em Quaraí (RS). Filha de pai militar, morou em pelo menos meia dúzia de cidades até a família se fixar definitivamente em Porto Alegre. Formou-se em engenharia elétrica em Porto Alegre em 1.986. No ano seguinte casou-se e foi morar e trabalhar em Jaraguá do Sul (SC).Trabalha com projetos elétricos já há 19 anos na mesma empresa.


O Poema de Barro



De barro fiz meu poema,

tosco, humilde e castanho,

pequena e frágil criatura,

à minha imagem e semelhança.


Mas em seus ouvidos,

sussurraram maliciosos os anjos

com suas vozes de eternidade,

e por trás de suas pálpebras cerradas

teceram mágicas imagens de sonho



Tolo poema! Anseia agora por asas,

que não lhe posso dar!


Lenise Marques













Magaly Grespan


Magaly Grespan e pedagoga, pós graduada em Educação Especial. É poeta e trabalha com Artes na sua área de atuação, a educação. Vive na cidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Tem trabalhos publicados em vários sites da Internet. "Sou uma pessoa extremamente romântica e feliz, vejo no poema uma companhia que me traz muitas alegrias, nele posso pousar meu olhar, viver, afora o mundo, nele sonho, tudo que já tive e o que ainda não tenho, acho que o poeta é isso, um misto de alegrias e tristezas, alçando vôos através da imaginação e da palavra."



Farta de Ver


Desço sobre as montanhas

E nas ondas ouço os estrondos dos chicotes

Cortando as águas do mar

Farta de ver

As nuvens varrendo o céu levando ao longe o amor

E a felicidade feito pluma sobre as alturas

E desliza a alma plainando sobre o céu uma lágrima

Farta de saber

Que no mundo a vida foge

Na felicidade de outro mundo

Acolhe-me senhor

E de bom grado

Minha felicidade há de cochilar sozinha.


Magaly Grespan

Creusa Lima


Natural de Mucurici, Estado do Espírito Santo, Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade de Educação de Cacoal-RO, profissional de carreira na Educação do Estado de Rondônia há 20 anos - Escreve contos e poesias desde os anos 70. Adora obras científicas e Clássicos da Literatura. Escrever é uma paixão.


TECENDO A RAÇA


Um galo canta ao longe na madrugada fria

em instantes são vários galos num mesmo tom

anunciam felizes o alvor d’um novo dia

raiar dourado, luz do sol é tudo de bom!


Galos de bem ajuntam-se toda manhã

vêem o sol a sorrir por sobre a serra

sentem no calor - gosto fresco de maçã

galos justos com essa força se encerra


Todos por todos, todos por si, todos por um,

lei esta pra vencer qualquer obstáculo

galos q’embora feridos fazem jejum



Mesmo assim tão fracos são sustentáculo

vidas d’outros tantos galos sem desejum

tecendo toda uma raça, galos da terra!



Correndo na busca do milho pra qualquer um!




*(inspirado na obra de João Cabralde Melo Neto "TECENDO A MANHÃ")


Creusa Lima




Simão Augusto


Nasci em Santo Amaro da Purificação em 20/03/1984, desde muito pequenino fui cercado pela literatura, meu pai, um grande poeta maquinista a velejar nas asas do mundo, sempre me apresentou coisas belas e essenciais, livros saborosos e musicas transcendentais, minha mãe poetisa sensível e mulher das letras, foi responsável pelos caminhos e atalhos a seguir, foi na sua vasta biblioteca que eu ganhava horas a fuçar as estantes velhas e a descobrir mundos, a marcante semântica de Guimarães e a sua altivez d’ alma, os poemas de Mario de Andrade, o modernismo em si, que tanto alteou meu espírito, Federico Garcia Lorca e Neruda, poetas camaleônicos, Pessoa e Poe, entre outros importantíssimos.
Agora imagine, saindo desse berço recebo por sobre o ser uma Santo Amaro naturalmente bela, com milhares de referencias poéticas, uma cidade alem de Caetano Veloso e Maria Bethânia , alem de toda politicagem e corrupção, do KM 25 onde meu pai tem um sitio, ao Sacramento onde passo manhãs e tardes a vadiar os ensinamentos do grande Mestre Ivan e do professor Biririu, a mais fina capoeira de angola eu e meu irmão, o Nagô, das lições de velhos militantes e companheiros de jornada á seiva do babalorixá e pai espiritual Seu Renato, assim ganho forças, resplandeço, um dia a mesa de bar com meus queridos irmãos(Leo, Diogo e Madinho), comentei que Santo Amaro é terra de preencher vazios de capital, vazios de indiferença, dos transeuntes sem alma e do café seco das esquinas.
Hoje, escrevo no jornal O Ataque, que tem o folhetim e um blog na internet, oataque.zip.net, e vagarosamente com um capricho danado escrevo também um romance, A Tropa do Largo, com termino previsto para o final do ano que vem, vivo em Salvador e como diz Jorge Bem. “ Feliz da vida, contente, pois não devo nada a ninguém”.


Pessialidade


Eu, que não dito ventos nem torrões
Permeio o acaso na inserção de tais fenômenos
Julgo-me, do cume da falha verdade
Atomicamente conectado ao pensamento leitor

Eu, um não contribuinte dos fatos cotidianos
Sou digníssimo em matérias inúteis
Admiro, cálido e apreensivo o botão de rosa desflorar
Um tonto, a perder o romanesco episódio televisivo

Eu, excesso de humanidade no mundo prático
Esqueci meu chip no balcão frio e metálico da maternidade
Não sei no crepúsculo pregar igualdade e na noite sonhar Londres
Ladrar a dor homogênea em favor de reis na barriga.

Eu, Dom Quixote entre volumes de anticristo e o príncipe
Cheio de Deuses e mitos de classe nenhuma
Desferindo, com demência , o meu lado ocidental

Eu, um selo indexado numa carta de amor.

Simão Augusto.

sábado, 20 de outubro de 2007

Marcelo Girard


Marcelo Girard,Escritor e poeta.Dentre suas obras:1990 0 dente cariado de cristo 16 anos,
1999 RAIVÓDIO poesia mix,2005 O PERFUME DO ÁTOMO.Participou de diversas Antologias e Concursos Literários.Coordenador do Projeto Jongo Banto.Apresentador,locutor,cerimonialista,em toda zona oeste e Rio de Janeiro.Como animador faz o Doutor Biruta (projeto Cultura em todaRede Vale do Rio Doce.Aprenta o programa Literário na rádio net http://www.poesiamix.com/.




NÃO VOU AO MEU ENTERRO


Para evitar o cheiro das flores

O choro do meu inimigo

O encontro de meus dois amores

As roupas apertadas

Parede de madeira envernizada


O sono silencioso dos sonhos

A maquiagem fora de moda

Rabecão correndo sem cuidado

Pertences pelo coveiro roubados


Eu virar santo

Qualquer um da autópsia

Desnudar o manto


Um padre desconhecido

A missa comprada

Uma reza obrigada

E em vida me lembrar

Que não fui nada.


Marcelo Girard

José Magno de Andrade Gomes


José Magno de Andrade Gomes nasceu em 09.02.1952 em Muriaé-MG. Aos 18 anos foi para o Rio onde estudou Engenharia na UFRJ, Economia-UFF,Comunicação-UFRJ e Publicidade-ESPM, sem se graduar em nenhuma. Foi ativista sindical, trabalhou 28 anos como executivo do mercado financeiro, tentando mudar o mundo por dentro. Não conseguiu, chutou o balde e agora tenta mudá-lo através das janelas da Poesia.



Tentativa


Eu queria

A Poesia

Que sintetizasse

Minha alegria

De ter você:

Seu beijo morno

Seu corpo em torno

Do meu, amor.


Mas não consigo

Por isso brigo

Com a Palavra

O metro, a rima

E o que arrumo

Sem pé, sem prumo

É só um verso

Quebrado, amor.


José Magno

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ana Wagner


Sou Ana Wagner, a Aninha. Sou gaúcha de Porto Alegre. Escrevo para compartilhar sentimentos e emoções. Não sou uma poeta de formação nem sigo normas e métricas. Escrevo desde sempre, mas tive um " recesso" de 10 anos. Enfim, estou voltando ao mundo das letras.




ANJOS NA AREIA


Sem ver sentido

nas asas do infinito

rabisco anjos na areia

abri felicidade, esperança

numa gota, num sorriso

numa voz terna que me invade

longínquo toque de carinho

magoado coração de criança

esse adeus foi cedo demais

sem teus olhos de neblina

meus mil olhos molhados

coração petrificado

o oceano me ensina

com a mão espalmada

tapo a boca da noite

velha rotina

tudo emudece

é sina.


Ana Wagner





Rosa Panerari


Rosa Panerari, poeta e contista desde 2006, é publicitária, paulistana, e tem 24 anos. Suas paixões são as artes - teatro, cinema, pintura, escultura, poesia e ler, muito e de tudo um pouco. Suas principais influências são os poemas de Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Clarice Lispector, Pablo Neruda e Florbela Espanca.
Sua poesia, segundo seus leitores e amigos, é forte e introspectiva, um convite para se perder numa leitura cheia de experiências de vida marcantes, com um teor que impressiona pela pouca idade da autora.

Mais textos da autora no blog: http://empetalas.blogspot.com/




Cidade

Presente em dias incertos,
Vejo nebulosidades calmas.

Segundos apunhalam o dia,
Ferindo as horas certas no tempo errado.

A cal desbota na chuva,
E a solidão chega fria às paredes coloridas.

A vida segue pela janela,
E a saudade começa e termina ao meio-dia.

As plantas na janela são mudas,
Calam de compaixão.

A terra circula e percorre a cidade,
Se encontra no vendaval.

A felicidade marca data na cidade,
Uma vez por ano no carnaval.

O resto dos dias são cinzas,
Poeira de chumbo e metal.

Da janela eu vejo a cidade,
Sua dor não me faz mal.

É a só a melancolia,
Chegando depois do temporal.


Rosa Panerari


Marcelo Mourão


Marcelo Mourão, tem 34 anos, professor e escritor. Poeta desde meus 14 anos.Professor de história.Tem publicações no Recanto das Letras."Um novo poeta com seu estilo sensual"(Sandrah)




O CONFRONTO


Derramo-me em teus negros olhos

Como as estrelas que mergulham

Heróicas, na escuridão aterradora

Me entrego e me espalho

Sobre teu corpo suado e acolhedor

Meu universo casa com o teu

Sob a lua

Sob o sol

Nas planícies e nas cavernas

Submersas e obscuras do meu coração

Te enfrento sob cobertas

Sob lençóis e chuveiros

Seja qual for o lugar,te encaro sedento

Como um cego recente clama pela visão

Cabelos negros

Magia negra

Envolva-me nos sedosos cabelos

Seja guia,estrela de orientação

Mergulho no breu dos teus olhos

Sem cautelas,sem precaução

Me jogo na floresta do teu ego

Sem mapas,sem placas de sinalização

Tento a todo custovisitar tuas armas

Rever tuas estruturas e muros.

Sem disparar alarmes,vou da cabeça ao coração

Jogo o jogo de te estudar melhor

Sem juízes,sem penalização

Sem cartas náuticas

Sem pedidos de perdão.


Marcelo Mourão


Hildebrando Pafundi


O escritor Hildebrando Pafundi, recentemente lançou seu novo livro, Cotidiano e imaginário do ano 2000 (diário), W Editora – SP/ outubro 2007, 304 páginas, no qual ele registra durante os 365 dias desse ano da virada do século e início do terceiro milênio e muitos casos, passagens por instituições, grupos literários, entidades culturais, bem como de atividades jornalísticas e do cotidiano do Grande ABC e São Paulo.
Hildebrando Pafundi nasceu em São Paulo (Capital), mas reside em Santo André desde 1942, onde iniciou a carreira jornalística na extinta Folha do Povo, no inicio da década de 60. Depois trabalhou em jornais de destaque na região e em São Paulo, como Diário do Grande ABC, O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. As atividades literárias também tiveram inicio na mesma época, quando escreveu as primeiras crônicas e contos, que eram publicados em jornais e revistas alternativas da região.
Além disso, foi assessor de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio grande da Serra e do Sindicato dos Empresários Gráficos do Grande ABC e Baixada Santista. Atividades que exerceu também no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que congrega as sete prefeituras da região, de 01 de setembro de 1996 a 21 de fevereiro de 2007.
A publicação em livros só teve inicio no ano 2000, quando o conto de sua autoria, Promessa de vingança, classificado entre os dez primeiros colocados, em concurso literário do ano anterior, promovido pela Academia de Letras da Grande São Paulo, foi incluído na coletânea dos melhores, publicada pela Scotecci Editora/ SP, nesse mesmo ano.
Outro conto de Hildebrando, a Greve dos Coveiros, foi premiado entre os três melhores no Concurso de Poesia e Conto Professora Marly Cerqueira Lima, Rio de Janeiro/ 2002. Esse conto, aliás, foi o mais publicado de seus textos em revistas e jornais alternativos de São Paulo e outros Estados do Sul e do Nordeste, antes de ser incluído no livro, Tramas & dramas da vida urbana (contos), Elosul Editora – setembro/ 2004. Em novembro do mesmo ano tomou posse na Cadeira 21 da Academia de Letras da Grande São Paulo. É colaborador da revista Artposia, editada na Bahia, que o convidou para participar da Bienal do Livro de Salvador, em 2005, onde também lançou o livro e permaneceu por uma semana vendendo e autografando.
Em 2006 esteve presente na 19ª. Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se realizou entre os dias 09 e 19 de março, no Parque Anhembi, nos estande da União Brasileira de Escritores (UBE-SP), conversando com leitores e com outros escritores, dentre os quais Ignácio de Loyola Brandão, Maria Zulema Cebrian e Walcir Carrasco, além de autografar seu livro que ficou exposto e à venda.
No dia 19 de outubro de 2006 lançou na Livraria Nobel, no Shopping ABC, o segundo livro de contos, No ritmo sensual da dança. Em 22 de junho de 2007 a convite da presidente escritora Luciana Pessanha Pires, foi empossado como membro correspondente da Academia Itaperunense de Letras, Itaperuna-RJ.
Contatos com o escritor e jornalista Hildebrando Pafundi podem ser feitos pelo
e-mail: hpafundi@ig.com.br
Endereço postal: Rua Dr. Nelo Rosati, 69, bloco 67, apartamento 14, Jardim Alvorada, Santo André - SP. CEP: 09189-090.




O CÉU DA BOCA NÃO
TEM ESTRELAS

Sonhe com as estrelas,
apenas sonhe, porque elas
só podem brilhar no céu...
(Autor desconhecido)



O menino era muito distraído, vivia no mundo da lua.
Gostava de ficar olhando as estrelas no firmamento.
Dizia que já viajou pelo azul do céu. Ninguém acreditava.
Os próprios pais costumavam dizer que o menino era um poeta, alienado.
Repetiam com freqüência, que ele vivia mesmo no mundo da lua.
Adorava ver o céu estrelado.
Mas era muito curioso, o menino.
E pesquisava tudo que estava relacionado com o mundo celeste.
Certa noite, antes de dormir, passando em frente a um grande espelho, parou e abriu bem a boca, tentando ver as estrelas.
Nessa noite fizera uma nova e grande descoberta em seus sete anos de vida, três dos quais dedicados às pesquisas siderais:
O céu da boca não tem estrelas.


Hildebrando Pafundi



quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sady Mac


Sady Mac n ascido no dia 28 de janeiro de 1958 em Uruguaiana, fronteira do Brasil com Argentina, é como todo gaúcho um apaixonado pela sua terra. Escreve poemas desde os seus 8 anos e esta convivência o acompanha ate os dias atuais. Ás vezes ele e a poesia brigam, ficam separados, afastados, mas logo voltam mais fortes do que nunca, pois ela , a poesia esta enraizada nele, faz parte da sua vida. Não se julga um poeta, mas apenas alguém que faz das palavras um hobby.



Vem


Vem
Chega de mansinho
Tapa-me com teus carinhos
sufoca-me com teus beijos
me ama, me faz feliz.


Vem
me pega em teus braços
me faz arder feito chama
estou querendo o seu colo
quero fazer amor com você.

Vem
descobri que a distancia
aumenta mais meus desejos
mata esta vontade louca
deixa eu saciar minha sede
na sua fonte de prazer.

Vem
deixa tudo para lá
vem viver, fica ao meu lado
esquece tudo, vem agora
quero eu ser o seu único mundo
não quero te dividir com ninguém...


Sady Mac

Simone Teixeira do Carmo


Nasceu na cidade de Santarém no estado do Pará, em 12 de Março de 1979, atualmente morando em Belém do Pará. Seus pais de Maria de Lourdes Teixeira Alves e José Alves do Carmo. Solteira. Formou-se em Gestão de RH trabalha atualmente como Analista Sênior em RH.Desde cedo gosta de escrever, mas somente em Fevereiro de 2006, teve coragem de expor seus sentimentos devido a uma grande paixão que marcou seu amadurecimento como ser pensante e a difícil arte de compreender cada erro e acerto que a vida nos presenteia.
Esse é seu primeiro projeto em publicar algumas de suas escrituras junto com os poetas virtuais. E nesta antologia começa a sua trajetória de poeta.



Indiferença



Dia a dia eu espero a última tarde

que me liberte da noite que me trás você

suspirando vou às horas

do teu amor que me enclausurou o ser.


É dor o riso com sabor de absinto

que embriaga a alma e lhe trás pertinho

e vejo um turvo e claro firmamento

por tua batalha de me afastar do pensamento!


Meus olhos vêem o sol, em tua imagem

queimando-me o desejo sem juízo

onde adormeço sob o mármore imortal

aguardando teu doce beijo para meu final sucumbido!


No céu relampeando, trovões gritando

meus olhos firmes, luzentes te aguardando

do antigo pensamento armado o desejo em fim sepultado

pela indiferença do amado querido!


Simone Teixeira do Carmo


(Pseudônimo-Mona Carmo)

Enise


Sou uma pisciana nascida no dia 8 de março em Bragança Paulista. Adotei a cidade de São Paulo para morar. E aqui fiz minha vida...
Trabalhei como professora de Educação Fisica em escolas públicas e particulares.
Sempre com a alma inquieta buscando extravasar os meus sonhos, desabafar, me alegrar através dos meus poemas ou poesias que ficavam perdidos em pedacinhos de papel por aí...
Depois de me afastar do trabalho profissional, filhos crescidos e as arvores já florindo, resolvi sentar e organizar meus papeizinhos esquecidos...
Se sou poeta não sei, se tenho estilo também não sei, só sei que escrevo...
Recentemente participei de um projeto – Antologia dos Poetas Virtuais – um livro onde 19 poetas do orkut uniram seus poemas e publicaram seus versos.
E ainda com a alma inquieta busco um equilíbrio para o eixo das minhas emoções, que, ao poetar creio que jamais vou encontrar e, quanto mais inquieta for minha alma, unida a outras almas inquietas, mais produziremos, mais escreveremos, mais buscaremos um caminho para o final do arco íris...
Enquanto isso, poetamos...



O silêncio que sufoca
As doces lembranças
É o mesmo que comprime o peito
Não tem jeito...

O silêncio acumulado neste mundo
Aflora aquele grito calado no fundo
Trazido na voz abafada, dolorido
Inesperado de dentro pra fora...

Este silêncio insistente
Ocupado pelo espaço dos ausentes
Empalidece uma alma desarmada
Sem os domínios na madrugada...

Silêncio pelas palavras não alinhavadas
Dentro de uma mudez escrava
Mergulhado numa ilusão que crava
Feito enxurrada sem aluvião...

E no silêncio mais profundo
Enfurecido pelas noites num segundo
As luas ensurdecidas tão somente
Beliscam minha vida... silenciosamente...

Enise

Graça Carpes


Escrever parece-me ser um... Tom.
Música que nasce quando surge a alma.
Depois, o exercício da leitura leva ao conhecimento da expressão.
Penso assim porque quando ainda muito criança e sem nem mesmo saber escrever, foi em frente a um espelho que construí os primeiros versos – e os segundos, terceiros...
O “tom” denuncia o “dom” que o exercício do saber acentua.
Sobre mim só direi que sou... Poeta.


Aprendendo a Ser Gente



utilize o
sol
o mar
as chuvas

palavras e larvas de borboleta
as letras da palavra
a m o r
uma raspa de suco da dor – apenas
uma miligrama que é para não
travar a sensibilidade pois,


over dose desse componente pode seriamente afetar a pessoa que a ingerir
com sintomático de respiração pesada e olhar
endurecido


over dose desse componente pode seriamente afetar a pessoa que a ingerir
com sintomático de respiração pesada e olhar
endurecido


Graça Carpes

Antonio Marcos de Campos


Nasceu no dia 05 de outubro de 1953, em Tejupá/SP, mora atualmente em
Avaré/SP. Formou-se em Filosofia pela FAI e em Educação Artística/Artes Plásticas
pela Universidade São Judas Tadeu-SP.Educador da Fundação CASA há vinte cinco anos.
Foi Secretário de Cultura em Avaré/SP, na gestão 2001/2004 criou vários projetos culturais
Há cinco anos produz e apresenta dois programas radiofônicos “Transversal do Tempo” e “Naquele Tempo”, voltados para divulgação de músicas e arte em geral. Em 2006, produz e
apresenta o programa “Em Tempo de Orkut”.Todos os programas são ao vivo pela http://www.radiocidadania.com.br/ .Fez curso de Teatro no “Teatro Escola Célia Helena”
atuou na peça “O Rapto do Garoto de Ouro”e participou do “G.A.T.A.” Grupo de Artes
Teatrais de Avaré, onde dirigiu e atuou em várias peças teatrais; destacando-se a peça musical
infantil, de sua autoria, “Jardim da Zaragata”, recebendo vários prêmios em Festivais de Teatro.Durante seis anos teve suas obras de artes selecionadas para o “Salão de Arte do Instituto Alberto Mesquita de Camargo”em três salões com as medalhas de: Bronze, Prata e Grande Medalha de Prata.


Volúpia


Olhares lascivos...
De repente...
A sensualidade espontânea
rompe com as barreiras.
Num acorde de carícias
acorda...
A sexualidade latente.
Agora...
O silêncio arrebatador...
Envolve os corpos suados
tênues de afetos
que jazem lânguidos
no aconchego do tálamo.


Antonio Marcos de Campos


(Pseudônimo Antonio Marcos)

Maria Das Neves Rodrigues Silva


Poeta da 1ª Antologia esteve presente no lançamento de seu primeiro livro 'Antologia dos Poetas Virtuais' em Fortaleza-CE. Nasceu em Cuiabá em 5 de agosto de 1957, morando no Estado do Rio de janeiro.Filha de Joaquim Rodrigues e Balbina Rodrigues. Fez pedagogia na Universidade Salgado Filho. Neste 2º livro realiza mais uma vez a imortalidade de seus poemas.Poeta sensível , gosta de participar de tudo que tenha a ver com a poesia...



Adormeci, e na inconsciência do sono.

Vivia um momento abstratamente mágico

Que me envolvia no abandono

Surreal de um sonho lindo... Ilógico.


Desabrochava ante aos meus olhos, ela!

Refestelava sua cor suave e singela

Em tons rosa - claro emoldurando a tela.

Rosa delicada, em degrade simplesmente bela.


Cor-de-rosa era o sonho; e dela!

Projetava-se uma haste que chorava pérola,

Visão mais linda que uma aquarela.

Exclamei:- Pena que não é rosa amarela!



Minha alma mística e temerosa

Aflita ficara porque chorava a rosa

Lágrimas de pérola branca e formosa.

Sintam o perfume que exala em forma de prosa.




dê simplesmente bela.



Maria Das Neves Rodrigues Silva
(pseudônimo-Marineves Rodrigues)

Eron Oliveira


Nasceu em Garanhuns/PE em 14 de junho de 1945, mora atualmente em Avaré.
Contabilista pela escola Marista de Maringá/PR. E pelo SESC Carmo/SP, cursou “Iniciação ao Teatro”, “Seminário de Comunicação e Arte” e “Interpretação Teatral”.
“Na peça Jardim da Zaragata”, conquistou o prêmio de melhor figurino no III Festival de Teatro Amador de Paraguaçu Paulista/SP. Em 2001 assumiu a direção do “G.A.T.A.” ministrando oficinas e atuando como diretor na peça: “A Ceia dos Cardeais”. Em 2004 assumiu a Secretária de Cultura de Avaré. Atualmente é colaborador da http://www.radiocidadania.com.br/, onde apresenta os programas: Em Tempo de Orkut, Transversal do Tempo e Naquele Tempo.
Sua voz é inconfundível ao declamar uma poesia... Voz de veludo!
Participa péla 1ª vez da Antologia como poeta.



Amante Floral


Ziguezagueando pelos ares
ora para frente, ora para trás
para o alto, para baixo
a beijar flores coloridas perfumadas
suculentos hibiscos, saborosas azaléias
prímulas, sabugueiros, laranjeiras
flor de maio, de outubro
de todo ano
alimentos puros, nutritivos, ideais
faz dele o senhor absoluto
amante impar, apaixonado
gracioso
beija-flor


Eron (pseudônimo Dida)

Dora Dimolitsa


Nascida no Acre em Sena Madureira.Criada em colégio de freirasTrabalhou e se preparou Profissionalmente no 5º Batalhão de Engenharia e ConstruçãoEm Porto Velho Rondônia. ( Atuando na área de Saúde )Estando presente na construção da cidade de VilhenaVindo para São Paulo em 69Prestando concurso para o governo federal ( hoje aposentada.)Prestando serviço no Hospital Brigadeiro Em São PauloLaboratorista com vários cursos de especialização em HematologiaBioquímica, Hemoterapia, Citologia e Citoquimica. BacteriologiaTambém com Curso de Puericultura e Educação Sanitária.Participou de varias atividades nacionais de vacinas contra a poliomielite fui membro da Cipa.Com estagioEm Analise ClinicaNa Faculdade de filosofia Ciências e letras de São Paulo.Trabalhou também no Hospital Ipiranga no Período de epidemia de meningiteAtuando ativamente na elaboração de exames para definição da meningite.Com vários cursos de Poesia e e teatro na casa das rosas em São Paulo,e Henrique chaumann,Biblioteca Alceu Veloso. Escreve para blocos online,o Jornal São Jose, O jornal O Rebate, Corujasoline, Participa de vários blogs e sites com seus poemas.Com 7 antologias lançadas e um livro solo.


Segredo do amor


Minha visão do amor

Define-se na

Mão estendida

No sorriso aberto


Na mão que segura

Sendo a luz que brilha

Na noite dos dias

A bandeira do sonho


O sol que penetra na alma

Aquecendo os dias...

Envolvendo o coração

Doando sentimentos


Mostrando caminhos

Na ternura contida na Natureza

Fortalecendo

Nas lições da vida


Amor algo indefinido; porém sentido

Etéreo, brinda nossa vida de alegrias

E muitas indecisões, no entanto nos faz sonhar

Acreditar e até cantar


Faz o sol brilhar

E musas bailarem

Nossa vida fica cheia de ternura

Parece que vivemos


Sempre sonhando

E não queremos acordar

Tudo é motivo para aperfeiçoar

Emoções no verão


Não tem lugar para tristezas

Mesmo quando uma chuva bate de leve

Molhando os olhos

Na incerteza


É melhor acreditar

Que o jardim vai brotar

E flores sempre desabrochando no coração

Dispostos para um novo florescer

Isto é amar


É melhor acreditar

Que o jardim vai brotar

E flores sempre desabrochando no coração

Dispostos para um novo florescer

Isto é amar



Dora Dimolitsas

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Heloisa Galves


Heloisa Galves é criadora e proprietária da marca Alemdalenda. Autora e Ilustradora de livros infantis e ocultismo pela Melhoramentos, Global, Abril Jovem, Maltese, Outras Palavras e Alemdalenda Editorial. É também consultora editorial da Editora Gaia. Participa atualmente de três antologias e escreve mensalmente para a revista eletrônica A Garganta da Serpente. Recentemente, depois de trabalhar entre Espanha-Brasil, escreveu seu primeiro romance a ser editado em breve. É formada em comunicação social e visual, Faap/Mackenzie.



A Lenda do Amor do Mar
Quando uma jovem dormia na beira de um rio,Acordou com o som de um galopeUm galope de um ciclope que passou por ela e nem viuEsmagou sua cabeça na beira do rio.O caldo de seu cérebro se misturou com as águas azuis,Um único neurônio se salvou e como um pequeno girino nadou.Chegou no oceano já como uma serpente azul,Netuno ao ouvir a notícia ordenou que a trouxessem.Nenhum tritão foi capaz de tal proeza, a serpente era invencível.E ao perceber-se perseguida, gritou aos sete mares:-Não temam, sou invencível porém não lhes quero mal.Netuno não contente bramiu: -E quem pariu um monstro assim tão virtuoso?-A Pata de um ciclope foi meu pai, minha mãe uma mulher que sonhava, eu sou o sonho,que sobreviveu.-Com que sonhava sua falecida mãe?-Sonhava que encontrava um grande amor entre as águas do oceano...
Assim, a serpente azul, nadou por todo mar, e por onde passou, espalhou o amor que sua mãe sonhou...



(Heloisa Galvez)

Nirah Venzel


Nasceu em Iraguara-Bahia.Residiu em Cacoal-Ro,Colatina -Es.Professora de biologia (hoje aposentada).Reside em Jandaia do Sul-Pr.Atua no ramo de paisagismo.A escrita está impregnada em sua alma,já a conheci poeta e escritora.É membro da Sociedade dos Poetas Jandaenses.Trabalha tn com genética.Ama escrever e viajar.Como ela mesmo afirma "Sou uma cidadã do mundo,tenho muito pra conhecer e aprender."



Meu mundo


Os frutos de meu quintal.

São lindos!

são azedos,

são doces,

são verdes,

são maduros,

são vermelhos ou escuros.


São espinhentos,

ardidos

e também pegajosos.


As jabuticabas são enormes,

suas sombras

protejem meu orquidário,

seus frutos alimentam

os passaros que vem cantando

com os bem-te-vis.


As pitangas

são as preferidas dos pardais

que não saem do quintal.


As romas

se abrem

atiçando a pomba rola

que dela se delicia.


As pimenteiras

atiçam

os olhos do João de barro,

que as comem desvairado.


As jacas

exalam

um cheiro doce

e um néctar açucarado

que é atrativo das abelhas,

que colhe seu nectar

pra alimentar a colmeia.


Os araças são azedos

e apoderecem

no quintal.


Dos limões

fazemos limonadas

e temperamos

as iguarias do dia,

com o fruto colhido

na hora.


As laranjas e as tangerinas

são tão doces

como mel.

Como o mel

que voce colocou

em minha boca,

e que hoje amarga

como fel!


Nirah Venzel

Solange Durães


Poeta e membro fundadora da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana é uma das fundadoras do Movimento Literário e Artístico Feirense, fundadora do jornal de poesias O Sonhador, membro fundadora da Academia de Cultura da Bahia e fundadora da Academia de Letras de Irecê. Formada em Magistério. Lançou seu primeiro livro - À Flor da Pele - Poesias - em 2002. Participou das Antologias: '2ª Antologia da Academia de Letras de Irecê' e 'Memorial Poético de Feira de Santana', do livro Vozes D'Alma [Antologia] Salvador - Bahia, teve também sua poesia publicada na Revista de Poesia Saudade em Amarante - Portugal. É também sócia correspondente da Academia de Letras de São João Del Rei - Minas Gerais. É colaboradora de jornais, onde publica suas poesias. Sou radicada em Feira de Santana, que é a segunda cidade do estado da Bahia, localizada a 109 km da capital Salvador. Maior entroncamento rodoviário do norte/nordeste do país. Tem um centro industrial o CIS [Centro Industrial do Subaé]. É chamada de Princesa do Sertão e de Portal do Sertão. Posui três museus: Museu Casa do Sertão, Museu Regional e Museu de Arte Contemporânea; duas academias de letras: Academia de Letras de Feira de Santana e Academia de Letras e Artes de Feira de Santana; três centros culturais: Centro Cultural Maestro Miro, o CUCA [Centro Universitário de Cultura e Arte] e o centro de Cultura Amélio Amorim, sendo que cada centro possui um teatro, além deles há também o Teatro da CDL [Câmara dos Dirigentes Lojistas]. Há também a galeria de arte Carlos Barbosa, que fica em um anexo do CUCA. Periodicamente nos museus e centros culturais há eventos como, exposições, vernissages e lançamento de livros.


Quando você passar


explode

ave solitára

o infinito...dos teus

desejos


a parte que

percorre

teu ventre

é chama viva

da fruta

esmagada



o gole desce

queima...

o labirito do teus

delírios

rasga a garganta

purificada


Solange Durães


Rita de Cassia Lopes


Sou natural do Paraná,no momento só estou mexendo com artesanato...gosto muito de poesia mais nunca me dediquei a escrever,gosto de arte tb queria ter a oportunidade de estudar.Resido em Cacoal -RO.


Gaiola Invisível


Remenda tua alma

oh! pobre vivente

deixa de sofrer deixa de sonhar

coisas impossíveis

com amores invisíveis


Essa dor que sentes

que insiste em seu peito ficar

foi você mesmo que abriste

deixando aquele ingrato entrar.


Veio de mansinho nem deu tempo de avisar

aconchegou fez seu ninho

ilusão foi toda minha achar que te prenderia

passarinho.


Rita de Cassia Lopes

Soninha Porto


Soninha Porto, pseudônimo literário em homenagem a Porto Alegre, cidade que amo e moro desde os 4 anos de idade. Nasci em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, três filhos e descobri a poesia na maturidade.Sinto que cada poema que faço, curo mais um pouco o meu espírito.



CELEBRANDO A CHUVA COM "C"


Celebro a chuva que corre

que caçoa e cospe o choro do céu

cantarola cheia de charme

cai em cima dos chapéus.


Nos cenários carcomidos

castiga as calçadas

cala os chorões constrangidos

cada cena é chacoalhada.


Chuvisca chorosa

cruzando cais e calhas

cai caprichosa certeira

nos colos e casas caiadas como cachoeira.


Cadenciado compasso nos capins

sem cerimônia cobiça canções

dos corcéis que cavalgam pelos confins

choraminga na cor dos caramanchões.


soninhaporto

Creusa Lima


Natural de Mucurici, Estado do Espírito Santo, Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Rondônia, Pós-Graduada em Língua Portuguesa pela Faculdade de Educação de Cacoal-RO, profissional de carreira na Educação do Estado de Rondônia há 20 anos - Escreve contos e poesias desde os anos 70. Adora obras científicas e Clássicos da Literatura. Escrever é uma paixão.





Dias Vermelhos


Longe a luz de um vaga-lume pisca

a vida desarma para a realidade...

transforma o que era paz em agonia

relembra o morro suas tragédias

onde a violência sangra dia-a-dia

vidas desprezadas ao bel prazer

da crucial insanidade humana...

Mortes e vidas trafegam

numa incessante busca de paz....

Os dias são vermelhos para o morro...


Tão intensamente brusca é a saudade

tão crucialmente tenra é a vida

tão dilacerada é a sorte

tão mentirosa é a tarde

que à noite finda em morte

em qualquer esquina...

E... os filhos do morro têm medo

do dia que vai raiar...

pois a sorte não resiste.

onde a impunidade persiste...


Fim de tarde se há vida

o morro luta e relutavem a noite...

escuridão perversa

a lua chora nos braços do Cristo Redentor

os filhos não virão o amanhecer

o pranto se faz sereno

vidas flutuam sem chão,resignadas...

consolo não há...os olhos secaram

de tanto chorar...

E o dia amanhece de novo, silenciosamente


Creusa Lima

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Procuro Seus Pensamentos


Brasileiro nascido em São Paulo - SP no ano de 1962. Formado em Psicologia pela Universidade Paulista em 1988 com especialidade em Recursos Humanos, terapia de Família e Casal e Psicodrama - Instituto Sedes Sapientae. Artista Plástico desde a adolescência, já fez várias exposições coletivas de suas obras (quadros e desenhos), sendo nessa mesma época que começou a escrever suas poesias. Atuou como Psicólogo Clínico e também na área Social. Hoje Flacast (Flávio Castorino), trabalha como designer gráfico e escreve poesia.

Seu trabalho destaca-se por uma visão humana do “homem”, traduzido para suas telas na forma de figurativos abstratos, e que tem como tema central além das relações afetivas, a mulher.

Em seus poemas essa preocupação com as relações entre pessoas e o foco na figura feminina, salta aos olhos na figura de um homem que ama, sofre e deseja esse ser tão belo em suas múltiplas facetas. Ele tenta assim desvendar seus universos de uma forma singular, entre rimas e imagens compostas de grande subjetividade e sensibilidade, assim como é a mulher contemporânea se mostra.


Endereço do Blog: http://armazenpoetico.blogspot.com/



PRÊMIOS EM ARTES PLÁSTICAS

Artista convidado para participar do Circuito Internacional das Artes Brasileiras – Mostra coletiva a percorrer 3 paises (ainda não definidos), além do Brasil, em 2008.

Pintura em Acrílico exposto em Londres
1989/2001 – Curadora Venessa Atikins

Centro Cultural Tao Sigulda
1995 - Coletiva - Campo Limpo Paulista/SP

Escola Panamericana de Arte
Dez/1993 - Menção Honrosa aos Melhores da “Geração 80”

Espaço Cultural Vivência
Out/1991 - Individual – São Paulo/SP

II Salão Internacional das Nações
Set/1987 - Coletiva – São Paulo/SP
Medalha de Prata com a Obra “Gestação Homem”

I Salão de Arte Moderna de Bauru
Ago/1987 - Coletiva – Bauru/SP
Menção Honrosa com as Obras “Abraço” e “Traição”

XII Salão Nacional dos Artes Plásticas Alberto Santos Dumont
Ago/1987 - Coletiva – São Paulo/SP

XI Exposição Cultural dos Imigrantes
Jul/1987 - Coletiva – São Paulo/SP

II Salão Nacional de Artes Plásticas
Jun/1987 - Coletiva – São Paulo/Curitiba/Londrina

I Salão Nacional de Artes Plásticas
Abr/1987 - Coletiva – São Paulo/Rio Grande do Sul

Casa de Chá Jasmim
Abr/1987 - Coletiva – São Paulo/SP

III Salão de Artes Plásticas de Mococa
Coletiva – Mococa/SP
Menção Honrosa em Desenho

Casa de Chá Jasmim
Jul/1984 - Individual – São Paulo/SP

45º Salão Paulista de Belas Artes
Dez/1981 - Coletiva – São Paulo/SP

Clube Sírio Libanês
Nov/1981 - Coletiva – São Paulo/SP



PROCURO SABER DE SEUS PENSAMENTOS

Procuro saber de seus pensamentos
Conhecer um pouco do seu vento
Juntar quem sabe algumas palavras
Indecifráveis contextos sem nexo

Escalar seu prédio por dentro
Desvendar solene seus segredos
Invadir lascivo seus lamentos
Deitar meu corpo em seu chão

Dessa amizade fortalecer vínculo
Tecer juntos alguns tecidos
De um junco forja-lo oriental
Pacientemente decora-lo de tez

Assim como a maciez de seus lábios
Tímidos ao nascer do sol desejaram
Olhei displicente te guardei contente
Num espaço de tempo em minha mente.



VOCÊ É UM POEMA



Charlie Augusto dos Santos Baiano de Nazaré _Ba .Nasceu dia 13 de maio de 58 fui maquinista de trem motorista de caminhão,desde criança faz fotografia,tem mais de cinco mil imagen de flores e 400 poemas.Fez mais de trinta exposições de fotos pelo País mais em São Paulo inde residiu por 13 anos.Tem um CD gravado com o título Extrato de Tomate.




Voce é um poema



Um soneto de Vinicius

Uma poesia de Manuca

Voce já é um poema

Traduzindo festa

Revelando imagens

Em côres no meu coração

Voce é um poema

Um verso de uma canção

Falando ao coração

Voce é um poema

Quando sorri

E se mostra mulher

Voce é um poema

Revelando a beleza

Que vem de Maringá

Voce é um poema

Um poema amar

Na areia do mar

Voce é um poema

Que Deus desenhou

Te mostrou a vida

Te cobriu de amor.

Manuca de Almeida


Compositor. Poeta. Ator. Nascido na Bahia, morou em Recife onde se apresentava em teatros, declamando poesias com o corpo todo pintado.Em 1999, a música "Esperando na janela", parceria com Targino Godim e Raimundinho do Acordeom, foi incluída na trilha sonora do filme "Eu, tu, eles", estrelado por Regina Casé, tornando-se um sucesso nacional, e até internacional, gravada por Gilberto Gil. Pouco depois, teve as músicas "Tanto (...) Aboio nova era (c/ Carlos Vilela) • Alho no bolso (c/ Alexandre Leão e Ivan Huol) • Aliança (c/ Alexandre Leão e Charles Negrita) • Clareza • Esperando na janela (c/ Targino Godim e Raimundinho do Acordeom) (...)

Eu tenho medo de lhe amar
Mas do que amo
Eu tenho tantos planos
Pra nós dois.
Eu podia me esconder de você,
Eu podia até me perder,
Eu podia não querer mais nada.
Eu tenho medo
De amar
Mas sei que sou capaz
Eu sou apenas um rapaz ingênuo.
Eu não quero duvidar
De mais um sonho
Dum sonho não se deve
Desacreditar
Eu prefiro mergulhar
Inteiro.

Os Olhos do Encanto


CARLOS GILDEMAR PONTES (Fortaleza, 1960), professor de Literatura na Universidade Federal da Paraíba, estreou em livro em 1982, com Reflexos. Em 1988 seu conto “Miragem” obteve o 2.º lugar no 1.º Prêmio Literário Cidade de Fortaleza. No gênero conto publicou A Miragem do Espelho (1998).


Os Olhos do Encanto


Teus olhos são pérolas

que se formaram no mar

e foram devolvidas à praia

dentro de búzios.


Uns anjos que passavam colheram-nos

mas eu os roubei da porta do céu.


Como castigo,

fiquei cativo dos teus olhos

e trago-os em mim

desde o dia em que te conheci.


Quando teus olhos emergiram

naquela manhã,

um pássaro saltou no azul

e eu me encantei para sempre.

Eloquência Turva


Chico Farro - cantor, compositor, escritor e poeta paranaense. Tem mais de 800 canções compostas com diversos atristas brasileiros. Transita pela MPB desde os quinze anos de idade. Vinte e seis anos na estrada e agora está produzindo um novo CD com seus filhos: Fabinho Farro (24), Gabriel Farro (17), Thiago Farro (15) e Tony Farro (15).
Chico Farro, cantautor paranaense. Na estrada desde 1978. Eclético amante da simplicidade e da arte.
Reside em Guaratuba _Paraná



Eloquência Turva



Venerável e corroída poesia
não vem de noite e nem sabe o dia
quisera a flor de cactos
bem longe de ter "status"!

Vulnerável e pragmática utopia
não sabe o choro da nostalgia
quimera latente no conto de fada
é tudo o sempre e sempre o nada!

Respeitável público ausente
sugai a verve que o poeta mente
deixai o caos que deveras sente

Já nada vai no verso indecente!
Escória pública do amargo fel
azul de anil no por detrás do véu!

Chico Farro E Paulinho Gocca

*********************






ACALANTO


ANTONIA MARIA MARGARIDI.
Educadora,escritora e poetisa,nasceu em Jandaia do Sul (norte do Paraná).Bióloga e com especialização em Biologia Ambiental.Residiu em Pimenta Bueno durante 19 anos atuando como educadora.Hoje reside em Maringá (norte do Paraná).Autora de vários livros.Entre eles:Encontros e Desencontros (poesias),Ventos Fortes e Amores Passageiros (poesias).Publicação das crônicas:No Sertão das Guapiarras,Povos Indígenas em Quase extinção e muitos outros.


ACALANTO

Eu sou a gralhaque pia e gargalha

Sou Antonia Maria

Saída da maresia


Sou raízes do nordeste

Mistura homogênea do sul

Passando no centro sul

Subi aos acalantos do norte


Sou frágil,sou forte

aclamo meu norte

Pela verde Amazônia

Pulmão dos meus ancestrais.


Sou Antonia Maria

Irmã dos selvagens guias

Amantes da selva e do amor

Da selva , da relva e do amor.


Sou filha do norte

De Maria EmiliaMaria mãe

Mãe das Marias

Sou frágil , sou forte


Migrante do norte

Pro sul vou voltar

Sou Antonia Maria

Neta dos negros, dos afros


Mortos pelos grilhões do aço

Laço do preconceito e da cor.


Poesia extraída do livro"ENCONTROS E DESENCONTROS "

sábado, 6 de outubro de 2007

Poetas

CAIO DE ASSIS TRINDADE

Email: cairotrindade@cairotrindade.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

Escritor, estudou Direito e Comunicação. Tem quatro livros de poesia publicados, participa de várias antologias; teve duas peças de teatro encenadas e, no momento, prepara um livro de contos. Trabalhou como ator nas peças D.Quixote, Hair, Hoje é Dia de Rock, O Arquiteto e o Imperador da Assíria. Dirigiu três peças de teatro. Criou a Gang, faz recitais e performances poéticas pelo Brasil, com A Dupla do Prazer. Dirige a Gang Edições e a Editora Contemporânea. Ministra também Oficinas de Criação Literária no Sindicato dos Professores SINPRO-Rio . É copydesk e colaborador da Agenda da Tribo (São Paulo).Brilhante atuação na Bienal do livro (Rj)-2007.Com sua esposa Denizis (sua musa),apresentam a Dupla do Prazer,por todo o País.

http://www.livrodatribo.com.br/

Enigma

sou este ponto de espanto
no entra-e-sai – no vai-e-vem
metade de mim é quando
a outra metade é quem

parte em mim é desespero
outra parte desencanto
só sei ser múltiplo inteiro
quando eu amo – quando eu canto

tento juntar os pedaços
passos, pessoas passadas
não sei onde estão meus rastros
meu retrato mais exato

entre estes cacos e restos
nem perfil nem biografia
se me perdi nos meus versos
um dia viro poesia


DENIZIS TRINDADE

E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email '; document.write( '' ); document.write( addy_text43005 ); document.write( '<\/a>' ); //-->\n Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

A triz, fez teatro, cinema e televisão. Considera-se poeta bissexta.
Faz parte da GANG, grupo que revolucionou os recitais de poesia nos anos 80.
E atualmente faz performances poéticas com Cairo Trindade,
com quem compõe a DUPLA DO PRAZER, em vários lugares do país.
Têm 2 livros publicados, Sessão Cabacinho e Book New Look e o inédito Coisa de Pele.

Deu entrevistas nos programas de TV:

O Show Não Pode Parar, para Ziraldo, (TVE).

Documento Especial, para Nelson Hoinneff, (SBT).

Revista de Domingo, para Márcia Peltier, (Manchete).

Programa Livre, para Serginho Groissman, (SBT).

Jô Onze e Meia, para JÔ Soares, (SBT).

Formada em Biodanza pela International Biocentric Foudation (RJ -0135),
Sistema Rolando Toro e é membro do Conselho de Facilitadores do Rio de Janeiro.

Ministra vivências de Biodanza na Ação da Cidadania e no seu Espaço Biodanza Rio.
Também dá vivências para grupos de teatro e em empresas.

MULHER MAIOR

a todas as mulheres

sou uma mulher inteira,
fêmea em perene cio,
sem medo de amar e errar.

sou bruxa, fada e guerreira,
enfrento até tempestades
no deserto e em alto-mar.

eu sou tudo e não sou nada
e sobrevivo às tormentas,
sem escudo e sem espada.

sou amante das estradas
e namorada dos ventos,
por isto é que eu sigo em frente.

mais que tudo eu sou mulher
para o que der e vier.
mais que mulher, eu sou gente.


TONHO FRANÇA

Tonho França, é paulista, de Guaratinguetá, nascido em 1965, sob o signo de Áries, começou a escrever aos 12 anos para o Jornal “A Tribuna do Norte” de Pindamonhangaba.

Depois de longo tempo em outras atividades, o poeta retorna e dedica-se a poesia, tem três livros solos publicados “Entre Parênteses” e “Sinos de Outono” pela Editora Komedi e Blues à Tarde, pela Editora Multifoco, participação em 15 coletâneas, é membro da U.B.E, e da A.P.P.E.R.J. Premiações em diversos concursos, destacando: Finalista por 2 vezes no Mapa Cultural Paulista, 3 lugar Nacional no IV festival Carioca de Poesia Prêmio Lya Luft, 3 lugar Nacional no 8 prêmio Missões, I lugar no IV festival de arte em Osasco, e vencedor do I Concurso Carioca de Poesia, promovido pela ABRACI/FENAC , cuja final deu-se na A.B.L.

Ministra oficinas de poesia, trabalhos voluntários na área cultural para Ongs.

“Escrevo não para agradar ou convencer, escrevo o que minha alma grita e meu coração extravasa, por devoção à arte, escrevo por ser extremamente a verdade”.

Detalhes

Pelos mesmos tons das noites,
Pelos sons de lembranças ternas,
Pelo calor que ainda me sustenta,
Pela tua preseça a dançar,dançar,
Em notas suaves,lentas...lentas
A perpertuar-te pelos ares.
Por estar em mim,em todos os lugares,
Pela dor da saudade,pelas lágrimas
Ainda teu nome,ainda teus versos são versos,
Que nunca teve leste,nem percebeste,
Por talhares em mim todas tuas rotinas,
Como um ritual,de talhe em talhe,
Todos teus traços,linhas,de talhe em talhe
Perpétuo olhares
De talhes em talhes...
Detalhes...

*Extraído do livro Blues à tarde pág:27.


FERNANDA INGRID DANTAS VALENCISE

Pseudônimo: Fernanda Valencise

Pernambucana, residindo em Recife, Atriz e compositora. Desde pequena adorava escrever, compor suas canções. Lançou seu primeiro livro de poemas e crônica “ Pássaro sem asas” em 1998 . Cursou Arte – Educação com base em Artes cênicas na UFPE.

Primeiro lugar com seu poema Gota de orvalho, no concurso LITERAPROSIA do Colégio Americano Batista, e o poema Horizonte, do mesmo livro.

Sorriso meigo, que contagia, poderá vocês encontrar no livro de antologia e saciar o desejo de ler uma bela poesia em novembro através da Antologia dos Poetas Virtuais.

Bailado

Cadeiras ao vento,
Pensamentos jogados,
De coragem e lamento,
Meu flutuar rasgado;
São refeitos os traços,
Em um súbito instante,
Com o vento desprendo,
O meu ser inconstante;
E decolo na brisa,
No bailar da garoa,
Um ruído me avisa,
Desta coisa tão boa;
Que é viver nos meus braços,
No terraço da vida,
Nas cadeiras da frente,
Pelo vento perdida;
Sopro vem, sopro leva,
Vou seguindo levada,
Vou sorrindo ventania,
Nesta minha revoada.

Fernanda Valencise


LEDEMIR BERTAGNOLI

(Pseudônimo: Ledemir- O Poeta)

Ledemir, POETA PAULISTA Formou-se em filosofia. Escreve poesias desde 1978 como ele mesmo diz: renasceu em um caderno e jamais conseguiu encontrar a linha que indicaria o caminho certo a trilhar.Nasceu em Americana- SP. Escreve não o momento nem o sentimento, escreve por inspiração que aparece do nada e transforma tudo em rimas e versos. Num universo que ele desconhece mais sabe que existe... . Participou desde a 1ª Antologia e em novembro estará lançando sua 2ª Antologia dos poetas virtuais. Livro de poesias com mais 18 poetas. Vale à pena conferir!

Fascínio

Queria eu parar a volição
Que invade meu pensar
Tomando conta do coração
Trazendo fascinação
Olhos que me hipnotizam
Boca a enfeitiçar
Sonhos que invadem
Alma que diz idem
Desejos que me seduzem
Encontro com minha alucinação
Determinando minha loucura
Atraindo irresistivelmente
Ao cativo de minha alma
Tendo um objetivo
Num corpo atrativo
Desprendendo meu fascínio
Estou perdendo o domínio
Nesse seu deslumbre
Dum corpo esculpido
Conseguiste seduzir-me
Vejo seu sorriso
Em todos os rostos... Expostos
Loucura dum fascínio
Trazendo a volição
Do meu ato
Que se resume a vontade
De iludir meu ser
Nesse fascínio...

Ledemir Bertagnoli